domingo, 20 de março de 2022

Liga 3 - uma estreia de qualidade

 A edição inaugural da Liga 3 tem apresentado um futebol de elevada qualidade, muitos nomes que prometem dar que falar no escalão profissional, um futuro bastante promissor, num modelo competitivo ainda sujeito a revisão, particularmente na segunda fase, claramente desfasada e inapropriada perante os investimentos e esforços realizados na fase regular.

Durante a fase regular 24 emblemas alinharam em duas séries, deixando-se aqui os elementos de maior relevância associados a cada um.

Note-se que os onze mais partilhados refletem somente os onze futebolistas que somaram mais minutos, procurando-se ajustar um esquema que os enquadrasse, não espelhando as ideias de cada um dos treinadores, até porque estas também variam consoante os momentos, a evolução, o quadro de atletas disponível, entre outras condicionantes.

Alguns dos dados aqui identificados e notados não surgem noutros locais, essa é também a ideia - como sempre foi - do Observatório, procurar aportar mais, diferente, alternativo.

A heterogeneidade é uma mais-valia para esta competição, onde pontuam três equipas 'B', alguns históricos, clubes formados no século XXI, equipas experientes, imensos jovens de potencial, igualmente nos bancos, uma belíssima entrada em cena.


Na Série A os golos aconteceram mais no arranque das segundas metades, com a incidência global de concretizações a ser mais observada nos períodos complementares, com 55,33% para 44,67% entre cada parte, no que percentagem de golos diz respeito. De sublinhar os quase 10% de golos conseguidos nos descontos das segundas partes.

Já a Série B teve o seu período mais profícuo no último quarto de hora do tempo regulamentar, porém o equilíbrio entre as duas metades foi superior à divisão mais a norte, com menos de 52% na segunda parte e mais de 48% na primeira.


A melhor performance em concretização na fase regular foi da União Leiria, o clube que mais se aproximou dos dois golos por encontro, seguindo-se a UD Oliveirense, com 1,77, e Sporting Braga B com 1,68 tentos por desafio.

Pevidém, Caldas e Oriental Dragon não alcançaram o um golo por partida.

Em matéria de desempenho defensivo, no que a golos encaixados concerne, também liderou a União Leiria, 0,82, depois o Felgueiras, 0,86 golos consentidos por jogo, e o Amora também abaixo de um golo sofrido por desafio.

As formações mais permeáveis defensivamente foram, nesta fase regular da edição inaugural da Liga 3, foram lideradas pela AD Fafe, a encaixar 1,86 tentos por partida, o também minhoto Pevidém, com 1,73, seguido do par Cova da Piedade e União de Santarém, ambos com 1,59 consentidos em média nas 22 partidas disputadas.

Na soma de admoestações e expulsões, os clubes em média com maior número de cartões foram encabeçados por Canelas 2010, que atingiu os 4 cartões por partida, seguido de Vitória Guimarães B, 3,77. e Montalegre, 3,68, sendo a média a norte bastante superior aos cartões exibidos mais a sul.



A presença de equipas 'B' baixa naturalmente as médias de idades, mas nota para o conquistador da Série A, Felgueiras, com a média mais jovem à exceção dos 'B'. Entre os onze jogadores mais utilizados e a totalidade de elementos com minutos de jogo, nota para Lusitânia Lourosa, Fafe, Canelas 2010 e Felgueiras, com os mais usados a serem mais jovens que a globalidade do plantel, em média, o que não é o mais comum.



No Índice de Eficácia, de baliza e de concretização, o internacional jovem luso Carlos Alves, que não conseguiu o salto no Rio Ave, lidera nas redes, com apenas um golo consentido a cada 129 minutos na baliza do Felgueiras, seguido por Carlos Henriques, outra antiga esperança primodivisionária, a não conseguir vingar no Portimonense, mas a agarrar as redes do Torreense a meio da época para conseguir um índice de um golo encaixado a cada 120 minutos, fechando o pódio Fábio Ferreira, produto da União de Leiria, de onde saiu criança pelo sonho no Olival, mas para onde regressou há um par de temporadas, a dar segurança ao castelo leiriense.

