quarta-feira, 21 de julho de 2021

As transferências na UEFA, evolução

Os números envolvidos nas transferências têm sofrido aumentos incríveis nos últimos 30 anos, a acompanhar a mudança de estatuto, a criação das ligas profissionais, mas igualmente a entrada de milionários no negócio do futebol.

Anualmente assistimos a negócios de milhões, porém esses confinam-se a uma mão cheia de ligas e a alguns empresários.

Muito se tem escrito sobre a lavagem de capitais através das transferências, diversas investigações avançaram, várias ainda em curso, todavia seguem dúvidas sobre determinados negócios, quer nos valores comunicados versus valores pagos, quer nos caminhos pelos quais esses capitais tão rapidamente se desvanecem.

À parte do acima escrito, seguem abaixo os números das cinco maiores transferências em cada liga, acrescidas do maior negócio no século XX, baseando-se esta análise nos valores disponíveis na referência que é o site transfermarkt!

Como aqui sempre se foi bastante democrático e fora da caixa, não se limitam os valores às ligas sobre as quais tanto se vê ou lê, estão mais de 40 das ligas/federações pertencentes ao universo UEFA, apenas para os conhecedores e que amam o jogo, o desporto bem acima de qualquer clube ou futebolista!

O atual detentor do recorde de transferência é o Barcelona, no negócio de Neymar para o Paris-SG com os 222 milhões de euros envoltos em polémica. Segue-se Griezmann, numa mudança interna, Cristiano Ronaldo, o defesa Lucas Hernández e o guardião Kepa.

O italiano Vieri detinha o máximo no século XX para uma transferência da liga espanhola, quando a Lázio romana pagou mais de 28 milhões de euros ao Atlético Madrid para contar com os serviços do dianteiro internacional transalpino!

Em 20 anos o valor máximo de uma transferência a partir ou na liga espanhola incrementou-se em quase 700 por cento!!!

O negócio de Mbappé do Mónaco para o PSG posicionou a Ligue 1 na 2ª posição uefeira com 145 milhões de euros envolvidos no negócio! A mudança do marfinense Pépé para o Arsenal é a 2ª, James Rodríguez em 3º, Lemar em 4º e Osimhem, na temporada passada, a fechar o top, três encaixes monegascos e dois dos 'Dogues'. Nota para o facto de serem todos jogadores ofensivos, ao contrário dos da liga espanhola, mas em consonância com a maioria, um elemento do ataque é, por norma, mais valioso do que um nome da retaguarda.

No século XX, em 1997, havia sido o avançado brasileiro Sonny Anderson, numa mudança do Principado do Mónaco para o antigo principado da Catalunha, a deter o recorde de transferências, com 18 milhões de euros!

Também na liga gaulesa o incremento percentual entre a maior venda do século XX e a presente é elevadíssimo, acima dos 800 por cento!!!

 

Dona dos meganegócios em quantidade, seja nos direitos televisivos, seja nos valores absurdamente altos para diversas transferências, a Premier League inglesa posiciona-se em 3º lugar no ranking de liga por maior valor pago/declarado por uma transferência futebolística, lugar ocupado com a saída do criativo brasileiro Coutinho do Liverpool para o Barcelona por 135 milhões de euros.

Hazard, Bale, Ronaldo, todos para o Real Madrid em diferentes temporadas, e o central Maguire, numa mudança interna, completam o lote dos mais caros vendidos em Inglaterra, cinco de cinco emblemas distintos!

A maior venda do século XX também foi para o Real Madrid, quando os 'merengues' adquiriram o avançado francês Anelka ao Arsenal por 35 milhões de euros! Uma subida de perto de 300 por cento entre a corrente mais cara e a mais custosa do século passado!


O Borussia Dortmund é o dominador de vendas na Alemanha, com três das cinco mais e a maior do século anterior. 

