Na liga mais portuguesa de toda a Europa, o campeão de assistência foi o vencedor da liga, APOEL Nicósia, com uma média superior a 10 mil espectadores, que contou nas suas fileiras com três lusos, Paulo Jorge, defesa central formado no Sporting Braga, Hélio Pinto, médio esquerdino, das escolas do Benfica, e Nuno Morais, do Penafiel, que protagonizou há alguns anos uma transferência surpresa para o Chelsea de Mourinho. A estes juntam-se os brasileiros que passaram por Portugal Marcinho e Manduca!
Este título do APOEL serviu para desempatar historicamente do Omónia, somando o 21º triunfo contra 20 do grande rival.
Chipre tem a particularidade de estar dividido em duas zonas, após a invasão turca de 1974, com o lado turco da ilha a não ser reconhecido internacionalmente e a estar impedido de jogar futebol sob égide da FIFA. Mais uma vez, o futebol sofre com um problema étnico-religioso, numa ilha onde se notam as diferenças entre a parte grega cipriota e o abandono a que foi votada a parte turca cipriota.
Voltando à liga Marfin Laiki, percebe-se que as assistências têm relação quase directa com as prestações clubísticas, onde na segunda fase - o campeonato disputa-se em 26 rondas de fase regular sendo depois dividido em três grupos de quatro clubes, com o primeiro a lutar pelo título, o segundo a disputar nada e o último a jogar para fugir à terceira posição de descida - as assistências baixam de forma concreta, podendo a prova ser dividida não em três mas em dois grupos para, pelo menos, todos jogarem por algum objectivo!
De qualquer forma, este é o actual paraíso para futebolistas portugueses 'tapados', essencialmente, por brasileiros nas principais ligas lusas. Boa parte dos jogadores que actuam na liga cipriota foram internacionais jovens portugueses, têm escola, qualidade e este percurso torna-se bom, pois permite-lhes conhecer outras realidades, disputar provas europeias, ganhar contactos futuros e fortalecer o impacto no jogo do povo.
Sem comentários:
Enviar um comentário