Ofensivamente, nota para o reforço invernal da AD Sanjoanense, o brasileiro Lucão, que fez cinco golos em oito presenças, a apresentar um índice de eficácia concretizadora de um golo a cada 82 minutos, adiante do nigeriano Onyeke Osemene, do Canelas 2010, um a cada 99 minutos, um africano que apontava para divisões superiores, e do jovem sadino Rodrigo Pereira, ainda com idade júnior, a ter um golo a cada 106 minutos de utilização. 






A percentagem global média de jogadores formados nos clubes que representam, notando-se que essa observação é realizada contabilizando apenas a partir dos sub15 e com duas temporadas seguidas, no mínimo, no mesmo clube ou três ou mais, é baixa, particularmente com três emblemas 'B' e num terceiro escalão de futebol. Na Série A encontra-se abaixo dos 13% e na Série B inferior a 17%!

Em média foram utilizados 27,42 futebolistas na A e 28,17 na B, com a idade média do plantel usado a se fixar nos 25,75 mais a norte e nos 26 a sul, sendo que os onze mais utilizados mediam em idade nos 27,12 para a Série B e nos 26,08 na A.

A taxa de disseminação de golos, sendo esta percentagem obtida pela divisão do número de jogadores que marcaram golos pelo número total de futebolistas usados, ainda pouco acima dos 40% em ambas as séries, com a média de golos marcados a se fixar nos 1,32 por equipa a norte e 1,22 por clube a sul.

Os reforços são sempre importantes, mas também demonstram o grau de estabilidade ou não do clube e dos planteis, a norte a média esteve perto dos 15, mais de 55% do plantel usado em média, enquanto na Série B aproxima-se dos 16 e a percentagem aproxima-se dos 57% do plantel utilizado.

A entrada na fase decisiva é polémica, o esforço realizado na fase regular acaba por não ser devidamente recompensado para a subida, sendo que um modelo transitório para a ideia que exploramos no final deste documento poderia assentar, a partir das duas séries de 12, em três grupos de oito, os oito que disputariam a subida trariam os resultados e pontos diante dos oponentes da respetiva série na fase regular, apenas defrontariam os quatro da outra série e acrescentar-se-ia um bónus de pontos extra pelo lugar na 1ª fase, os oito de cada série a disputar a manutenção fariam uma terceira volta entre eles, mantendo os pontos da fase regular ou cortando-se a dois terços, perante um terceiro terço a disputar. Fica mais uma dica, para quem quiser ler e apreender, mantendo-nos como sempre disponíveis para trabalhar na melhoria dos modelos competitivos.

Na observação dos onze mais, como acima notado, não é expressada a ideia dos treinadores, apenas um ajuste dos jogadores mais utilizados em cada clube face às posições ocupadas. Os emblemas à esquerda dos jogadores - direita para quem vê - são os formativos de cada um; em cada jogador os jogos disputados, jogos como titular, golos marcados e média de minutos jogados.

A branco estão os reforços para 21/22, a vermelho os que já saíram do clube, pelo menos conhecidos, à data da realização desta esquematização.


Depois de se iniciar na Liga Revelação como treinador do Leixões, o antigo médio Bruno China passou pelo Sporting Espinho na temporada transata e assumiu o Felgueiras para 21/22, um projeto ambicioso de um clube refundado que fecha a fase regular na Série A como líder, com nomes de elevado interesse e potencial, ente os quais os luso-brasileiros Danilo Veiga e Matheus Clemente, também Né Lopes, que China trouxe de Espinho, ou Théo Fonseca.

No polo oposto, era esperado - da nossa parte - mais tempo de jogo para Kiko Rodrigues e o jovem Paulinho, adquirido à AD Sanjoanense, para onde regressou após as aventuras em FC Porto e no Liverpool, também está aquém do antecipado em matéria de tempo de jogo e de produção.


Despromovida na temporada passada, a UD Oliveirense partia como favorita ao regresso à Liga 2, tendo no banco o promissor Fábio Pereira, tendo soçobrado um pouco na segunda metade da fase regular para perder a liderança final, mas mantendo-se como candidata maior ao regresso.

Com boas épocas no Pedras Rubras, Gonçalo Pimenta assumiu a direita, Simão Fernandes havia sido orientado em Gafanha da Nazaré por Fábio Pereira, e reforçou bem o eixo defensivo, desiludindo João Serrão, central internacional jovem com passagens por camadas jovens de FC Porto e Juventus, sem grande tempo de jogo em Oliveira de Azeméis.

