domingo, 31 de julho de 2011

O caminho até Brasil 2014...

Decorreu hoje, 30 de Julho, o sorteio preliminar de qualificação para o Mundial de 2014, envolvendo todas as confederações, apesar de na Ásia e na América do Norte, Central e Caraíbas, as rondas preliminares já se terem iniciado e de já existir mais de uma dezena de países fora da rota até ao Brasil, depois de somente dois jogos!
Comecemos pelo organizador, o organizador Brasil é, como anfitrião, o primeiro apurado para a fase final, aumentando o número de presentes do CONMEBOL para cinco, pelo menos, com a possibilidade de um sexto nos play-offs intercontinentais, ou seja, 50 ou 60 por cento dos representantes da confederação sul-americana marcarão presença no Brasil. Já se frisou em entradas anteriores a não necessidade actual da existência de seis confederações, defendendo-se aqui a fusão das duas americanas e a inclusão da Oceania na AFC (Ásia), faria muito mais sentido no panorama actual, onde as diferenças que outrora existiram estão mais esbatidas e pela própria evolução das selecções, tal fusão proporcionaria maior competitividade, troca de experiências e maturação em todos os sentidos!
Para esclarecer dúvidas que possam surgir sobre a entrada das equipas em fases distintas em quatro das confederações, esta definição surge a partir do ranking Coca-Cola/FIFA, neste caso, do mês de Junho de 2011, ou seja, assenta essencialmente no ranking da FIFA imediatamente anterior ao escalonamento.
Na CONMEBOL, como devem saber, o apuramento joga-se num sistema de todos contra todos, com Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, com uma selecção a descansar por ronda, dada a ausência do Brasil, já apurado como selecção da casa.
Passando para a área mais frágil das seis que compõem o universo FIFA, a OFC (Confederação de Futebol da Oceania), cuja fase preliminar de apuramento se constitui por uma ronda inicial com as quatro mais 'fracas' selecções da zona, em sistema de poule, entre 21 e 26 de Novembro, envolvendo Ilhas Cook, Samoa, Samoa Americana e Tonga, apurando a vencedora para a segunda fase, onde se juntará aos restantes sete membros pertencentes à FIFA da OFC (existem membros que estão na OFC mas não são reconhecidos pela entidade que gere o futebol). A segunda fase contará com dois grupos de quatro, também em sistema de mini-liga, e disputar-se-á nas Ilhas Fiji entre 1 e 12 de Junho de 2012. No Grupo 1 estarão Vanuatu, Nova Caledónia, o vencedor da ronda preliminar e o Taiti, no Grupo 2 entram as Ilhas Fiji, a Nova Zelândia, as Ilhas Salomão e a Papua-Nova Guiné. Os dois primeiros de cada grupo jogarão posteriormente meias-finais em eliminatória a duas mãos e jogar-se-á uma final, entre os vencedores das semi-finais, para determinar a selecção que vai disputar a vaga na 'barrage' com o quarto apurado da zona CONCACAF! Caso a Nova Zelândia não se qualifique para o play-off será um escândalo, dada a evidente diferença entre estes e as restantes selecções!
Regressamos às Américas para abordar a CONCACAF, onde as rondas preliminares tiveram o seu início a 15 de Junho passado, com as primeiras selecções a caírem, ainda antes do sorteio que iniciaria 'teoricamente' a corrida ao Mundial!
Apesar de eliminadas tão precocemente, e até por isso, merecem a referência neste espaço, assim: Montserrat foi eliminada pelo Belize, resultado agregado (3-8), as Ilhas Turks e Caicos caíram ante as Bahamas (0-10), as Ilhas Virgens Norte-Americanas bateram as Ilhas Virgens Britânicas (4-1), A República Domicana venceu Anguila (6-0) e Santa Lúcia eliminou Aruba, onde os dois jogos terminaram com 4-2 a favor das equipas anfitriãs e os penalties decidiram a passagem.
A próxima etapa, sorteada hoje, é a segunda fase preliminar, que envolve 24 selecções, com jogos a decorrerem entre 2 de Setembro e 15 de Novembro de 2011, divididas em seis grupos abaixo listados:
Grupo A - El Salvador, Suriname, Ilhas Caimão e República Dominicana
O nosso favorito, o El Salvador, pois o Suriname apenas utiliza atletas do seu campeonato, senão teria uma selecção fortíssima.
Grupo B - Trinidad e Tobago, Guiana, Barbados e Bermudas
Apesar do enfraquecimento actual dos toboguenhos, continua a ser os maiores candidatos neste grupo.
Grupo C - Panamá, Dominica, Nicarágua e Bahamas
O Panamá tem uma selecção renovada, sob égide dos gémeos Dely Valdés, agora como técnicos, e passará naturalmente.
Grupo D - Canadá, St. Kitts & Nevis, Porto Rico e Santa Lúcia
O Canadá tem obrigação de seguir para a terceira fase.
Grupo E - Granada, Guatemala, São Vicente e Granadinas e Belize
Apesar de Granada ter estado presente na última Gold Cup, acreditamos que a Guatemala será a apurada.
Grupo F - Haiti, Antígua e Barbuda, Curaçao e Ilhas Virgens Norte-Americanas
Se o Haiti contar com os seus melhores futebolistas não terá problemas em chegar à terceira fase.
Os vencedores de cada grupo avançam para uma terceira fase, onde se unem aos melhores classificados da zona, para formarem três grupos de quatro selecções, competindo de 8 de Junho a 16 de Outubro de 2012, seguindo abaixo a composição dos grupos, incluindo os vencedores dos grupos da fase acima descrita:
Grupo A - EUA, Jamaica, vencedor do Gr. E, venc. Gr. F
Grupo B - México, Costa Rica, venc. Gr. A, venc. Gr. B
Grupo C - Honduras, Cuba, venc. Gr. D. venc. Gr. C
Os dois primeiros de cada grupo apuram-se para uma quarta fase, onde jogam todos contra todos, em liguilha, entre 6 de Fevereiro e 15 de Outubro de 2013. Os três primeiros apuram-se directamente para o Mundial, o quarto classificado disputará a vaga que é dividida com a Oceania. Não se esperam grandes surpresas, com o México e os EUA a assumirem a preponderância e o favoritismo no apuramento, ficando o outro lugar directo e a posição para o play-off bastante em aberto para os restantes seleccionados.
Também na Ásia se jogam várias fases, com a corrida a ter-se iniciado no passado dia 29 de Junho e já com mais de 10 equipas nacionais fora da chance de disputar uma vaga para o Mundial, depois de somente dois jogos disputados... o que é manifestamente pouco, na nossa opinião.
A primeira ronda envolveu 16 selecções, deixando-se de seguida os contestantes e os resultados acumulados, a Malásia bateu o Taiwan nos golos fora (4-4), Bangladesh eliminou o Paquistão (3-0), o Laos deixou de fora o Cambodja no prolongamento (8-6), as Filipinas arrumaram o Sri Lanka (5-1), a Palestina afastou o Afeganistão (3-1), o Vietname goleou Macau (13-1), o Nepal eliminou Timor-Leste (7-1) e Myanmar deixou a Mongólia pelo caminho (2-1).
Estes oito apurados juntaram-se a outros 22 países na segunda fase, também a eliminar, com jogos disputados a 23 e 28 de Julho de 2011, ficando aqui os resultados acumulados, a Tailândia ganhou à Palestina (3-2), o Líbanou afastou o Bangladesh (4-2), a China trucidou o Laos (13-3), a Indonésia afastou o Turquemenistão (5-4), o Koweit bateu as Filipinas (5-1), o Omã eliminou Myanmar (4-0), com a segunda mão na antiga Birmânia a não terminar por agressões dos adeptos à selecção do golfo pérsico, a Arábia Saudita deixou pelo caminho Hong Kong (8-0), o Irão afastou as Ilhas Maldivas (5-0), a Síria ganhou ao Tajiquistão (6-1), o Qatar eliminou o Vietname (4-2), o Iraque venceu o Iémen (2-0), a Singapura afastou a Malásia (6-4), o Usbequistão aplicou um correctivo ao Quirguistão (7-0), os EAU ganharam à Índia (5-2) e a Jordânia afastou o Nepal (10-1)!

