quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Equilíbrio nas Ligas Europeias segundo fórmula do O.L.E. Futebol

Como se determina o nível de equilíbrio de uma liga? Podem-se utilizar muitos factores até porque a definição de equilíbrio pode ser aplicada a aspectos distintos no jogo, os golos por exemplo, que serão aflorados numa entrada futura (deixo já a questão, quem foi o mais eficaz marcador na Europa?), poder-se-ia também avaliar a qualidade de jogo ou dos jogadores, o que é absolutamente subjectivo, ou a evolução táctica e a estruturação defensiva do jogo, ou seja, poder-se-iam avaliar os campeonatos através de critérios diversos, mas aqui pretendeu-se determinar o Coeficiente de Equilíbrio nas ligas analisadas.

Entre várias fórmulas pensadas, a que se acreditou ser a que melhor avalia o nivelamento de cada campeonato foi a que se utilizou para chegar aos valores que constam no gráfico que abaixo se mostra. Estamos a falar de campeonato, não da luta pelo título, da luta pela Europa, da luta pela descida, a avaliação é global. Assim, subtraíram-se os pontos obtidos pelo último colocado de cada liga aos que alcançou o vencedor, dividindo-se o valor pelo número de jornadas que compõem cada competição atingindo-se desta forma o CE-OLE, ou seja, o Coeficiente de Equilíbrio do Observatório das Ligas Europeias de Futebol!


De acordo com o CE-OLE, a liga mais equilibrada foi a da Polónia, com um grau diferencial abaixo do um ponto, a única que conseguiu esse feito, enquanto a Finlândia - na despedida, pelo menos temporária, dos 14 clubes, a ficar no ponto certo. Uma época é somente uma época e, para conseguirmos realmente estabelecer um alto ou baixo nível de equilíbrio em cada campeonato, será necessário analisar as classificações passadas até para compreender a evolução.

Daqui se pode retirar que, pior que Portugal, apenas Israel e Sérvia, as únicas três ligas cujos coeficientes de equilíbrio ultrapassam os dois pontos, denotando campeonatos pouco nivelados a todos os níveis, como se pôde comprovar para quem acompanhou essas ligas.

O que se pode concluir da leitura deste gráfico é que, aqui, não existe uma influência cultural, com os países nórdicos, do leste, latinos, da Europa Central, do Báltico ou dos Balcãs a estarem misturados entre si, não se conseguindo sequer estabelecer uma ligação entre o valor atribuído a cada liga - definidas como primeira, segunda ou terceira divisões europeias - e o grau de equilíbrio existente, ao contrário do que se poderia pensar. Estes dados revelam uma aleatoriedade completa que apenas pode ser, ou não, dissipada com uma observação aturada dos campeonatos passados! 

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