Ainda bem jovem, Dembelé trocou os 'Schwarz-Gelben' pelo Barcelona num encaixe de 135 milhões de euros para a formação germânica. Também na Bundesliga o topo se faz com elementos da linha ofensiva.

A variação aqui superou os mil por cento, desde os 12,6 milhões de euros pagos pela Fiorentina pelo polivalente Jörg Heinrich, um dos 'sobreviventes' da Alemanha Oriental, um lateral-médio esquerdo que também era médio de cobertura e alinhava a central, ao Borussia Dortmund em 1998!


Portugal supera Itália no recorde de transferências, posicionando-se em 5ª a liga lusitana com a mudança de João Félix do Benfica para o Atlético Madrid por 127 milhões de euros, ao que parece.

A liga lusa coloca três centrais no seu top, Rúben Dias, o brasileiro Éder Militão e o gaulês Mangala, o primeiro e o terceiro para o Manchester City, o segundo para o Real Madrid.

Em Portugal a subida percentual entre o maior valor registado no século XX e o atual aproxima-se dos 950 por cento!

O esloveno Zahovic detinha o recorde no século passado com a mudança do FC Porto para o Olympiacos por 13,5 milhões de euros!


Em Itália detém o máximo o médio Pogba aquando da sua saída da Juventus para regressar ao Manchester United por 105 milhões de euros. Apesar de estar em recuperação, a Série A aparenta estar mais razoável e racional, ainda restando os nomes de Zidane, Ibrahimovic e Kaká na lista das maiores vendas!

Além de Espanha, 'Bobo' Vieri também surge no recorde transalpino de transferência no século XX, quando deixa a capital para reforçar os 'nerazurri' por quase 50 milhões de euros! A relação entre o século XX e a presente mais bem paga mudança de clubes oriunda de Itália está acima dos 100 por cento!


Os 'Lanceiros' de Amsterdão dominam os encaixes na Eredivisie neerlandesa, com todas as cinco maiores saídas, lideradas pelo médio De Jong, ligeiramente acima do central De Ligt, nos 86 milhões de euros! Outro central, o colombiano Davinson Sánchez, fecha o pódio.

Curiosamente, é também um central o recordista do século XX, Stam, quando deixou o PSV para reforçar os 'Red Devils' por 17 milhões de euros.

A evolução percentual supera os 500 por cento entre Stam e De Jong!


Tal como nos Países Baixos, a liga ucraniana, 8ª na lista, tem um denominador comum único, o Shakhtar Donetsk e os seus brasileiros de bela valia, com o recorde a ser detido por Fred, quando deixou a Ucrânia por 59 milhões de euros para reforçar os quadros do Manchester United.

Antes do século XXI havia sido o melhor futebolista ucraniano pós-independência a ser dono do máximo Shevchenko, quando deixou o Dínamo Kiev para assinar pelo Milan por quase 24 milhões de euros.

A variação percentual apresenta-se na ordem dos 150 por cento.


Na Rússia as saídas são dominadas por estrangeiros, com o brasileiro Hulk na frente quando deixou São Petersburgo para reforçar os chineses do Shanghai SIPG por mais de 55 milhões de euros.

Nota para o luso-venezuelano Danny que está no top 5 desta lista na mudança interna do Dínamo Moscovo para o Zenit há mais de uma década atrás.

O antigo criativo portista Alenichev é dono do recorde para o século XX quando se mudou do Spartak Moscovo para a AS Roma por mais de seis milhões de euros. O incremento supera os 900 por cento.


O top 10 encerra-se com a Bundesliga austríaca, esta dominada pelo Red Bull Salzburg, que subiu ligeiramente o seu máximo, fixado neste verão em 30 milhões de euros com a mudança do zambiano Daka para Leicester!

Os talentos africanos assomem ao topo da lista, depois de Daka estão Naby Keita, Mwepu e Sadio Mané, adiante do húngaro Szoboszlai e do norueguês Haaland.