Na terceira fase, a estes 15 qualificados juntam-se os cinco melhores classificados da zona asiática, para uma fase de grupos, onde se constituíram, no sorteio de hoje, cinco grupos de quatro selecções abaixo descritos:

Grupo A - China, Jordânia, Iraque, Singapura
Num grupo previsivelmente equilibrado, a China irregular, o Iraque em reconstrução, uma Jordânia a fortalecer-se com a diáspora e uma Singapura apostada em singrar, é difícil fazer previsões, mas Iraque e China são teoricamente os mais fortes.
Grupo B - Coreia do Sul, Koweit, EAU, Líbano
Coreia do Sul mais do que favorita, com o Golfo Pérsico a lutar pela outra vaga.
Grupo C - Japão, Usbequistão, Síria, Coreia do Norte
Tal como no anterior, também aqui emerge o Japão como claramente superior, com equilíbrio para o segundo lugar, aposta para o Usbequistão, apesar da imprevisível Coreia do Norte.
Grupo D - Austrália, Arábia Saudita, Omã, Tailândia
A Austrália assume-se, mais uma vez, como candidata número um, a Arábia Saudita será segunda se mantiver a difícil estabilidade, mas a Tailândia pode causar uma das grandes surpresas, vem evoluíndo bem e mais tarde ou mais cedo vai dar o salto que falta.
Grupo E - Irão, Qatar, Bahrein, Indonésia
Previsivelmente, apurar-se-á o Irão, seguindo-se-lhe o Qatar, apostado em mostrar jogo à medida que se aproxima o seu mundial.

Entre 2 de Junho de 2012 e 18 de Junho de 2013 os dez apurados da terceira fase, primeiros e segundos de cada grupo, jogarão uma fase de grupos, composta por duas chaves de cinco selecções, com os primeiro e segundo de cada grupo a apurarem-se para o Mundial 2014. Os terceiros de cada grupo defrontar-se-ão, a duas mãos em 6 e 10 de Setembro de 2013, para decidir qual a selecção que irá defrontar o quinto posicionado da zona CONMEBOL pela vaga restante para o Campeonato do Mundo.

África também tem mais do que uma fase, com a primeira a ser eliminatória, entre 11 e 15 de Novembro de 2011 24 selecções enfrentar-se-ão a duas mãos, com 12 a ficarem imediatamente pelo caminho. De destacar que é habitual existirem desistências, por isso pode acontecer surgirem selecções apuradas por abandono de adversários.

Jogo 1 - Ilhas Seychelles vs Quénia - nosso favorito o Quénia, sem dúvida.
Jogo 2 - Guiné-Bissau vs Togo - uma das eliminatórias mais equilibradas, com a 'nossa' Guiné a apanhar uma das favas desta primeira fase, esperemos que passe, mas será muito complicado, para ambas.
Jogo 3 - Djibuti vs Namíbia - Namíbia com toda a obrigação de passar à fase de grupos.
Jogo 4 - Ilhas Maurícias vs Libéria - Seria um ultraje para George Weah que a sua Libéria não alcançasse a fase seguinte.
Jogo 5 - Comores vs Moçambique - Numa fase em que Moçambique tenta recuperar o tempo perdido, apesar das continuas mudanças no comando técnico, a passagem é obrigatória face a uma selecção tão frágil.
Jogo 6 - Guiné-Equatorial vs Madagáscar - A Guiné-Equatorial é favorita, mesmo que não conte com os brasileiros naturalizados, o núcleo espanhol deverá garantir a passagem à fase seguinte!
Jogo 7 - Somália vs Etiópia - Deduzindo que nenhuma desista, ou ambas, é uma eliminatória em aberto, ligeira vantagem para a Etiópia se entrar em campo com os melhores.
Jogo 8 - Lesoto vs Burundi - Apesar dos melhores jogadores do Lesoto actuarem na liga sul-africana, dificilmente o Burundi não chega à fase grupal.
Jogo 9 - Eritreia vs Ruanda - O Ruanda não terá grande dificuldade em passar, se a Eritreia se apresentar à eliminatória.
Jogo 10 - Suazilândia vs Rep. Dem. Congo - O antigo Zaire terá que passar, não se prevê oposição, esperando-se um regresso aos velhos tempos de glória no futebol para este país.
Jogo 11 - São Tomé e Príncipe vs Congo - Se S. Tomé defrontar o Congo, não terá qualquer hipótese, o Congo avançará para a segunda fase, o arquipélago precisa de criar um campeonato regular e criar protocolos com clubes lusos para desenvolver os seus jovens valores.
Jogo 12 - Chade vs Tanzânia - Potencialmente, o mais equilibrado, a par do jogo 2, mas a Tanzânia poderá, hoje em dia, levar ligeira vantagem. Já lá vão os tempos de Japhet N'Doram!

Numa segunda fase, as selecções serão divididas em 10 grupos de quatro, com os vencedores de cada chave a defrontarem-se entre si, após sorteio, a duas mãos, com os vencedores dos cinco confrontos a terem o apuramento para o Mundial 2014 garantido. Seguem abaixo os acasalamentos,

Grupo A - África do Sul, Botswana, Rep. Centro Africana, venc. 7 - A África do Sul apanhou um docinho de grupo, parte como absoluta e única favorita.
Grupo B - Tunísia, Cabo Verde, Serra Leoa, venc. 6 - Cabo Verde não teve muita sorte, num grupo que se afigura bastante equilibrado, com a forte e futebolisticamente europeia Tunísia, os tubarões azuis que vêm assumindo um papel interessante em África, uma selecção que já é respeitada, a Serra Leoa, com os jovens Strasser (quadros do Milan), Tetteh Bangura e M. Bangura do AIK Solna, Kamara do Partizan, uma selecção com um poderio ofensivo notável, e provavelmente e Guiné-Equatorial, dos brasileiros naturalizados, de Balboa (Real Madrid, Benfica) e de outros hispano-guineenses, vai ser um grupo interessante de seguir.

Grupo C - Costa do Marfim, Marrocos, Gâmbia, venc. 12 - Com a selecção magrebina em fase de renovação, prevê-se um passeio para a selecção de Didier Drogba, Kalou e companhia, mas cuidado com os gambianos, com alguns jogadores no norte da Europa, podem não se apurar mas retirarão o apuramento a alguém certamente.

Grupo D - Gana, Zâmbia, Sudão, venc. 8 - A Zâmbia está com uma selecção finalmente refeita da tragédia que dizimou a selecção num desastre aéreo há não muitos anos, mas não deverá ser páreo para os ganeses, claramente favoritos.

Grupo E - Burkina Faso, Gabão, Níger, venc. 11 - Paulo Duarte, seleccionador luso do Burkina Faso, não se pode queixar muito do sorteio, mas o maior perigo pode vir da primeira fase, o Congo.

Grupo F - Nigéria, Malawi, venc. 1, venc. 3 - Também a Nigéria acabou por ter um grupo, teoricamente, de rebuçado, sem grandes dificuldades previstas para as 'Super Águias'.

Grupo G - Egipto, Guiné-Conakry, Zimbabwe, venc. 5 - O Egipto tem mais uma oportunidade para confirmar o seu poderio, jogando contra si os constantes falhanços nos apuramentos para os mundiais. Aqui cairá Moçambique se passar o jogo a eliminar.

Grupo H - Argélia, Mali, Benim, venc. 9 - Será um confronto muito francófono, com inúmeros descendentes de argelinos e malianos, nascidos em França e internacionais jovens gauleses, a pontuarem ambas as selecções, a Argélia é favorita, mas não muito.

Grupo I - Camarões, Líbia, venc. 2, venc. 10 - Não será fácil para os Camarões, esperando-se que aqui caiam Rep. Dem. Congo e Guiné-Bissau, além da Líbia.

Grupo J - Senegal, Uganda, Angola, venc. 4 - Mais um grupo previsivelmente equilibrado, mas com Angola a poder surpreender o Senegal. O Uganda e, espera-se, a Libéria vão lutar também pelo apuramento até ao fim.