Filipe Maio é uma das boas surpresas, a par de Vasco Gadelho e do guineense Luizinho, com João Paredes a retomar a sua veia goleadora, estranhamente vedada às ligas profissionais, sabe-se posicionar, tem instinto, seria de ter espaço noutras divisões.


Com o antigo central do clube Artur Jorge ao leme, o Sporting Braga B não ficou afetado com o elevado número de jogadores usados, como se espera de uma 'B', mantendo-se Rodrigo Borges, David Veiga Schürrle, Álvaro Djaló ou o ainda sub19 Rodrigo Gomes como alguns dos jovens muito promissores nos 'Gverreiros do Minho'


Em Guimarães também é um antigo defesa a liderar no banco, tendo Moreno conseguido uma boa ponta final para integrar o quarteto da promoção, algo inesperado observando evoluir da época, com os clubes do norte do distrito de Aveiro bem mais candidatos, porém batidos no fim.

Celton Biai, que tanto prometia no Benfica, não se tem mostrado muito seguro aqui, ainda que seja a primeira escolha para as redes.

Já Jota Pereira sobe a sénior a pedir minutos na equipa principal, algo que o ainda júnior de primeiro ano Herculano Nabian já conseguiu, e bem, sendo ainda de prestar também atenção a Gui e a Afonso Freitas, outro jovem já com calo internacional.


A procurar desligar-se da fama que conquistou negativamente na sua mais recente ascensão, o Canelas 2010 disputou até à última a entrada na luta pela promoção, mesclando no seu plantel a juventude de nomes como Pami e a experiência de outros elementos, mas Balanta, Magno, Mozino, Boakye, na casa dos 24/25 anos, já acumulam alguma experiência, mas ainda bastante promissores e com margem de progressão.

Tiago Margarido é outro treinador a acompanhar com atenção.


A AD Sanjoanense entrou na última jornada em posição de integrar os grupos de promoção, porém caiu para 6º. Foi um dos clubes que mudou de treinador, para a nova época e durante a temporada, assim como o plantel, 96% de reforços entre os utilizados.

O regresso do jovem Pedro Pinho ao clube é algo de interessante, enquanto o antigo internacional jovem Rui Pedro voltou a Portugal da Hungria e de vários anos no estrangeiro para fazer a sua transição do relvado para outras funções, ainda se mostrando em qualidade, com seis golos. Rúben Alves, Aldair e Jorge Pereira são para continuar a acompanhar.


O regresso do Lusitânia de Lourosa aos nacionais fez-se com sensação, as imagens de estádio repleto, as procissões de apoio, são notórias, assim como o forte investimento na equipa. Em três ou quatro épocas tem sido dos orçamentos maiores no Campeonato de Portugal e, agora, na Liga 3, também com o quadro técnico, jogadores muito experientes, muitos antigos internacionais, contudo volta a falhar com estrondo a entrada nos grupos de subida.

Léo Cá chega tarde aos nacionais, mas ainda a tempo de dar o salto e de brilhar nas ligas profissionais.


A equipa do São João de Ver surgiu bem, faz uma boa primeira volta, intromete-se na disputa da subida, todavia os comandados de Nuno Pedro fazem uma segunda metade fraca, valendo até a saída do promissor técnico, substituído por um feirense muito experimentado, Henrique Nunes.

Nos 'Malapeiros' nota para o bom desempenho defensivo, com a antiga promessa nacional Leo Leichsenring nas redes, o polivalente Diogo Castro, médio de formação, na lateral direita, outro nome de quem se esperava mais, Pedro Santos, no eixo, ainda com nomes como Diogo Pereira, que tanto se mostrou no Cesarense, Miguel Pereira a continuar a marcar, também aqui vários nomes de potencial engraçado e para maiores voos.


No Anadia Miguel Valença não entrou da melhor forma, mas aqui também está um técnico bastante promissor, a deixar as balizas bastante cedo para enveredar pelo banco com qualidade.

Fausto Lourenço continua a ser a referência ofensiva da equipa, porém Tamble Monteiro é um jovem a despontar, uma das surpresas da época.


