Iniciando-se a última parte desta resenha, com os mundiais de sub20 ocorridos no século XXI. 2001 foi o ano em que a Argentina acolheu o 13º Campeonato do Mundo da categoria, distanciando-se da concorrência, vulgo Brasil, com a obtenção de um quarto título, numa final de sentido único onde o Gana sofreu três golos sem resposta, sem grandes esforços dos 'donos' do terreno, diga-se. Saviola sagrou-se melhor jogador e marcador da competição.
Da equipa campeã faziam parte Germán Lux, Burdisso, Mauro Cetto, Coloccini, o já citado Javier Saviola, Oscar Ahumada, Romagnoli (Sporting CP), Maxi Rodríguez, Diego Colotto e Andrés D'Alessandro, no Egipto já brilhava Abou Greisha, com Shawky e Hossam Ghaly, a Finlândia tinha Otto Fredriksson, Okkonen, Vayrynen, Daniel Sjolund e Mikael Forssell, pelo Brasil Rubinho (V. Setúbal), Maicon, Edu Dracena, Adriano (Inter), Júlio Baptista, Luisão (Benfica) e Kaká, Julian de Guzman, Attiba Hutchinson e Rob Friend surgiram no Canadá, Starke, Balitsch, Andreas Hinkel e Jermaine Jones representaram a Alemanha, Nashat Akram no Iraque, Sebastián Pardo, Mario Cáceres (Sporting CP), Jaime Valdés (Sporting CP) e Rodrigo Millar pelo Chile, Qu Bo na China, Onyewu, Eskandarian, DaMarcus Beasley, Edson Buddle e Landon Donovan nos EUA, Shershun, Bielyk, Gai, Komarnytsky pela Ucrânia, enquanto Angola se estreou em competições globais de futebol contando com Mantorras, Mendonça (Varzim), Gilberto, Castigo (Boavista, Vilanovense), Rasca (Académica) ou Mateus.
Pela Austrália salientam-se Kisnorbo, Joshua Kennedy, Wilkshire, McDonald ou Nick Carle, na Rep. Checa Hubschman, Lafata, Tomas Jun ou Petr Cech, o Japão levou Morisaki, Sato, Ikeda, Tahara, Maeda, na Costa Rica Winston Parks volta a marcar presença, pelo Equador destaque para Franklin Salas, Segundo Castillo e Félix Borja; Stekelenburg, Heitinga, David Mendes da Silva, Van der Vaart, Arjen Robben, Huntelaar deviam ter ido mais longe, na França Méxes, Givet, Alou Diarra e Benoit Cheyrou eram os principais nomes, Muntari, Essien, John Mensah, John Paintsil e Derek Boateng lideraram o Gana, Jorge Brítez voltou a participar com o Paraguai, com Diego Barreto na baliza e Tomás Guzman como estrela maior.
Os Emiratos Árabes Unidos receberam a edição de 2003, na terceira visita ao Golfo Pérsico, com o Brasil a igualar novamente os vizinhos e rivais albicelestes, numa final ante os detentores do troféu, a Espanha, apenas decidida nos últimos cinco minutos com um golo de Fernandinho. O jogador da casa, Ismail Matar, foi eleito melhor do torneio, com quatro futebolistas a marcarem quatro tentos cada na luta pelo melhor artilheiro.
A selecção do Brasil não encheu o olho, apesar de contar com inúmeros talentos, aos quais a Espanha não ficava atrás. Mas fazendo uma passagem pelos grupos, na estreia do Burkina Faso em fases finais desta competição, salienta-se Panandetiguiri (U. Leiria), Salif Nogo, Ouedraogo e Aristide Bance, no Panamá Gabriel Gómez (Belenenses), a também estreante Eslováquia apresentou-se com Marek Cech (FC Porto), Filip Sebo, Filip Holosko, Halenar e Pernis, na Argentina estavam Mascherano, Pablo Zabaleta, Cavenaghi e Carlos Tévez, o Mali levou Alhassane Touré, Mamoutou Coulibaly, Diakité (V. Setúbal) e Kalifa Cissé (Estoril, Boavista), a Espanha levou o pequeno génio Andrés Iniesta, Ferrán Corominas, Manu del Moral, Gavilán, Arizmendi, Iago Bouzón, Moyá, Gabi e Sergio García, o Usbequistão contou com Nesterov, Zeytulayev, Geynrikh e Bikmoev, pela Austrália Carl Valeri, Jedinak, o repetente McDonald e Brosque, o Brasil com Dani Alves, Carlos Alberto (FC Porto), Daniel Carvalho, Dudu Cearense, Fernandinho, Nilmar e Dagoberto, pelo Canadá David Edgar e os repetentes Simpson e Hutchinson, os checos contaram com Dosoudil, Hubnik, Bednar, Pavel Fort ou Tomas Sivok, pela Colômbia Freddy Guarín, Edixon Perea, Macnelly Torres, Montano e Abel Aguilar, no Egipto Emad Moteab, Shokry e Ahmed Said, nos ingleses James Milner, Chopra e Gary O'Neil.