A zona europeia mantém-se com o modelo de seis selecções por grupo, nove grupos, com os vencedores a apurarem-se directamente para a fase final do mundial e os oito melhores segundos a cruzarem por sorteio para apurar mais quatro países da zona UEFA para o Campeonato do Mundo 2014. A forma de decidir o pior segundo define-se pela exclusão dos resultados com os últimos classificados de cada grupo, uma vez que um deles tem cinco selecções.

Uma ideia radical, que se defende aqui, seria o aumento do número de selecções por grupo, redução dos grupos para seis ou sete, e apuramentos directos dos dois primeiros. Diriam alguns que não há datas... existem sim, basta ver a quantidade de particulares são realizados por época, há datas para encaixar esses jogos, perfeitamente, haja vontade, basta ver o exemplo de Portugal na qualificação para o próximo Europeu, esteve praticamente uma época sem competir...

Indicam-se de seguida os emparelhamentos sorteados,

Grupo A - Croácia, Sérvia, Bélgica, Escócia, Macedónia, País de Gales - O grupo mais escaldante desta fase de apuramento, os encontros entre Croácia e Sérvia e entre sérvios e macedónios prometem ser quentes no pior sentido, dadas as feridas ainda recentes do desmembramento jugoslavo. Também o derby britânico entre Gales e Escócia dará que falar. O intruso pode ser a grande surpresa. A nova geração belga está a dar cartas na europa futebolística, ainda bastante jovens, mas uma selecção que já faz reavivar os anos 80, de ouro para os belgas, falta-lhes consistência enquanto equipa, mas darão que falar. Depois, temos selecções em fase de renovação, Sérvia, Escócia e País de Gales procuram mais-valias para regressarem a tempos áureos, mas a Croácia continua a ser a melhor selecção aqui presente, no que toca a valores individuais. Como gostamos de arriscar em 'dark horses' ou 'underdogs', apostamos no primeiro lugar para os belgas!

Grupo B - Itália, Dinamarca, República Checa, Bulgária, Arménia, Malta - Mais uma vez a Itália é bafejada pela sorte no sorteio, apanhando os checos em pleno processo de remodelação, a Bulgária totalmente fora dos gloriosos anos 80 e 90 e uma Arménia ainda em busca do valor extraordinário para fazer a diferença e aproximar-se do cimo futebolístico, resta a Dinamarca de Christian Eriksen. De qualquer forma, sem deslumbrar e com fortuna pelo meio, a Itália apurar-se-á na frente, com a Dinamarca a segurar a segunda posição, salvo um regresso em força dos checos, ainda à procura de alternativas para Nedved e Rosicky.

Grupo C - Alemanha, Suécia, Rep. Irlanda, Áustria, Ilhas Faroe, Casaquistão - Com a corrente geração, não se crê em dificuldades de apuramento para os alemães, que vão ter mais um duelo histórico frente aos vizinhos da Áustria. Também é bastante crível que a Suécia obtenha a segunda posição neste grupo.

Grupo D - Holanda, Turquia, Hungria, Roménia, Estónia, Andorra - Tal como no grupo anterior, não se antevê que Holanda e Turquia falhem os lugares cimeiros, infelizmente os magiares e os romenos tardam em substituir os grandes talentos com que já brilharam nos campos pelo mundo do futebol.

Grupo E - Noruega, Eslovénia, Suíça, Albânia, Chipre, Islândia - Aqui podem surgir surpresas, acreditamos que a Suíça vai alcançar o primeiro lugar e a Islândia, com a actual geração de sub21 mais madura e a jogar toda em Inglaterra, na Holanda, em bons campeonatos, pode perfeitamente causar sensação. A Noruega continua com um jogo previsível e a Eslovénia mostra-se irregular, podendo ganhar a uma Itália ou, aqui, a uma Noruega, mas perder com Chipre ou Albânia.

Grupo F - Portugal, Rússia, Israel, Irlanda do Norte, Azerbaijão, Luxemburgo - Portugal tem a obrigação de ganhar o grupo, terá seis jogos em casa, pois a deslocação ao Luxemburgo será para ter o estádio pleno de adeptos.... portugueses e os adversários são perfeitamente acessíveis, a Irlanda do Norte com o típico futebol britânico dos anos 80, 'kick and rush', a Rússia com alguns excelentes valores mas sem conjunto, o Luxemburgo de novo no limbo, os azeris também ainda à procura de evoluir o seu jogo e um perigoso Israel, mas totalmente ao alcance, sem desculpas, como a Itália.

Grupo G - Grécia, Eslováquia, Bósnia-Herzegovina, Lituânia, Letónia, Liechtenstein - A Grécia não só consegue ser cabeça-de-série como tem um grupo, teoricamente, acessível. Contudo, Fernando Santos não tem convencido, continuam com o futebol defensivo, à rectaguarda, potenciado pela falta de valores, mesmo com Ninis a equipa não convence, a Eslováquia é bastante sólida e acredita-se que pode bater o pé aos gregos, precisa que os seus jovens valores assumam o jogo, também a Bósnia já provou a qualidade do seu ataque, Dzeko e Ibisevic são letais e os bósnios também podem fazer mossa, a que se acrescentam as duas selecções do Báltico, com a Letónia a ter espantado a Europa quando chegou ao 'nosso' Europeu a possuir um jovem talento, Deniss Rakels, pronto a explodir, assim passe para um clube de maior nomeada. Continuando no risco, acreditamos que a Eslováquia vença o grupo e a Bósnia obtenha o segundo posto.

Grupo H - Inglaterra, Montenegro, Ucrânia, Polónia, Moldova, San Marino - Apesar da presença de San Marino, este é o grupo da morte, a Inglaterra que se cuide porque, olhando para a selecção inglesa hoje, vemo-la fora do Mundial, com uma luta acesa entra ucranianos, polacos, montenegrinos e ingleses pelo bilhete para o Brasil. Aposta na Polónia para a liderança e em Montenegro para a absoluta sensação!

Grupo I - Espanha, França, Bielorrússia, Geórgia, Finlândia - No grupo dos cinco, creio que ninguém acredita num desfalecimento espanhol e a França assegurará a segunda posição! 

Esperemos que, até lá, tudo se vá aprontando e o Brasil cumpra com os prazos, consiga construir e renovar os estádios que acolherão a prova, criar mais e melhores condições de segurança para receber os milhões de visitantes e que aproveite para renovar e requalificar as áreas que raramente se vêem nos documentários, uma terra de contrastes, em tudo, mas que ama o desporto, ama o futebol e que seja um Mundial positivamente memorável!!!

 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mundial sub20 Colômbia 2011 - Parte 4

Analisando agora o Mundial que acontece na Colômbia, em altitude, a partir de 29 de Julho, a Argentina apresenta-se como a mais titulada (6), o Brasil é o país que conta com mais presenças (falhou apenas o segundo, 1979). Em termos de balanço vitorioso, a América do Sul está bem à frente, contando com dez triunfos contra seis da Europa e um de África.

Já participaram 84 países em fases finais dos mundiais de sub20 e este é o sexto torneio onde o campeão não defende o título, depois de 1979 (URSS), 1983 (RFA), 1989 (Jugoslávia), 2001 (Espanha), 2009 (Argentina) e 2011 (Gana), sendo a primeira vez que acontece sucessivamente.

A Guatemala será o país número 85 a participar numa fase final de um Campeonato do Mundo de sub20. Em termos de média de idades, a selecção mais velha presente será a França, com uma média acima dos 20 anos (20,22), seguida da Espanha, também com valor superior a 20 anos (20,11), no inverso não surpreende a Nigéria (18,68 anos de média), a Coreia do Norte (19,00 anos) e os Camarões (19,13 anos), apesar de se saber a peculiar situação de registo de nascimentos em África!

Muitos dos nomes presentes são já conhecidos, jovens estrelas ascendentes do universo futebolístico, daí que vamos tentar abordar os outros nomes, começando pela Argentina, onde o central Hugo Nervo, forte nas sobras, com bom posicionamento em campo, pode ter nesta competição a oportunidade de dar o salto, tal como Lucas Villafañez, uma raridade, um jogador não só de fora da grande metrópole que é Buenos Aires, mas originário da Patagónia, estreando-se nos seniores com 15 anos, um destro que joga muito bem pela esquerda, baixo centro de gravidade, e que não ficará muito tempo no Independiente.