O Montalegre foi uma das surpreendentes ascensões na época passada, sendo um dos principais candidatos à despromoção em 21/22, contudo Viage continua a ter um trabalho de nota e só por disputar a Liga 3 já é uma vitória para a raia transmontana.

O cabo-verdiano Papalélé, Joãozinho e Bruno Angola são nomes a acompanhar.


 Esperava-se mais do Fafe, mas tem sido difícil competir com a concorrência. A segunda fase pode ser melhor. João Castro pode dar o salto, Léo Teixeira é para ver mais detalhadamente, João Sidónio é outro que pode dar o salto, enquanto Rui Areias realiza uma grande época até ao momento.


Depois do brilhante campeonato de 20/21, o Pevidém de João Pedro Coelho regressou à realidade e o salto para a Liga 3 pode ter sido demasiado no crescimento sustentado do clube, esperando-se que não tenha consequências nefastas para o clube no futuro próximo. 

O treinador saiu cedo, mas pouco ou nada mudou, com o emblema vimaranense a ser claramente o menos forte da prova. Ainda assim, a 2ª fase permite a manutenção do sonho de permanência, por difícil que tal seja de conquistar.



Apesar da mudança técnica, Filipe Cândido sonhou com a liga máxima, ainda que por pouco tempo, a União de Leiria manteve o passeio na Série B, que venceu de forma confortável, orientada depois pelo campeão Bino Maçães, num plantel onde Gonçalo Gregório, Leandro Antunes, Afonso Caetano, Nuninho, Fábio Ferreira, entre outros, têm futebol para patamares superiores.


Em Alverca pensar-se-ia que Vasco Faísca brilharia, porém o jovem técnico acabou por sair e foi outro antigo defesa, o ex-internacional brasileiro Argel, que alinhou em FC Porto e Benfica, a assumir as rédeas e a fazer uma bela sequência de sete triunfos e a guindar o clube para a vice-liderança na fase regular.

Esperava-se que vingasse no Aves primodivisionário, mas tal não sucedeu, contudo Rodrigues continua a exibir os seus dotes concretizadores, tal como o brasileiro Jonata, que passou pelos sub23 do Estoril-Praia, Ángel Torres é para analisar bem, tal como Klismahn ou Ronaldo.


Em Torres Vedras Daúto Faquirá voltou ao ativo, depois de alguns anos como comentador, todavia não conseguiu concluir o objetivo, substituído por Nuno Manta Santos, com anos de Feirense, mas ainda por provar fora dos 'Fogaceiros', agora a levar o Torreense à fase de promoção.

São vários os jovens de potencial, Simãozinho, Midana Sambú, Cardoso, Lameira, Umaro Baldé ou Pedro Marques, muitos internacionais jovens a descerem degraus para tentarem 'explodir'!




Foram muitos os anos com a ameaça da descida administrativa para o Vitória FC de Setúbal, o que acabou mesmo por suceder. A procurar recuperar-se, o emblema sadino assenta nos seus, tem um plantel experiente, conquistando no limite a posição para integrar os promovidos, depois de uma época com dois dos mais experimentados treinadores nos escalões inferiores, Toni Pereira e Filipe Moreira.

Valido, Rodrigo Pereira, José Varela, Bruno Almeida ou Daniel Carvalho são alguns dos que devem ser seguidos desde já, caminham para ligas superiores.


O arranque não foi o melhor e cedo o treinador e comentador Bruno Dias deu lugar a Sandro, que faz uma bela ponta final, seis vitórias nas últimas seis jornadas para quase entrar nos lugares de promoção.

Joca é a figura da equipa, a lembrar tempos antigos do jogador de clube, mas nomes como Martim Maia e David Grilo pedem mais, como Pedro Albino, que já subiu degraus no decorrer da temporada.

O Real SC era um dos candidatos, mas Luís Loureiro não conseguiu o intento, nem Miguel Valença, a sair da sua região para a primeira experiência fora da zona de conforto, digamos assim, para ver como se dará na segunda fase.

Tiago Morgado era de fazer uma carreira mais acima, mas Rodrigo Moitas, Mika Borges, Horácio Jau, também ainda podem fazer mais nas respetivas carreiras. O Real tem um grupo do qual se esperaria um pouco mais em 21/22.