O avançado austríaco Mario Haas possuía o máximo das transferências aquando da sua saída do Sturm Graz para os alsacianos do Estrasburgo por pouco mais de três milhões de euros.

Também aqui o incremento percentual ronda os mil por cento entre o recorde estabelecido por Haas e o máximo da mais recente janela de transferências.

Ainda se está no top 10 europeu por ligas e repare-se no diferencial gigantesco, a maior transferência paga supera em mais de sete vezes a 10ª maior por liga!!!  


As duas mais recentes temporadas subiram os valores máximos da liga belga, agora fixado pelo canadiano Jonathan David na sua mudança do Gent para o Lille por 27 milhões de euros, mais de cinco vezes o máximo estabelecido no século XX pelo ganês Eric Addo, quando deixou o Club Brugge para reforçar o PSV por cinco milhões de euros.

Percebe-se na Jupiler Pro League um grande equilíbrio entre as maiores vendas, num eixo de quatro milhões de euros, ao contrário das que encimam a liga belga, com enormes disparidades entre essas transferências.


Na liga escocesa a evolução também tem sido bem relevante, entre os 13 milhões por Hutton em 07/08 e mais do dobro pago pelo Arsenal ao Celtic pelo passe do lateral Tierney. 

Van Dijk é um exemplo de um nome que subiu a pulso, demorou a mostrar-se em toda a sua dimensão, mas a saída do Celtic para Southampton já havia sido de nomeada, valendo a ambos, depois a dar um grande salto financeiro, também, para o Liverpool e a ser visto como o melhor central em épocas recentes.


Segue-se a liga helvética, a ser liderada por Embolo, aquando da sua mudança para o Bundesliga, onde consta Salah na falhada saída para o Chelsea antes do estrelato no Liverpool!

O ponta-de-lança nascido no Burundi mas internacional pela RD Congo Shabani Nonda, que brilhou no Mónaco, entre outros, é o recordista do século XX quando trocou o FC Zurique pelo Rennes por seis milhões de euros.


O Dínamo Zagreb é dono da liga croata, também nas transferências, onde lidera Pjaca, por quem o clube da capital recebeu 23 milhões de euros da Juventus, seguido de Modric, em 08/09, na mudança de Zagreb para Londres, onde brilhou pelo Tottenham, e de Dani Olmo, jovem internacional espanhol e em ascensão no RB Leipzig.


A liga turca posiciona-se em 15ª por via da transferência do dianteiro Cenk tosun do Besiktas para o Everton por 22,5 milhões de euros, mas a segunda maior mudança remonta a 1999, quando o Real Madrid adquiriu o avançado bósnio Elvir Baljic ao Fenerbahce por 21 milhões de euros!!! Uma variação quase nula em mais de duas décadas!

A Noruega também tem as suas maiores transferências já bem idosas, lideradas pelo nigeriano Obi Mikel, na época bem polémica a mudança, que saiu do Lyn Oslo para o Chelsea por 20 milhões de euros em 2006! O avançado Carew foi do Rosenborg para o Valencia por 8,5 milhões de euros em 2000!

Aqui igualmente se observa uma grande diferença entre a maior transferência e as que lhe seguem.

O lateral-médio direito Heggem é o 4º maior transferido, o mais avultado no século XX, quando deixou o Rosenborg para reforçar o Liverpool por 5,2 milhões de euros em 1998, infelizmente sem o impacto esperado devido às muitas lesões.


O criativo português Podence estabeleceu o novo máximo na liga grega em 19/20 com a sua mudança do Olympiacos para o Wolverhampton Wanderers por quase 20 milhões de euros.

Curiosamente, o dianteiro cipriota Konstantinou ainda consta desta lista por uma mudança interna, do Iraklis Salónica para o Panathinaikos, na temporada 01/02!

Georgatos é dono da máxima no século XX quando o lateral esquerdo deixou o Olympiacos para tentar, sem sucesso, a afirmação no Inter Milão, em 1999, por sete milhões de euros!