A Austrália, apesar da mudança para a AFC, continua a confirmar presenças em fases finais, no que confirma o bom trabalho de base que é realizado pelo Australian Institute of Sport. Ben Kantarovski repete a presença de 2009, sendo um médio defensivo que também joga a central ou defesa direito, estando já nos livros de história como o mais jovem jogador a assinar um contrato profissional com um clube da A-League, aos 15 anos, numa selecção onde pode bem despontar Terry Antonis, já ligado a diversos clubes europeus, não chegou a vir para a Europa devido às alterações dos estatutos na FIFA no que concerne aos contratos de menores de idade, mas é um criativo de qualidade superior - ao ponto de ter participado na série de vídeos que David Beckham realizou há alguns anos para ensinar a jogar futebol!

Na selecção austríaca vários dos convocados já têm presenças nas equipas principais contabilizadas. Como prestamos bastante atenção ao fenómeno globalização e às massas migratórias, destacamos Robert Zulj, croata-austríaco, avançado possante (1,89m), de grande presença física, capaz de danificar muitas defesas, melhor marcador do campeonato júnior local em 2010. Do Brasil, além dos jogadores que vêm para Portugal e de Alan Patrick, já na Ucrânia, destaque para o médio Casemiro, versátil, actua bem no meio e como interior, já com mais de 40 jogos no São Paulo, gosta bastante de subir no terreno e marca golos, além de poder também jogar como lateral direito, e Dudu, médio ofensivo, preferencialmente ala direito, mineiro, originário de uma boa escola que é o Cruzeiro, é um jogador difícil de marcar dada a sua pequena estatura, parece uma pulga!

Também repetente será o central camaronês Banana Yaya, merecedor de chamada aqui, quanto mais não seja, pelo seu peculiar nome. Está na linha dos centrais da África negra, capaz do melhor e do pior, mas um jogador bastante forte. Yazid Atouba é um esquerdino puramente africano, talento, velocidade, ligeira atrapalhação, toque de bola, pode ser uma surpresa esta pérola ainda em África.

A Colômbia terá no portista James a estrela, mas o médio centro Didier Moreno pode ser uma revelação, boa capacidade de passe, boa noção de ocupação de espaço, é um jogador não muito vulgar para os padrões dos médios da América do Sul. Pedro Franco é um central à colombiana, raçudo, vai a todas, ganhou títulos em quase todos os escalões na Colômbia, é um líder nato, daí ser o capitão da equipa,

Todos os olhos estarão em Joel Campbell, em relação ao seleccionado costa-riquenho, mas Francisco Calvo pode ser a grande surpresa, defesa central ou lateral esquerdo, surgiu na Copa América sem que ninguém o conhecesse, a história? A selecção costa-riquenha estava a preparar a taça continental da CONMEBOL e eis que um miúdo de férias com os pais aborda o seleccionador nacional, Ricardo la Volpe, e pede para manter a forma com os convocados, assim acontece e num ápice o técnico argentino percebe a pérola que tem ali, jogador no San Jacinto College, no Texas, ao mesmo tempo que estuda criminologia, são estes pequenos momentos que podem determinar toda uma carreira. Conheço casos, em vários clubes amadores portugueses, não tão poucos assim, onde esta situação foi recusada sem, sequer, observar o potencial da pessoa!

Na Croácia, fugindo aos vários atletas de renome na convocatória, como Kramaric, Obozic, Picak, Kelic, etc, chama-se a atenção para Jakolis, já com quase 50 jogos de liga principal croata, um avançado móvel, que joga em qualquer posição do meio para a frente, uma gazua, bom a abrir espaços e a criar situações de perigo para outros concretizarem, e para Ivan Blazevic, médio centro, bons pés, excelente visão de jogo, bom posicionamento táctico e chegada à baliza, vamos ver se tem tempo de jogo. Pelo Equador, Marlon de Jesus, avançado centro à antiga, boa capacidade de concretização, forte, alto, dava um bom defesa e mete medo aos adversários.

O Egipto volta a marca presença nos sub20, onde Gomaa pode ser o jogador a seguir, não actua nos dois grandes de Cairo, pertence ao ENPPI, estreando-se na equipa principal esta época, sob comando de Mladenov (o antigo avançado da selecção búlgara e do Belenenses), é um médio centro moderno, ainda em fase de crescimento, mas mais rápido, quer a nível motor, quer a nível mental, que os habituais jogadores da selecção principal. Pode ser o futuro box-to-box do Egipto, mas far-lhe-ia muito bem umas temporadas na Europa agora, nesta altura, em que ainda está nos 18 anos.

A Inglaterra será um enigma, uma selecção composta por terceiras escolhas depois de mais de uma dezena de jogadores ter sido requisitada pelos clubes para o início de época. Ainda assim, James Wallace, Wabara, Noble e McManaman são nomes que já têm cartel, chamando-se aqui a atenção para Saido Berahino, um anglo-burundiano, avançado centro, internacional inglês em todas as categorias, pertencente ao West Bromwich Albion, não muito alto, mas com boa presença e capacidade de concretização, não se espera que seja primeira escolha, mas pode saltar do banco e surpreender.

A França assenta o esqueleto nos jovens do Olympique Lyon, por isso há que chamar pelo menos um, talvez o menos conhecido, Enzo Reale, um líder em campo, pensador de jogo, médio ofensivo moderno, também pode jogar na faixa, que mais tarde ou mais cedo vai assumir papel na equipa principal. A este junta-se um tal de Fofana, que apenas tem Mourinho à perna, um forte médio defensivo do Le Havre (até este momento, pelo menos) e o franco-congolês Bakambu, rápido avançado à africana, um pouco trapalhão, como é normal, mas com um grande poder de fogo.

Na Guatemala, podemos nomear o mini Kevin Norales, 1,61 m, e um dez à moda antiga, baixinho, driblador, passador, rematador, pensador, claro que visto no domínio guatemalteco, pode aproveitar esta competição para chamar a si as atenções, apesar de ter o óbice da altura, tão em voga no futebol do século XXI.

Destaque no Mali para dois jogadores que actuam em França, o lateral esquerdo Boubacar Sylla, do Châteauroux, já com contrato profissional assinado, mas ainda com poucos jogos na equipa principal e na equipa B para se aquilatar sobre o seu verdadeiro potencial, e Ibrahima Diallo, pertencente ao Auxerre, avançado de 1,95 m, cuja altura diz tudo sobre o jogador, há que confirmar o valor com os pés, mas que o jovem marca golos, marca.

Ao ver este golo está quase tudo dito sobre Ulises Davila. Este miúdo mexicano vai dar que falar, capacidade de condução e de drible com ambos os pés, campeão nacional juvenil, remate pronto, se tivesse uma equipa ia buscar este miúdo! Taufic Guarch, mexicano-cubano, é também avançado, diferente de Davila, mas com bastante codícia pela baliza, não ponho todas as fichas nesta selecção, mas depois do êxito com os sub17, estes jovens têm condições para imitá-los e não vão querer ficar atrás, é uma selecção interessante.

Na Nova Zelândia, chamada de atenção para o nado em Inglaterra James Musa, defesa central que gosta bastante de fazer o gosto ao pé e à cabeça, que pode neste Mundial receber um bilhete de volta para a terra-mãe, digamos assim, e para o jovem de ascendência chilena Marco Rojas, já chamado à selecção principal, que se estreou na liga neo-zelandesa com 16 anos e na liga australiana com 17 anos, é um médio ala centro-esquerdo, mais um baixinho, característica cada vez mais rara no futebol actual, mas acima da média que tem constituído os últimos mundiais.

Pela Nigéria, além de Ahmed Musa e Sani Emmanuel, curiosidade para observar Philemon Daniel, mais um médio ala ao estilo de Babangida, baixo, rápido, ou pelo menos assim o descrevem. Do Panamá, destaque para Waterman, avançado móvel, e para o já internacional A Cummings.

