Os magiares, outrora força motriz do futebol europeu, desapareceram do cenário principal do jogo do povo e debatem-se agora com a falta de referências naquele que foi um desporto onde já foram senhores, reis, deuses e peregrinos.
O campeonato último deu à luz um novo campeão, Videoton, o 14º vencedor em 107 edições da prova! O Ferencvaros, recém-regressado ao convívio dos grandes, após uma despromoção administrativa por problemas financeiros, mantém-se como o clube com mais fiéis, obtendo uma média de 5500 almas por jogo, com quatro outros clubes a rondarem os 4000 adeptos!
Não deixa de chamar a atenção o facto do principal clube húngaro, Ferencvaros, já ter sido enviado para a segunda divisão devido a questões financeiras, situação que já despromoveu outros, algo que deveria ser visto com muito mais atenção pelo extremo ocidental europeu onde, ano após ano, se assistem a situações de incumprimento salarial sem que os clubes sejam castigados!
O segundo clube do país, historicamente falando, MTK Budapeste viu-se relegado esta época, apesar dos 23 títulos que ostenta.
Há alguns anos, a federação local resolveu enviar um grupo de jovens jogadores para o Brasil, com o intuito de os aprimorar tecnicamente, mas tal não resultou! É pena ver o futebol húngaro neste estado, depois de todos os talentos que produziu e da verdadeira revolução que criou no jogo, a nível táctico, apoiando o despontar do futebol moderno um pouco por toda a Europa.
Actualmente, a liga Soproni é igualada ou ultrapassada pelo pólo aquático, natação, andebol, fórmula 1, atletismo e desportos de combate, necessitando de se reinventar para regressar ao trono que deteve no passado!
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