Até à época passada era o sublime Rosicky a dominar a lista na Chéquia, quando o Dortmund o adquiriu ao Sparta Praga por 14,5 milhões de euros na temporada 00/01, superado agora pelo jovem Soucek, reforço do West Ham por 16,2 milhões de euros. Baros também está ainda nesta lista.

Campeão europeu de sub16 pelos checoslovacos em 1990 numa prova em que derrotaram os lusos, onde pontificavam Porfírio, Kenedy, Costinha, Sérgio Ribeiro, Poejo, Litos, Tenreiro, Nuno Afonso, Hugo Costa, etc, nas grandes penalidades na semifinal, o defesa Votava detém o máximo no século XX, com o 1860 Munique a desembolsar 850 mil euros em 99 para o Sparta Praga pelos seus serviços, outro nome muito fustigado por lesões que impediram uma carreira superior. 


Apesar de muito em voga e de bastante requisitada, a liga dinamarquesa somente surge em 19ª e porque bate neste defeso o anterior máximo com a transferência de Sulemana do Nordsjaelland para o Rennes por 15 milhões de euros, batendo a do defesa eslovaco Vavro que deixou o FC Copenhaga para rumar à Lázio por 10,5 milhões de euros.

Durante mais de uma década foi Henrik Larsen o detentor do máximo de transferências, quando o Pisa pagou pelo seu passe ao Lyngby quase sete milhões de euros em 1990! Campeão europeu e melhor marcador em 1992, Larsen não teve grande trajeto nos transalpinos, despromovidos da Série em 90/91, sendo cedido para o clube manter a dupla permitida estrangeira com os argentinos Chamot e Simeone, regressando como campeão europeu após a venda do atual treinador do Atlético Madrid, mas sem vingar, passando grande parte do contrato com o Pisa emprestado.


Na temporada passada a liga romena entrou no top 20 fruto da aquisição de Man ao FCSB por parte do Parma numa transferência cotada em 13 milhões de euros.

A nova e talentosa geração romena está a assumir espaço com Mihaila e Mitrita, ambos do Universitatea Craiova, a entrarem no top 5 recentemente com as mudanças para Parma e para Nova Iorque, respetivamente.


Em oposição a outras e com vários negócios envoltos em cinzentismo, a liga sérvio ainda tem como maior transferência a mudança de Stankovic do Estrela Vermelha para a Lázio em 1998, acima dos 12 milhões de euros.

Radonjic está em 2º, bem perto de Stankovic, seguindo-se três saídas do Partizan, uma das quais a de Markovic para o Benfica.


Talvez a liga menos valorizada, na relação mediatização-qualidade, da UEFA, a liga polaca também surge bem abaixo, com Moder a estabelecer novo máximo na época passado após a sua transferência do Lech Poznan para o Brighton por 11 milhões de euros.

Wichniarek liderava na mudança de século, depois da sua saída do Widzew Lodz para os alemães do Arminia Bielefeld por 1,5 milhões de euros em novembro de 1999. 

Olhando aos talentos da liga, seria de antecipar outros valores, mais altos, porém é de relevar e seria de observar ainda mais atentamente, pois tem das melhores relações preço-qualidade-potencial do mercado futebolístico.

Outra liga de bons talentos a preços bastante acessíveis é a Suécia, onde muitos são 'pescados' ainda adolescentes, como sucedeu também com os que lideram a lista, Isak e Rosenberg, o primeiro em 16/17, o segundo em 05/06. 

A Eredivisie holandesa, a Jupiler belga, as ligas alemãs substituíram a primeira grande cliente da liga sueca, a Itália, onde brilharam Gren, Nordahl, Liedholm, Hamrin, Jeppson, Skoglund, Magnusson, Bergmark, Gustavsson, entre vários outros, ocuparam as vagas de estrangeiros e estrelas do futebol transalpino, eram nórdicas as 'estrelas latinas'.