Em Portugal, além do destaque negativo para o vaivém Roderick Miranda (não pelo jogador, mas pela atitude do seleccionador), utilizando o exemplo inglês, jogadores chamados pelos clubes foram simplesmente substituídos, e pela falta de respeito para com Ricardo Alves, o central chamado para ocupar a vaga de Roderick que, mesmo com a lesão de Aníbal Capela, ficou de fora das escolhas finais! Aparte esta triste situação, destaque para Caetano, cujo jogo é bastante parecido com o do pai, apesar deste extremo ser loirinho e não moreno, e para o avançado ex-varzinista Rafael Lopes, um dos valores da equipa, infelizmente, despromovida, que deixou cartel na Liga Orangina, a par de Salvador Agra e outros miúdos das escolas de formação poveira.

Na Espanha, Cristian Tello, extremo direito do Barcelona, também joga no meio e à esquerda, com passagens pelos escalões inferiores culés, dispensado em juvenil, foi brilhar no Espanyol, o que levou Guardiola a resgatá-lo de novo para o seu Barça em 2010, e Ezequiel, um andaluz, extremo esquerdo destro, que tem feito miséria na segunda liga espanhola, tendo saltado para a ribalta por uma grande penalidade apontada no Europeu de sub19 em 2010, que abaixo também se mostra, contra a Itália, numa simulação de batimento com a perna direita e execução com o pé esquerdo!
 
Por fim o Uruguai, onde Santiago Martínez, um médio ao estilo de Diego Pérez, Arevalo Ríos, Walter Gargano e afins, que promete dar que falar, esperemos que pela positiva, no jogo. Também Diego Rolan já foi referenciado como um talento em perspectiva, ficando a curiosidade de observar a capacidade de jogo.

A finalizar, uma curiosidade sobre os mais jovens. Presentes aqui estão Mbega, dos Camarões (outro futebolista sobre o qual há uma curiosidade a satisfazer), John Ruiz, de Costa Rica, Kuk Chol e Nam Kang Il (o mais jovem mundialista, com 16 anos e oito meses), da Coreia do Norte, Tim Payne e Basalaj, da Nova Zelândia, Almuwallad, da Arábia Saudita, poderiam ter participado no Mundial de sub17, têm idade para isso, com os dois neo-zelandeses a terem mesmo marcado presença no México!

Mundial sub20 Colômbia 2011 - parte 3

Iniciando-se a última parte desta resenha, com os mundiais de sub20 ocorridos no século XXI. 2001 foi o ano em que a Argentina acolheu o 13º Campeonato do Mundo da categoria, distanciando-se da concorrência, vulgo Brasil, com a obtenção de um quarto título, numa final de sentido único onde o Gana sofreu três golos sem resposta, sem grandes esforços dos 'donos' do terreno, diga-se. Saviola sagrou-se melhor jogador e marcador da competição.

Da equipa campeã faziam parte Germán Lux, Burdisso, Mauro Cetto, Coloccini, o já citado Javier Saviola, Oscar Ahumada, Romagnoli (Sporting CP), Maxi Rodríguez, Diego Colotto e Andrés D'Alessandro, no Egipto já brilhava Abou Greisha, com Shawky e Hossam Ghaly, a Finlândia tinha Otto Fredriksson, Okkonen, Vayrynen, Daniel Sjolund e Mikael Forssell, pelo Brasil Rubinho (V. Setúbal), Maicon, Edu Dracena, Adriano (Inter), Júlio Baptista, Luisão (Benfica) e Kaká, Julian de Guzman, Attiba Hutchinson e Rob Friend surgiram no Canadá, Starke, Balitsch, Andreas Hinkel e Jermaine Jones representaram a Alemanha, Nashat Akram no Iraque, Sebastián Pardo, Mario Cáceres (Sporting CP), Jaime Valdés (Sporting CP) e Rodrigo Millar pelo Chile, Qu Bo na China, Onyewu, Eskandarian, DaMarcus Beasley, Edson Buddle e Landon Donovan nos EUA, Shershun, Bielyk, Gai, Komarnytsky pela Ucrânia, enquanto Angola se estreou em competições globais de futebol contando com Mantorras, Mendonça (Varzim), Gilberto, Castigo (Boavista, Vilanovense), Rasca (Académica) ou Mateus.

Pela Austrália salientam-se Kisnorbo, Joshua Kennedy, Wilkshire, McDonald ou Nick Carle, na Rep. Checa Hubschman, Lafata, Tomas Jun ou Petr Cech, o Japão levou Morisaki, Sato, Ikeda, Tahara, Maeda, na Costa Rica Winston Parks volta a marcar presença, pelo Equador destaque para Franklin Salas, Segundo Castillo e Félix Borja; Stekelenburg, Heitinga, David Mendes da Silva, Van der Vaart, Arjen Robben, Huntelaar deviam ter ido mais longe, na França Méxes, Givet, Alou Diarra e Benoit Cheyrou eram os principais nomes, Muntari, Essien, John Mensah, John Paintsil e Derek Boateng lideraram o Gana, Jorge Brítez voltou a participar com o Paraguai, com Diego Barreto na baliza e Tomás Guzman como estrela maior.

Os Emiratos Árabes Unidos receberam a edição de 2003, na terceira visita ao Golfo Pérsico, com o Brasil a igualar novamente os vizinhos e rivais albicelestes, numa final ante os detentores do troféu, a Espanha, apenas decidida nos últimos cinco minutos com um golo de Fernandinho. O jogador da casa, Ismail Matar, foi eleito melhor do torneio, com quatro futebolistas a marcarem quatro tentos cada na luta pelo melhor artilheiro.

A selecção do Brasil não encheu o olho, apesar de contar com inúmeros talentos, aos quais a Espanha não ficava atrás. Mas fazendo uma passagem pelos grupos, na estreia do Burkina Faso em fases finais desta competição, salienta-se Panandetiguiri (U. Leiria), Salif Nogo, Ouedraogo e Aristide Bance, no Panamá Gabriel Gómez (Belenenses), a também estreante Eslováquia apresentou-se com Marek Cech (FC Porto), Filip Sebo, Filip Holosko, Halenar e Pernis, na Argentina estavam Mascherano, Pablo Zabaleta, Cavenaghi e Carlos Tévez, o Mali levou Alhassane Touré, Mamoutou Coulibaly, Diakité (V. Setúbal) e Kalifa Cissé (Estoril, Boavista), a Espanha levou o pequeno génio Andrés Iniesta, Ferrán Corominas, Manu del Moral, Gavilán, Arizmendi, Iago Bouzón, Moyá, Gabi e Sergio García, o Usbequistão contou com Nesterov, Zeytulayev, Geynrikh e Bikmoev, pela Austrália Carl Valeri, Jedinak, o repetente McDonald e Brosque, o Brasil com Dani Alves, Carlos Alberto (FC Porto), Daniel Carvalho, Dudu Cearense, Fernandinho, Nilmar e Dagoberto, pelo Canadá David Edgar e os repetentes Simpson e Hutchinson, os checos contaram com Dosoudil, Hubnik, Bednar, Pavel Fort ou Tomas Sivok, pela Colômbia Freddy Guarín, Edixon Perea, Macnelly Torres, Montano e Abel Aguilar, no Egipto Emad Moteab, Shokry e Ahmed Said, nos ingleses James Milner, Chopra e Gary O'Neil.

O Japão apresentou-se com o actual guardião dos AA, Kawashima, bem como Konno, Abe ou Sakata, na Costa do Marfim Arouna Koné, Jean-Jacques Gosso, Bamba e Goore; Aldo de Nigris foi o ariete dos mexicanos, pela Irlanda Flood, Paisley, Whelan e Fahey, na Alemanha Robert Huth, Trochowski, Pander e Christian Lell, na Coreia do Sul Jo-Gook Jun, Joo-Sung Park, Chu-Young Park e Lee Ho; Mareco, Enrique Meza, Edgar Barreto, Edgar Benítez e Haedo Valdéz foram os destaques do Paraguai, e ainda Justin Mapp, Eddie Johnson, Ricardo Clark, Freddy Adu (14 anos), Mike Magee e Dempsey estiveram pelos EUA, com Adu a tornar-se o mais jovem de sempre a participar num Mundial de sub20.

