No meio dos Alpes, surge a outra Bundesliga, a austríaca, com valores bem diferentes dos registados pela congénere alemã. O Rapid Viena, detentor do maior número de títulos caseiros (32), quedou-se pelo meio da tabela, num campeonato que foi disputado quase até ao fim pelos cinco primeiros, teve uma taxa de ocupação acima dos 90 por cento, detendo também a melhor assistência média, na ordem dos 16 mil espectadores.
O campeão foi o Sturm Graz, que obteve o terceiro título da história, todos alcançados nos últimos 15 anos, com uma média de 12 mil pessoas no estádio, a roçar os 80 por cento de taxa de ocupação.
Na minha opinião, os austríacos perdem por disputarem um campeonato com somente 10 equipas, mas a situação foi cuidadosamente estudada pelos responsáveis da bundesliga. Já defendi que se deveria experimentar uma liga alpina, conjugando a Suíça e a Áustria - com outros possíveis participantes, como a Eslovénia - realizando um campeonato conjunto mas, face aos apuramentos para a UEFA, com três classificações distintas, uma para título alpino e uma para cada país, válida para critérios de entrada nas competições europeias. A nível de marketing e capacidade de vender internamente e exportar o campeonato ganhar-se-ia, subiria a competitividade e, acredito, entraria noutro patamar europeu!
Este campeonato é muito capital, das 99 edições disputadas até 2011, mais de três quartos (77) foram para clubes de Viena, com Rapid e Áustria a açambarcarem entre si 55 títulos, por isso foi interessante assistir ao triunfo do SK Puntigamer Sturm Graz, sediado na capital estudantil austríaca e segunda cidade do país, local de nascimento de Arnold Schwarzenegger.
De notar que os clubes austríacos foram dos primeiros no universo futebolístico europeu a utilizarem o naming, associando-se a empresas para sobreviver à crise que assolou este campeonato na viragem de milénio!
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