O Japão apresentou-se com o actual guardião dos AA, Kawashima, bem como Konno, Abe ou Sakata, na Costa do Marfim Arouna Koné, Jean-Jacques Gosso, Bamba e Goore; Aldo de Nigris foi o ariete dos mexicanos, pela Irlanda Flood, Paisley, Whelan e Fahey, na Alemanha Robert Huth, Trochowski, Pander e Christian Lell, na Coreia do Sul Jo-Gook Jun, Joo-Sung Park, Chu-Young Park e Lee Ho; Mareco, Enrique Meza, Edgar Barreto, Edgar Benítez e Haedo Valdéz foram os destaques do Paraguai, e ainda Justin Mapp, Eddie Johnson, Ricardo Clark, Freddy Adu (14 anos), Mike Magee e Dempsey estiveram pelos EUA, com Adu a tornar-se o mais jovem de sempre a participar num Mundial de sub20.
2005 marcou o regresso à Europa, com a organização a cargo da Holanda e a Argentina de um tal de Lionel Messi a voltar a passar para a frente no total de títulos, obtendo o quinto aqui, Messi foi o melhor jogador e marcador, bisando na final ante a Nigéria, 2-1, através de duas grandes penalidades, num torneio que já pede 32 selecções há algum tempo... vamos ver quando é que isso acontecerá!
A Argentina contou, além de Messi, com Ustari, Lucas Biglia, Pablo Zabaleta (outro a bisar presenças), Ezequiel Garay, Fernando Gago, Kun Aguero, Oberman e Nicolas Navarro. Na Austrália, destaque para Mark Milligan, Adam Federici e Nicky Ward. Pelo Benim, note-se Florent Raimy, Omotoyossi, Boco, Ahoueya e Tchomogo. O Brasil trouxe Renan, Rafinha, Gladstone (Sporting CP), Diego Souza (Benfica), Bobô, Rafael Sóbis, Edcarlos (Benfica), Arouca, Fellype Gabriel, Diego Alves e Diego Tardelli. No Canadá Wagenaar, David Edgar e Asmir Begovic apareceram, enquanto no Chile Nicolas Canales (Benfica, Gondomar), Matías Fernández, Carlos Carmona e Gonzalo Jara foram, pela Colômbia Guarín e Aguilar novamente, Dayro Moreno, Rodallega, Rentería (FC Porto, SC Braga), David Ospina e Radamel Falcao, na Alemanha Rene Adler, Marvin Matip, Marcell Jansen e Andreas Ottl, nas Honduras Luis Ramos e Emilio Izaguirre, a Itália com Viviano, Nocerino, Andrea Coda, Graziano Pellè e Canini, Honda e Morimoto no Japão, Benzoukane, Hermach, Chihi, Kantari, El Zhar, Sbai por Marrocos. David Edgar, Freddy Adu e Al Roomy, da Arábia Saudita, são os únicos a terem participado em três mundiais!
Os anfitriões apresentaram-se com Vermeer, Tiendalli, Ron Vlaar, Maduro, Owusu-Abeyie, Afellay, Ryan Babel, Medunjanin, Urby Emanuelson ou Zuiverloon, aquém do esperado. A Nigéria com Taiwo, Obi Mikel, Promise, Solomon Okoronkwo, Dale Adeleye e Sani Kaita, a Espanha com Albiol, Zapater (Sporting CP), Jonathan Soriano, Fernando Llorente, Gavilán, José Enrique, Fabregas, David Silva e Roberto (Benfica), a Suíça com Barnetta, Djourou, Senderos, Antic, Vonlanthen, Ziegler, Dzemailli, Guilherme Afonso e Schwegler, a Turquia com Ergun Teber, Sezer Ozturk, Selçuk Inan, Hakan Aslantas e Gokhan Guleç, a Ucrânia também marcou presença com Dopilka, Bogdan Shust, Vorobei, Yarmash e Aliev, enquanto os EUA tiveram na sua selecção Spector, Adu, Kljestan e Nathan Sturgis.
Portugal regressou aos mundiais no Canadá, em 2007, onde ficou a má memória de Zequinha retirar o cartão vermelho das mãos de um árbitro, deixando uma péssima imagem lusitana em terras onde somos tão queridos. Mais uma vez, a Argentina manteve o ceptro, já o conseguiu por três vezes, batendo na final a República Checa, com o mesmo resultado de 2005, 2-1, depois de estar a perder por 0-1. Kun Aguero imitou Messi dois anos antes e bisou nos títulos, melhor marcador e melhor jogador, juntando-se também ao estrito grupo que alcançou dois títulos mundiais de sub20, apenas João Vieira Pinto e Brassard o conseguiram também.