2005 marcou o regresso à Europa, com a organização a cargo da Holanda e a Argentina de um tal de Lionel Messi a voltar a passar para a frente no total de títulos, obtendo o quinto aqui, Messi foi o melhor jogador e marcador, bisando na final ante a Nigéria, 2-1, através de duas grandes penalidades, num torneio que já pede 32 selecções há algum tempo... vamos ver quando é que isso acontecerá!

A Argentina contou, além de Messi, com Ustari, Lucas Biglia, Pablo Zabaleta (outro a bisar presenças), Ezequiel Garay, Fernando Gago, Kun Aguero, Oberman e Nicolas Navarro. Na Austrália, destaque para Mark Milligan, Adam Federici e Nicky Ward. Pelo Benim, note-se Florent Raimy, Omotoyossi, Boco, Ahoueya e Tchomogo. O Brasil trouxe Renan, Rafinha, Gladstone (Sporting CP), Diego Souza (Benfica), Bobô, Rafael Sóbis, Edcarlos (Benfica), Arouca, Fellype Gabriel, Diego Alves e Diego Tardelli. No Canadá Wagenaar, David Edgar e Asmir Begovic apareceram, enquanto no Chile Nicolas Canales (Benfica, Gondomar), Matías Fernández, Carlos Carmona e Gonzalo Jara foram, pela Colômbia Guarín e Aguilar novamente, Dayro Moreno, Rodallega, Rentería (FC Porto, SC Braga), David Ospina e Radamel Falcao, na Alemanha Rene Adler, Marvin Matip, Marcell Jansen e Andreas Ottl, nas Honduras Luis Ramos e Emilio Izaguirre, a Itália com Viviano, Nocerino, Andrea Coda, Graziano Pellè e Canini, Honda e Morimoto no Japão, Benzoukane, Hermach, Chihi, Kantari, El Zhar, Sbai por Marrocos. David Edgar, Freddy Adu e Al Roomy, da Arábia Saudita, são os únicos a terem participado em três mundiais!

Os anfitriões apresentaram-se com Vermeer, Tiendalli, Ron Vlaar, Maduro, Owusu-Abeyie, Afellay, Ryan Babel, Medunjanin, Urby Emanuelson ou Zuiverloon, aquém do esperado. A Nigéria com Taiwo, Obi Mikel, Promise, Solomon Okoronkwo, Dale Adeleye e Sani Kaita, a Espanha com Albiol, Zapater (Sporting CP), Jonathan Soriano, Fernando Llorente, Gavilán, José Enrique, Fabregas, David Silva e Roberto (Benfica), a Suíça com Barnetta, Djourou, Senderos, Antic, Vonlanthen, Ziegler, Dzemailli, Guilherme Afonso e Schwegler, a Turquia com Ergun Teber, Sezer Ozturk, Selçuk Inan, Hakan Aslantas e Gokhan Guleç, a Ucrânia também marcou presença com Dopilka, Bogdan Shust, Vorobei, Yarmash e Aliev, enquanto os EUA tiveram na sua selecção Spector, Adu, Kljestan e Nathan Sturgis.

Portugal regressou aos mundiais no Canadá, em 2007, onde ficou a má memória de Zequinha retirar o cartão vermelho das mãos de um árbitro, deixando uma péssima imagem lusitana em terras onde somos tão queridos. Mais uma vez, a Argentina manteve o ceptro, já o conseguiu por três vezes, batendo na final a República Checa, com o mesmo resultado de 2005, 2-1, depois de estar a perder por 0-1. Kun Aguero imitou Messi dois anos antes e bisou nos títulos, melhor marcador e melhor jogador, juntando-se também ao estrito grupo que alcançou dois títulos mundiais de sub20, apenas João Vieira Pinto e Brassard o conseguiram também.

Da Áustria, destaque para Sebastian Prodl, Erwin Hoffer, Kavlak, Harnik, Hinum, Okotie, Madl e Junuzovic, todos já chamados à selecção principal, pelos anfitriões Begovic (agora na baliza principal da Bósnia), David Edgar na terceira participação e Tosaint Ricketts, no Chile a actual geração dourada, Toselli, que tarda em rumar a uma baliza europeia dada a sua classe, Isla, Larrondo, Medel, Alexis Sánchez, Nicolás Medina, Arturo Vidal, Carmona e Vidangossy, o esqueleto do Chile 'A' actual. No Congo, Delvin Ndinga é a referência principal, enquanto a Espanha levou Adán, Piqué, Javi García, Granero, Diego Capel, Juan Mata, Adrián González e Sunny Stephen, que está a passar ao lado de uma promissora carreira. No Uruguai actuaram os recém vencedores da Copa América Martin Cáceres, Edinson Cavani e Luis Suárez, com Cardaccio. Arismendi e outros ainda em espera para explodir. Tembo, Mayuka, Njobvu e Mulenga já estão na principal equipa zambiana e Jatta, Pa Modou Jagne, Jallow e Jaiteh fazem o mesmo na Gâmbia.

Pelo México, Patrício Araujo, Pablo Barrera, Carlos Vela, Giovanni dos Santos, Chicharito Hernández, Esparza e Alejandro Castro fizeram a sua aparição, e pela Nova Zelândia Clapham e Craig Henderson são os que mais se vêm destacando. Portugal apresentou-se com uma excelente selecção Rui Patrício, Fábio Coentrão, Nuno Coelho, Bruno Gama, Antunes, Pelé, Zezinando, Pereirinha, Mano, Vítor Gomes, Feliciano Condesso, mas quedou-se pelos oitavos ante o futuro terceiro classificado Chile, depois de uma fase de grupos já de si fraquinha (3º, repescado). O Brasil apresentou-se com Cássio, David Luiz, Marcelo, Jô, Renato Augusto, Alexandre Pato, Luiz Adriano e Carlos Eduardo, a Polónia levou Fojut, Krol, Tyton, Szczesny e Malecky, os norte-americanos contaram com Adu, Altidore, Zizzo e Michael Bradley. A Argentina surgiu para mais um título com Romero, Emiliano Insúa, Gabriel Mercado, Banega, Zarate, di Maria e Piatti, numa selecção que não contou com Messi por este já se encontrar noutro patamar competitivo. Os finalistas levaram Valenta, Mazuch, Martin Fenin, Jakub Mares, Micola, Gecov ou Tomas Pekhart, ao passo que no Panamá estreou-se Luis Mejía, o já guarda-redes da selecção principal, mas que participará no Mundial colombiano, Gabriel Torres e Jaramillo.

Pak Nam-Chol esteve com a Coreia do Norte e a Costa Rica contou com Pablo Herrera, Celso Borges e Alvarado. O Japão apresentou-se com Uchida, Makino e Havenaar, enquanto a Nigéria levou Ideye Brown e Moses Adams, nos escoceses já brilha Steve Fletcher, com Snodgrass, Gary Kenneth, Dorrans e McGlinchey há procura de espaço a nível sénior.

O Mundial regressou a África em 2009, mais concretamente ao Egipto, com o continente a finalmente obter o ouro na categoria. O Gana consagrou-se campeão do mundo em sub20 derrotando o Brasil nos penalties da final. Num Mundial tão recente, já se destacaram a nível sénior Ivan Piris pelo Paraguai, já na selecção principal, tal como Federico Santander, a que se juntou Luis Paéz (Sporting CP, Fátima), Akreem Adams e Primus também já se estrearam nos seniores de Trinidad e Tobago. Nos nigerianos Rabiu Ibrahim (Sporting CP) é uma promessa que parece ter escolhido mal o clube para crescer como jogador, ao passo que Lukman Haruna e Kehinde Fatai já actuam nos seniores dos seus clubes. A Venezuela contou com José Salomón Rondón e Yohandri Orozco, tal como Angelo Peña (SC Braga), com carreira estagnada na passagem por Portugal, a Espanha levou Azpilicueta, Asenjo, Ander Herrera, Dani Parejo, Didac Vilá, Oriol Romeu ou Fran Mérida, pelos Camarões Banana vai repetir a presença, com Brice Owona a afirmar-se no contexto sénior.

