Com base nos números apresentados pela UEFA, sobre a quantidade de atletas federados, de clubes, de equipas, de jogadores jovens, de futebolistas femininos realizou-se um estudo para avaliar as proporções entre a população de cada nação e o número de jogadores federados, bem como a relação entre a área de cada país e o número de clubes e equipas registados!
Este é o primeiro de dois gráficos que relacionam a área de cada país com a quantidade de clubes existentes. Os dados anotados distinguem o número de clubes e de equipas, entendendo-se por clube cada associação desportiva que desenvolve a actividade futebolística e por equipa cada escalão, cada plantel que existe por clube, ou seja, cada clube pode ter uma, dois, dez ou vinte equipas!
Com estes dados díriamos que, quem quiser jogar futebol deve ir para Inglaterra, onde existe um clube federado por cada 3,2 Km2, situação que sucede também em San Marino e no arquipélago de Malta, dado o pequeno tamanho dos territórios, numa relação de 1/3,8 km2 e 1/6 km2, respectivamente.
No top 10 encontram-se as restantes nações das ilhas britânicas, excepção feita ao País de Gales, e o eixo central europeu, com Bélgica, Holanda, Alemanha e República Checa a constarem aqui, com uma relação de um clube para menos de 20 km2, onde também se situa Portugal, em 11º, com proporção de 1/19,7 km2!
A vastidão do território casaque e russo, levam-nos para o fundo da lista, com o escasso número de clubes no Casaquistão a excluí-lo deste gráfico, dada a descomunal diferença, na ordem de 1/93163 km2. Nove das 11 nações que fecham este gráfico resultaram da queda da URSS, onde muitos clubes desapareceram, associados ao antigo regime, e vão surgindo novas colectividades, aos poucos, em locais onde o futebol se debate com vários outros desportos, nomeadamente os invernais, pela supremacia na prática desportiva e no impacto mediático e social!
Note-se que a proximidade entre clubes na Holanda, Bélgica, Luxemburgo ou Dinamarca tem levado a diversas fusões, com os números actuais a reflectirem já essa situação, ou seja, é interessante todas as localidades terem a sua própria colectividade mas, atendendo a que o Estado não pode subsidiar a subsistência de todos e observando que há um maior divórcio entre os grupos empresariais, os particulares e as agremiações, há uma necessidade de reinventar cada clube para se conseguir sobreviver, num cenário que Portugal, mais tarde ou mais cedo, vai ter que seguir, sob pena de ver desaparecer ainda mais clubes, como tem vindo a suceder de forma acelerada!
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