Da Áustria, destaque para Sebastian Prodl, Erwin Hoffer, Kavlak, Harnik, Hinum, Okotie, Madl e Junuzovic, todos já chamados à selecção principal, pelos anfitriões Begovic (agora na baliza principal da Bósnia), David Edgar na terceira participação e Tosaint Ricketts, no Chile a actual geração dourada, Toselli, que tarda em rumar a uma baliza europeia dada a sua classe, Isla, Larrondo, Medel, Alexis Sánchez, Nicolás Medina, Arturo Vidal, Carmona e Vidangossy, o esqueleto do Chile 'A' actual. No Congo, Delvin Ndinga é a referência principal, enquanto a Espanha levou Adán, Piqué, Javi García, Granero, Diego Capel, Juan Mata, Adrián González e Sunny Stephen, que está a passar ao lado de uma promissora carreira. No Uruguai actuaram os recém vencedores da Copa América Martin Cáceres, Edinson Cavani e Luis Suárez, com Cardaccio. Arismendi e outros ainda em espera para explodir. Tembo, Mayuka, Njobvu e Mulenga já estão na principal equipa zambiana e Jatta, Pa Modou Jagne, Jallow e Jaiteh fazem o mesmo na Gâmbia.
Pelo México, Patrício Araujo, Pablo Barrera, Carlos Vela, Giovanni dos Santos, Chicharito Hernández, Esparza e Alejandro Castro fizeram a sua aparição, e pela Nova Zelândia Clapham e Craig Henderson são os que mais se vêm destacando. Portugal apresentou-se com uma excelente selecção Rui Patrício, Fábio Coentrão, Nuno Coelho, Bruno Gama, Antunes, Pelé, Zezinando, Pereirinha, Mano, Vítor Gomes, Feliciano Condesso, mas quedou-se pelos oitavos ante o futuro terceiro classificado Chile, depois de uma fase de grupos já de si fraquinha (3º, repescado). O Brasil apresentou-se com Cássio, David Luiz, Marcelo, Jô, Renato Augusto, Alexandre Pato, Luiz Adriano e Carlos Eduardo, a Polónia levou Fojut, Krol, Tyton, Szczesny e Malecky, os norte-americanos contaram com Adu, Altidore, Zizzo e Michael Bradley. A Argentina surgiu para mais um título com Romero, Emiliano Insúa, Gabriel Mercado, Banega, Zarate, di Maria e Piatti, numa selecção que não contou com Messi por este já se encontrar noutro patamar competitivo. Os finalistas levaram Valenta, Mazuch, Martin Fenin, Jakub Mares, Micola, Gecov ou Tomas Pekhart, ao passo que no Panamá estreou-se Luis Mejía, o já guarda-redes da selecção principal, mas que participará no Mundial colombiano, Gabriel Torres e Jaramillo.
Pak Nam-Chol esteve com a Coreia do Norte e a Costa Rica contou com Pablo Herrera, Celso Borges e Alvarado. O Japão apresentou-se com Uchida, Makino e Havenaar, enquanto a Nigéria levou Ideye Brown e Moses Adams, nos escoceses já brilha Steve Fletcher, com Snodgrass, Gary Kenneth, Dorrans e McGlinchey há procura de espaço a nível sénior.
O Mundial regressou a África em 2009, mais concretamente ao Egipto, com o continente a finalmente obter o ouro na categoria. O Gana consagrou-se campeão do mundo em sub20 derrotando o Brasil nos penalties da final. Num Mundial tão recente, já se destacaram a nível sénior Ivan Piris pelo Paraguai, já na selecção principal, tal como Federico Santander, a que se juntou Luis Paéz (Sporting CP, Fátima), Akreem Adams e Primus também já se estrearam nos seniores de Trinidad e Tobago. Nos nigerianos Rabiu Ibrahim (Sporting CP) é uma promessa que parece ter escolhido mal o clube para crescer como jogador, ao passo que Lukman Haruna e Kehinde Fatai já actuam nos seniores dos seus clubes. A Venezuela contou com José Salomón Rondón e Yohandri Orozco, tal como Angelo Peña (SC Braga), com carreira estagnada na passagem por Portugal, a Espanha levou Azpilicueta, Asenjo, Ander Herrera, Dani Parejo, Didac Vilá, Oriol Romeu ou Fran Mérida, pelos Camarões Banana vai repetir a presença, com Brice Owona a afirmar-se no contexto sénior.
Sven e Lars Bender, Sukuta-Pasu, Lewis Holtby já encontram o seu espaço na Bundesliga, e pelos EUA actuaram Agbossoumonde, Tony Taylor (Estoril) e Bryan Arguez, com Adu ausente, naquele que poderia ter sido o seu quarto mundial da categoria! Pelos campeões, Samuel Inkoom, David Addy, André Ayew, Mohamed Rabiu, Ransford Osei, Quansah, Agyemang-Badu e Dominic Adiyah já dão que falar. Pelo Uruguai jogaram Gunino, Abel Hernández, Lodeiro, Urreta (Benfica), Coates e Santiago García, enquanto no Brasil actuaram Alan Kardec, Rafael Tolói, Alex Teixeira, Ganso, Douglas Costa, entre outros, perdendo no entanto a final, num jogo em que não conseguiram concretizar as oportunidades que criaram.
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