Sven e Lars Bender, Sukuta-Pasu, Lewis Holtby já encontram o seu espaço na Bundesliga, e pelos EUA actuaram Agbossoumonde, Tony Taylor (Estoril) e Bryan Arguez, com Adu ausente, naquele que poderia ter sido o seu quarto mundial da categoria! Pelos campeões, Samuel Inkoom, David Addy, André Ayew, Mohamed Rabiu, Ransford Osei, Quansah, Agyemang-Badu e Dominic Adiyah já dão que falar. Pelo Uruguai jogaram Gunino, Abel Hernández, Lodeiro, Urreta (Benfica), Coates e Santiago García, enquanto no Brasil actuaram Alan Kardec, Rafael Tolói, Alex Teixeira, Ganso, Douglas Costa, entre outros, perdendo no entanto a final, num jogo em que não conseguiram concretizar as oportunidades que criaram.  


 

Mundial sub20 Colômbia 2011 - Parte 2

Continuando o périplo pela história dos Mundiais de sub20, chegamos a um dos grandes momentos da história do futebol português. Arábia Saudita - 1989, Riade, e eis que um país sem grande tradição na formação arrebata o título mundial da categoria, muito à custa de alguém com uma visão muito à frente do seu tempo, depois seguida, apreendida e desenvolvida um pouco por todo o mundo, Carlos Queiroz levou Portugal ao topo do mundo futebolístico, num torneio que serviu também para lançar a nossa grande estrela escondida, João Vieira Pinto, o maior talento da sua geração cuja má experiência em Madrid limitou o que poderia ter sido uma carreira universalmente famosa, perdendo um pouco a dimensão internacional que teria sem dúvida alcançado, como Figo ou Rui Costa conseguiram, se tivesse apostado em emigrar! A vitória final foi também um feito, pois contou com a presença de uma selecção africana, a Nigéria, a quem se augurava o domínio futuro do jogo - ainda por alcançar - 2-0 foi o resultado, com golos da ala direita, Jorge Couto e Abel Silva!

O melhor jogador, ainda assim, foi Bismarck e o melhor marcador Oleg Salenko, que repetiria a façanha num Mundial sénior, 1994, um feito único até hoje, ser melhor marcador dos mundiais de sub20 e sénior. Em termos de nomes mais sonantes do jogo, a Checoslováquia tinha Jiri Novotny, Majoros e Latal, a Nigéria contou com Mutiu Adepoju (carreira em Espanha), Portugal levou Brassard e João Vieira Pinto, bicampeões em 1991, Paulo Alves, Paulo Madeira, Fernando Couto, Valido, Folha, Hélio, numa selecção que não contou com Vítor Baía, chamado à altura à baliza portista por via da lesão de Mlynarczyk, no que seria o início da brilhante carreira do guardião! Bermúdez (Benfica) pontificou na defesa colombiana, com Córdoba na baliza, Santa na direita e Ivan Valenciano na frente, pela Costa Rica surgiu o guarda-redes Porras e Ronald González, a URSS tinha Nikiforov (companheiro de Paulo Bento no Oviedo), Tetradze, Viktor Onopko e Kiriakov. O Brasil apresentou-se com Carlos Germano nas redes e Marcelinho 'pé-de-anjo', além de Leonardo (sim, o actual director-desportivo do PSG, ex-técnico de Milan e Inter) e Assis (Sporting CP, E. Amadora, irmão do Ronaldinho Gaúcho), a RDA levou Steffen Freund e os EUA tinham Kasey Keller (agora a titular). Pela Argentina surgiu Bonano e Diego Simeone, na Noruega pontuavam Henning Berg, Bjornebye, Tore Pedersen, Bohinen, Strand e Leonhardsen, a Espanha tinha Ferrer, Cañizares, Lasa, Urzaiz e Larrainzar, além do futuro internacional andorrenho Justo Ruiz.

Em 1991, no nosso Mundial, de bancadas cheias, recorde de assistência na final - 127 mil almas - entre Portugal e Brasil, que os lusos venceram nas grandes penalidades, copiando o feito dos canarinhos, ao conseguirem defender o título conquistado dois anos antes. A estrela da prova foi Emílio Peixe e o melhor marcador Cherbakov (que sofreu o infeliz acidente de viação que o deixou numa cadeira de rodas quando representava o Sporting CP).

Este Mundial foi histórico por outra situação, pela primeira vez (e única, até à data) a Coreia apresentou-se com uma selecção única, numa altura em que se acreditava estar a caminhar para a unificação dos países...

A Argentina apresentou-se com uma equipa indisciplinada, lembro-me das contínuas expulsões, onde se destacaram à posteriori Pochettino, Mauricio Pellegrino, Juan Esnaider e Marcelo Delgado, Paz e Mogrovejo (FC Porto) passaram ao lado do que poderia ter sido uma carreira interessante. Em Portugal, além de João Vieira Pinto, Figo e Rui Costa, também Abel Xavier, Nélson, Tulipa, Capucho, Paulo Torres, Jorge Costa e Rui Bento construíram sólidas carreiras no mundo da bola, Na República da Irlanda destaque para Derek McGrath, pelo Brasil veio Roberto Carlos, acompanhado de Élber (tinha-se dedicado ao futebol de 11 oito meses antes, jogava futsal!) e Paulo Nunes. Impressionaram-me o guarda-redes Roger Noronha, o central Andrei e o médio Djair, esperava que tivessem ido mais longe! Da Suécia, os grandes nomes do futuro que vieram foram Alexandersson e o central Patrik Andersson, da Austrália Mark Bosnich, Paul Okon-Engsler, David Seal e Kalac, o grande guardião egípcio Nader el Sayed. pela Comunidade de Estados Independentes (CEI, herdeira da URSS na transição) tivemos Mikhailenko, But, Cherbakov, Pomazoun, em Trinidad e Tobago 'só' estava um tal de Dwight Yorke, pela Inglaterra tivemos Ian Walker, Andy Cole, Scott Minto (Benfica), Chris Bart-Williams, enquanto a Espanha tinha uma linha ofensiva composta por Cuéllar, Pier e Urzaiz, com Óscar García, um dos irmãos que actuou no Barcelona (Roger e Genís), no apoio, e o Uruguai trouxe Paolo Montero, Diego Dorta, Tais, Dario Silva.

Em 1995 o Mundial regressou à Austrália, num torneio para esquecer em termos lusos, apenas me recordo de ver os jogos em plena madrugada com os jogadores portugueses a actuarem de cara pintada, na zona ocular principalmente, devido ao elevado calor, e a não passarmos da fase de grupos. O Brasil bateu o Gana na final por 2-1, conquistando o terceiro título, numa geração da qual também esperava muito mais. O melhor jogador foi Adriano e diversos futebolistas marcaram três golos.

Pelos anfitriões actuou Craig Moore (longa carreira no Glasgow Rangers), Agostino e Milicic, nos Camarões o malogrado Marc-Vivien Foe, Pius Ndiefi, Rigobert Song e David Embe (Belenenses), a Colômbia contou com Henry Zambrano, a Rússia estreou-se com Beschastnykh, e a Alemanha unificada apresentou Carsten Ramelow, Dietmar Hamann e o luso-alemão Thomas Reis, pelo Gana surgiram Nii Lamptey (tão promissor), Augustine Ahinful (União Leiria), Emanuel Duah (U. Leiria), Charles Akonnor e Samuel Kuffour enquanto Portugal, com Agostinho Oliveira no comando, tinha Costinha na baliza, Pedro Henriques, Hugo Costa, Ricardo Nascimento, Tonanha, Poejo, Porfírio, Paulo Ferreira (extremo, não confundir), Bambo, o loirinho Andrade e a promessa nunca confirmada Sérgio Ribeiro, o Uruguai contou com Tabare Silva, Fabian O'Neill ou Gabriel Álvez, de Inglaterra viajaram David Unsworth, Nick Barmby, Bart-Williams (repetente) e Nicky Butt; Emre Asik e Kocabey representaram a Turquia e nos EUA estavam Berhalter, Miles Joseph e Zavagnin. No Brasil Yan e Gian ficaram bastante aquém do que prometiam, numa selecção com Dida, Argel, Marcelinho Paulista e Mário Jardel, no México já chefiava a defesa Davino, a Noruega tinha Myhre e Petter Rudi como figuras futuras e Obeid Al-Dosari comandava a Arábia Saudita.