Desde que se estreou na liga búlgara o Ludogorets nunca deixou de ser campeão, um recorde para o Guinness nas ligas profissionais de futebol, 10 em 10, posicionando-se igualmente no topo das transferências, a terceira das quais com um nome que passou por Portugal, o brasileiro Júnior Caiçara, lateral que se mudou de Barcelos para Razgrad em 2012!

Antes desta entrada do Ludogorets era o defesa Kishishev que detinha o máximo, estabelecido em 00/01, aquando da saída do Litex para os ingleses do Charlton.

Posicionada na UEFA por necessidades/imposições geopolíticas, a liga israelita vem ganhando espaço e os seus talentos atraindo a atenção de ligas de maior dimensão. O dianteiro nigeriano Yakubu detinha o máximo, quando se mudou do Maccabi Haifa para os ingleses do Portsmouth em 03/04 por 4,75 milhões de euros até a mudança de Eran Zahavi do Maccabi Telavive para a China por 7,23 milhões de euros.

Avi Nimni, um segundo avançado de bela cepa, foi o mais caro a sair da liga israelita, quando se mudou do Maccabi Telavive para os espanhóis do Atlético Madrid em fevereiro de 1998 por 3,5 milhões de euros!

O Chipre tem servido de 'satélite' para determinadas situações, como a do jovem Jovic, dianteiro cujo passe estava na posse do Apollon Limassol quando foi adquirido pelo Benfica por 6,6 milhões de euros em 15/16.

Na Eslováquia os valores têm subido, com o avançado Sporar na dianteira perante a sua transferência do Slovan Bratislava para o Sporting CP por seis milhões de euros.

Um dos melhores formadores da Europa Central, o Zilina posiciona três nomes no top 5, o central Skriniar, o médio Bénes e o dianteiro Bozenik.

Na Eslovénia é o nigeriano Henty a deter o máximo, quando trocou o Olimpija da capital pelo Lokomotiv moscovita por cinco milhões de euros.

Dois nomes que passaram por Portugal, o guardião Oblak, no seu caso na mudança do Olimpija para o Benfica, e o avançado Sporar, seguem na lista das vendas mais avultadas.

O recorde no século XX é pertença do médio esloveno nascido na bósnia jugoslava Zoran Pavlovic, quando trocou o Rudar Velenje pelo Dínamo Zagreb em 1999 por 500 mil euros.

Tal como o seu vinho, a liga georgiana é um diamante por descobrir no Ocidente, mesmo que produza talentos a rodos. As maiores vendas foram para o Manchester City pré-Mansour, em meados dos anos 90, quando os ofensivos Kinkladze e Kavelashvili trocaram o histórico Dínamo Tbilisi pelos 'Citizens' por quatro e dois milhões de euros, respetivamente.

Outros dois nomes que passaram por Portugal detêm o máximo da liga bielorrussa, o brasileiro naturalizado bielorrusso Renan Bressan, quando deixou o BATE para alinhar no Cáucaso pelo extinto Spartak Vladikavkaz, e o avançado Kutuzov quando em 01/02 deixou o mesmo emblema bielorrusso para assinar pelo Milan.

Kachuro possui o valor maior do século XX, quando em 1996 trocou o histórico Dínamo Minsk pelos ingleses do Sheffield United, uma transferência de 750 mil euros.

No Cazaquistão é o dianteiro ganês Twumasi a deter o recorde, depois de trocar o Astana pelo Alavés espanhol por três milhões de euros.


Nomes fortes da Letónia no Europeu 2004, Rubins e Verpakovskis, lideram a lista para o campeonato local, ambos a trocarem o Skonto Riga por emblemas de maior nomeada, o primeiro a rumar a Londres para o Crystal Palace por perto de três milhões de euros, o segundo a reforçar o Dínamo Kiev por dois milhões de euros, mudanças que ocorreram há bastantes anos, aproximadas na época passada pela saída de Charpentier do Spartaks Jurmala para os italianos do Genoa.