José Vala passou dos relvados para o banco, sendo o Caldas um interessante exemplo de gestão, sem devaneios, procurando manter-se com nomes das redondezas, a recuperar João 'Tarzan' Rodrigues para o ataque como bom modelo de tal. O reforço João Silva é das boas surpresas da época.


Ao contrário da Série A, a 'B' da série mais a sul, o Sporting CP 'B', não conseguiu integrar o grupo de subida, não deixando contudo de ter grandes talentos, Mateus Fernandes, Dário Essugo, Chico Lamba, Vando Félix, Marsà, nomes já a integrarem chamadas de Rúben Amorim.


Também a descer do segundo escalão, o Cova da Piedade ficou muito aquém de tal, sem conseguir fazer jus a esse estatuto.

Pedro Pinto ou Califo Baldé são, ainda assim nomes a sobressaírem de uma equipa que ela própria já foi sangrada durante a época, com Batalha, Dida e Fred Martins a rumarem ao Restelo, na busca da subida à Liga 3.

 

Depois da louvável chegada à Liga 3, não foi surpresa ver o Oliveira do Hospital a jogar para evitar a despromoção. o médio sãotomense Ronaldo Afonso, André Freitas ou o maliano Ndo são alguns dos jovens de potencial, com Diogo Martins a exibir uma bela veia goleadora.


O clube mais recente da Liga 3, dos mais novos em Portugal, o Oriental Dragon já anteciparia esta disputa, ainda que tenha mudado de treinador, sem grandes mudanças. O antigo guardião Luís Manuel deu lugar ao antigo médio Prazeres.

A antiga promessa sadina Marlon Costa é dos nomes que pontua o clube, assim como o filho e neto das glórias Águas, Martim, com carreira sólida nos escalões secundários.


Outro treinador-comentador, ou treinador mais conhecido como comentador futebolístico, Acácio Santos começou no União de Santarém, mas acaba demitido e é outra promessa dos bancos, André David, há não muito tempo com uma mancha na sua progressão, que se espera continue, a assumir o clube, mas sem conseguir revirar o posicionamento, agora obrigado a procurar a manutenção na segunda fase.

Este é um plantel que aspiraria a bastante mais, no potencial que oferece, de Wilson na baliza ao ataque, onde Yago surpreendeu.

Fica aqui, como já antes se fez, ainda antes da introdução da Liga 3, na alusão à criação de um campeonato intermédio entre o Campeonato de Portugal e as provas da Liga Portugal, novo naipe de sugestões para o futuro. A ideia da Liga 3 é bastante positiva, mas seria mais benéfica para todos um conceito de duas séries de 16 clubes, com duas promoções diretas em cada série e uma quinta vaga a disputar entre 3º de cada série e 13º e 14º da Liga 2, mantendo-se o formato de 18 equipas nesta. 16 clubes apenas com fase regular de 30 encontros, disputa do título nacional entre vencedor da cada série e despromoção de 10 equipas, cinco em cada série, para subirem os dois primeiros de cada uma de quatro séries do Campeonato de Portugal, igualmente com 16 clubes cada, ou seja, 64 emblemas a jogarem o Campeonato de Portugal, e as duas vagas abertas a serem disputadas entre 3º e 4º das séries, podendo-se fazer azo da criatividade e replicar outros modelos competitivos, com os 3º a se cruzarem e os vencedores a avançarem para a final, e os 4º a também se defrontarem e os ganhadores e jogarem com os perdedores dos jogos entre 3º por lugar nas partidas de subida, sem que se cruzassem novamente com os emblemas da fase regular.


Um modelo algo semelhante a este esquema nos nacionais, com introdução de uma Taça de Portugal apenas para os emblemas fora das ligas profissionais, em espelho à taça da liga, como sucede em tantos outros países há muitos anos, seria algo a considerar seriamente pelos responsáveis federativos.

Para a FPF também seria bastante benéfico largar as letras ou números de séries e procurar patrocínios, naming para cada série e para cada competição, até pela visibilidade que oferece através do seu próprio canal televisivo. Um trabalho um pouco mais aturado com estas provas a nível mediático trará certamente mais interesse e apoios às mesmas.