A Assíria é uma das maiores nações da história da humanidade. Parte do passado esquecido, do qual praticamente resta a lembrança dos egípcios, o berço das civilizações é o local onde floresceu esta civilização, que ocupou durante séculos grande parte dos actuais Iraque, Irão, Turquia, Síria, Líbano, Jordânia, Israel, Palestina e Egipto.
Quando falamos de religião, podemos mesmo concluir que a Assíria é o berço de todas as religiões ocidentais e do Médio Oriente, ou seja, Cristianismo, Islamismo e Judaísmo todas nasceram aqui, porque todas vêm da mesma tribo, seja aramaica ou não. Os grandes impérios Sumério, Assírio, Acadiano, Babilónico, entre outros, degladiaram-se pelo controlo da região à data fértil ao longo dos rios Tigre e Eufrates, soçobrando todos ao tempo e à natureza!
Contudo, a comunidade Assíria nunca morreu, apesar de ter perdido o seu império e, em parte, a sua nação física, seque mantendo vivas as tradições ancestrais, passando o legado para cada geração, o que resulta num forte sentido de ser assírio, com inúmeras pequenas comunidades, muitas delas cristãs, quer no Médio Oriente, quer nos vários países que acolheram refugiados, em várias vagas, fugitivos de perseguições religiosas essencialmente.
Na Suécia a comunidade assíria é bastante viva e dinâmica, como tal criaram em diversas cidades e bairros, onde estão presentes, agremiações desportivas, culturais e étnicas (não fechadas), que vêm marcando presença nas provas desportivas suecas, assim como os descendentes se vão imiscuindo nas selecções nacionais suecas.
O Syrianska FC Sodertalje chegou ao topo do futebol sueco, trazendo à baila a grande civilização que foi a Assíria, sendo apenas um de vários Syrianska espalhados pelo país, a que se junta o Assyriska, que compete no segundo escalão sueco. Uma presença bastante forte e digna de nota.
Não possuíndo uma selecção, dado não terem já território físico, que corresponda aos critérios FIFA, limitam-se a competir enquanto tal no universo futebolístico alternativo, tendo participado uma selecção aramaico-siríaca na Taça do Mundo VIVA de 2008, e aproveitam o sucesso clubístico para promoverem a sua ancestral nação e a manterem viva.
Boa parte dos futebolistas colocados nesta potencial selecção já actuaram pelas selecções jovens ou mesmo principais dos países de nascimento ou acolhimento, sejam elas a Suécia, a Bélgica, a Suíça, a Síria, a Alemanha ou a Turquia, ficando de fora alguns jovens internacionais jovens suecos, como Besara, ou jogadores como Jasar Takak, siríaco-holandês, ou o avançado George Mourad, que ainda na última época, se mostrou nos campos nacionais aos serviço do Portimonense.
Destaque para Suleyman Sleyman, um lateral que tem licenciatura em economia e concilia o futebol com o trabalho de auditor na Ernst & Young, para os alas Bakircioglu e Ozkan, o primeiro com um grande trajecto já no futebol europeu, o segundo com a possibilidade de ir mais longe, o meio-campo é preenchido por um especialista em bolas paradas, Chanko, e um jovem promissor internacional jovem suíço, Unal, a apoiarem o versátil Touma e a torre (dois metros quase) Haddad! Gostava de os ver actuar em conjunto no futuro, ainda que fosse fora do âmbito FIFA!
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