A Veikkausliiga finlandesa ganha nova dimensão com a presença da seleção na fase final do Europeu pela primeira ocasião, sendo provável que nas próximas janelas se estabeleçam novos máximos de venda, pois o atual remonta ao início do século e milénio, quando o central Pasanen deixou o Lahti para reforçar o Ajax por 2,6 milhões de euros.

Apesar de não ser muito procurada, Pukki, não diretamente, e Morelos provam ser um bom espaço para encontrar e potenciar talentos.

O médio Tainio, que trocou o Haka Valkeakoski pelo Auxerre de Guy Roux em 1997, detém o recorde no século XX, numa mudança que valeu ao clube finlandês 760 mil euros.


O dominador Sheriff Tiraspol, da Transnístria, domina na Moldávia, com o recorde a pertencer ao burquinabé Cyrille Bayala, na mudança para Lens por 1,65 milhões de euros.


Esperava-se que do trio báltico fosse a Lituânia a primeira a ascender e a mostrar-se, mas tal não tem sucedido no futebol, com a liga até a perder alguma dimensão.

Adamonis é o detentor do máximo de transferência quando deixou o Atlantas Klaipeda para reforçar as equipas jovens da Lázio em 16/17 por 1,35 milhões de euros.

Pelcis tem o máximo do século XX quando abandonou o Zalgiris Vilnius para alinhar pelos sul-coreanos do Anyang LG Cheetah, em 1999.


Na Bósnia-Herzegovina o máximo foi estabelecido em 15/16 quando Cimirot deixou a capital Sarajevo para reforçar os quadros dos gregos do PAOK por 1,3 milhões de euros.


O Skenderbeu tem os três maiores nomes em transferências, com o nigeriano Olayinka, na mudança para a Bélgica, a liderar, seguido de Latifi, que se mudou para a Hungria, e de Abazaj, este também a rumar à Bélgica.


Na Macedónia, agora do Norte, é uma mudança neste defeso, de Luka Stankovski do Rabotnicki para o Monza, por um milhão de euros, a liderar, em igualdade com Tosevski, que deixou o Rabotnicki para reforçar o Rostov na temporada transacta.


Na República da Irlanda os recordes têm mais de uma década, com a liderança a pertencer a Zayed quando deixou a fronteiriça Londonderry e reforçou o Persepolis por um milhão de euros.


Na Estónia a liderança absoluta ainda remonta ao século XX quando Oper deixou o Flora para reforçar os dinamarqueses do Aalborg por 950 mil euros em julho de 1999.


Do Montenegro o recorde surge praticamente na criação da liga independente do país, antes unido à Sérvia, com Bogdan Milic a trocar o Buducnost Podgorica pelos holandeses do Den Haag em 08/09, por 675 mil euros.

As duas maiores vendas da Islândia servem o Vikingur, com Arnarsson a mudar-se em 06/07 para os noruegueses do Lillestrom por 600 mil euros e Karlsson a rumar aos italianos do Venezia na temporada passada por meio milhão.



 Como se pode verificar, a disparidade é gigantesca, mesmo com um manancial de mercados tão diversificado e amplo. A tendência de quase todos os clubes é seguir os líderes, apostar nos mesmos mercados, ou seguir sucessos passados, sem abrir o leque do scouting e todas as imensas possibilidades que ali se podem incluir, haja abertura de mente e racionalidade acima do amiguismo. 

Hoje em dia a vertente do scouting ganha ainda mais poder, com os softwares disponíveis e a disponibilidade videográfica existente, para ganhar nomes, expandir as buscas e não estar limitado por aquilo que bate à porta ou pelas limitações linguísticas e afins, abram-se os olhos a todas as ligas, as surpresas serão imensas, por valores bem acessíveis.