quinta-feira, 16 de junho de 2011

Selecções perdidas da Europa - CATALUNHA





Hoje, a Europa enfrente uma grave crise económica, resultado de uma pseudo-união, onde emerge a bíblica história da torre de Babel, ninguém se entende a partir de certa altura. Uma das razões prende-se com a manta de retalhos que é a Europa, os mosaicos nacionais que constituem cada país que, por sua vez, também não compreende a necessidade de um entendimento alargado, consensual e mútuo para que a Europa funcione!
Contudo, fiquemo-nos por estas curtas considerações, uma vez que este espaço não é dedicado ao que acima se descreve, tendo a introdução servido apenas para notar que boa parte dos países europeus são, em si, compostos por diversas identidades nacionais, com língua própria, com elevada noção e orgulho nacionais - entenda-se nacionais como pertença da nação e não do país!
Se, no caso britânico, grande parte das nações que ainda compõem o império têm selecções próprias, campeonatos próprios e disputam as qualificações como estados independentes (o que nunca se poderá dissociar do facto do International Board se situar em Inglaterra e serem estes a regulamentar o jogo), o mesmo não sucede noutros locais, como Espanha, França, Itália ou Rússia, onde existem sentimentos nacionais em diversos locais, mas subjugados ao e pelo poder central, realizando um ou outro amigável, mas sendo impedidos de criar o seu próprio espaço no futebol mundial.
Assim, são muitas vezes os clubes que se tornam nas bandeiras de cada nação, como sucede com o FC Barcelona, actual campeão europeu de futebol!
"Més que un club" não é um lema qualquer, constitui mesmo uma diferença, o FC Barcelona é o verdadeiro clube anti-regime, anti-centralismo e orgulhosamente catalão! Este eclético clube é a bandeira da Catalunha, é o grande motor mediático de uma nação muito ciente da sua história e desde há muito a balançar entre Espanha e a sua própria independência! Note-se que o principal motor económico de Espanha é a Catalunha, o que tornaria a sua separação do estado-mãe uma verdadeira catástrofe para os nossos vizinhos ibéricos!
O FC Barceona surgiu em 1899, resultante de esforços realizados por catalães, holandeses e ingleses. O clube sempre interviu politicamente contra as ditaduras de Rivera e Franco. Esta constante sublevação levou mesmo ao assassinato do presidente do clube Josep Sunyol, um líder pró-independentista, em 1936, o que tornou o clube no símbolo catalão que é hoje! O FC Barcelona passou a ser visto não apenas como o grande representante da Catalunha, mas uma instituição defensora dos interesses do povo, das igualdades, dos direitos e das liberdades!
Assim, é difícil falar da Catalunha sem tocarmos no tema FC Barcelona e, quando olhamos para o onze que resolvi compôr, nota-se a forte influência barcelonista!
Nesta selecção existem dois adoptados, Pep Reina e Andrés Iniesta que, apesar de nascidos em Madrid e perto de Albacete, respectivamente, sentem-se catalães e já representaram a selecção em amigáveis!
De qualquer forma, Victor Valdés, Codina ou Casilla, podem perfeitamente ocupar a posição na baliza, com Ferrán Corominas (Coro), Crusat ou Moisés Hurtado a serem boas soluções para o lugar do pequeno mágico do Barça!
Esta selecção deixou de fora alguns históricos como Oleguer (Ajax), Sergio (Levante), Verdú (Espanyol) ou Damiá (Osasuna), entre vários outros nomes que tornam esta selecção potencial numa candidata a todos os títulos, pudesse ela competir para europeus ou mundiais.
Diversos campeões mundiais e europeus, titulares de ceptros nacionais e internacionais, internacionais pela selecção principal são certeza de sucesso!
Constam abaixo 18 nomes, aos quais se acrescentaram acima alguns e a que se juntam os jovens das selecções jovens, como Thiago Alcântara, um italo-hispano-brasileiro, cuja carreira está intimamente ligada ao Barça, e o seu irmão, Oriol Romeu, Jonathan Soriano, Fontás, Muniesa ou Sergi Roberto!
Alternativas como Didac Vilá, Victor Ruiz, Jordi Amat ou de la Bella para a defesa também são excelentes e confesso que gostava de ver uma Catalunha independente e a competir oficialmente... seria um mimo!








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