O Mundial de 1995 voltou ao Médio Oriente, desta feita ao Qatar, com Portugal a regressar ao pódio, com o terceiro lugar, tão esquecido e ignorado, dados os dois títulos anteriores. Daqui se infere que o mundial do Qatar pode ser fantástico para as cores lusas. A Argentina obteve o segundo título, vingando a derrota ante o Brasil na categoria dez anos antes, 2-0 foi o resultado da final. O melhor jogador foi Caio e quem ganhou a bota de ouro foi Etxeberría de Espanha. Este Mundial ficou marcado também pela preparação de bolas paradas que Portugal tinha, que culminou num golo resultante de um livre lateral, onde os dois jogadores que iam marcar simulam um desentendimento para rapidamente colocarem a bola na área onde alguém cabeceia sem marcação... hilariante, eficaz e, sem dúvida, muito bem ensaiado.

Caio, eleito o melhor jogador, fez uma boa carreira no Brasil, mas a passagem por Itália logo após o Mundial condicionou um pouco uma maior dimensão e reconhecimento da sua qualidade, um pouco à semelhança de João Vieira Pinto, Zé Elias, Denilson (Bétis) e Luizão foram os que maior nome ganharam depois da competição pela selecção canarinha, Semak, Khokhlov, Demchenko e Igor Gusev surgiram pela Rússia, Donoso, Jorge Vargas, Dante Poli, Sebastian Rozental e Uribe (Benfica) pelo Chile, Hidetoshi Nakata e Morioka no Japão; a Espanha apresentou-se com Michel Salgado, Ivan de la Peña, Roger García, Joseba Etxeberría, Morientes e um 'tal' Raul González, pela Argentina de Pekerman vieram Sorín, Ibagaza, Biagini e Federico Domínguez, as Honduras tinham a estrela Amado Guevara, a Holanda trouxe Landzaat, Wooter, Musampa e Wilfred Bouma, na Austrália pontificavam Mark Viduka, Josip Skoko e o luso-descendente Robert Enes e Portugal tinha Quim na baliza, Beto como central, ao lado de Alfredo Bóia, Mário Silva e Mariano na esquerda, Rui Óscar na direita, Jorge Silva à frente, Dani (o 10 que nunca foi), Madureira, Edgar Ribeiro (meu companheiro de infância que também podia ter ido tão mais longe), Ramires (hoje no Luxemburgo), Agostinho (extremo esquerdo, lembram-se), Bruno Caires e Nuno Gomes!

 Em 1997 manteve-se a Oriente, desta feita na Malásia, com a prova a passar de 16 para 24 selecções. Numa final novamente envolvendo apenas países da América do Sul, a Argentina tornou-se na terceira selecção a defender o título conquistado, triunfando sobre o Uruguai por 2-1, com Nicolas Olivera dos charrua a ser eleito o melhor jogador do torneio e o melhor marcador a ser Adailton, do Brasil, com 10 tentos.

A Bélgica apresentou-se com Gillet, Carl Hoefkens e Tom Caluwe, por Marrocos vieram Tarik Sektioui (Marítimo, FC Porto) e Adil Ramzi, no Uruguai Gustavo Munua, Rivas, Pablo García, Fabián Coelho, Zalayeta, Lembo, Regueiro e Carini, pelo Brasil Helton (sim, o actual guardião do FC Porto), Alex (Fenerbahce) e Roni (mais um jogador promissor que falhou a carreira), na França Landreau, Sagnol, Silvestre, Gallas, Thierry Henry, Trezeguet, Daniel Moreira (luso-francês), Christanval, Anelka (quase se perguntaria, como não foram campeões?), pela África do Sul Benny McCarthy e Hartley (V. Setúbal), Li Weifeng na China, Appiah, Ofori-Quaye e Baba Sule pelo Gana, Damien Duff estrelava os irlandeses, enquanto Sascha Victorine, John O'Brien, Ben Olsen e Josh Wolff estavam no seleccionado norte-americano. A Costa Rica apresentou-se com as futuras estrelas Froylan Ledezma, Carlos Carlos, Solis, Chinchilla, Bryce, Bolanos e Douglas Sequeira e no Japão Miyamoto, Fukuda, Hiroyama (SC Braga) e Nakamura brilhavam.

Pelo Paraguai defendia Justo Villar, com Paulo da Silva e César Ramírez (Sporting CP), a Espanha tinha os valencianos Angulo, Farinós, Albelda, Curro Montoya e Gerard, além de Lacruz ou Deus (SC Braga), pela Argentina actuaram Leo Franco, Cufré, Walter Samuel, Cambiasso, Riquelme, Romeo, Pablo Aimar, Diego Placente ou Romero, na Austrália Brett Emerton, Hayden Foxe, Lucas Neill e Grella, pelo Canadá Paul Stalteri e Dwayne DeRosario; Bonaventure Kalou na Costa do Marfim, além de Matthew Upson, Danny Murphy, Jamie Carragher, Kieron Dyer e Michael Owen nos ingleses. Um Mundial marcado por níveis de humidade altíssimos, que resultaram mesmo em estudos mais aprofundados sobre o assunto dentro da comunidade desportiva e científica mundial.

1999 marcou o ano de estreia de África na organização deste evento, com a Nigéria a receber 23 selecções para aquele que esperavam ser o seu Mundial. No entanto, venceu a Espanha com um 4-0 final ao Japão, no auge da reorganização das selecções hispânicas, obra de Santisteban. O melhor jogador foi o actual barcelonista Seydou Keita, com Dissa e Pablo a terem cinco golos cada no final do torneio.

A Costa Rica tinha Gilberto Martínez, Alexander Castro e Winston Parks no quadro, pela Alemanha viajaram Hildebrand (Sporting CP) e Enrico Kern, os anfitriões tinham Samuel Okunowo (Benfica), Haruna Babangida, Pius Ikedia, Rabiu Afolabi, Julius Aghahowa e Joseph Yobo, no Paraguai Paulo da Silva voltou a marcar presença, com Jorge Brítez (SC Braga, Moreirense) e o trio ofensivo Roque Santa Cruz, Nelson Cuevas e Salvador Cabañas, os argentinos tinham Gaby Milito, Cambiasso (outro repetente, aqui nos anos perdidos de Real Madrid), Duscher (Sporting CP), Farías (FC Porto) ou Insúa, a Croácia estreou-se contando com Pletikosa, Seric, Vranjes e Budan, no Gana estavam Sammy Adjei, Kingston, Appiah e Ofori-Quaye (outros repetentes), o Casaquistão também se estreou com David Loria (actual titular da baliza), Kuchma, Travin e Aliyev, a Austrália também voltou a contar com Emerton, Grella, acompanhados por Jason Culina e Mark Bresciano, o México levou Rafael Márquez, Gerardo Torrado e Daniel Osorno; Damien Duff também voltou a participar, aqui com Robbie Keane na frente.

Pelo Mali, além de Keita, Adama Coulibaly, Mahamadou Diarra, Bagayoko e Abdou Traoré estiveram na Nigéria, Portugal tinha Sérgio Leite na baliza, Ricardo Sousa como 10, Marco Caneira, Hugo Leal, Ricardo Esteves, Paulo Costa, Simão Sabrosa, Luís Filipe, Neca, Marco Cláudio, Alhandra ou Filipe Anunciação, sendo eliminado nos oitavos, em penalties, pelo futuro finalista Japão, ficou a noção de que se poderia ter ido mais longe, faltou ambição a Jesualdo Ferreira. O Uruguai voltou a contar com Carini, acompanhado por Sorondo, Diego Pérez, Chevantón, Canobbio e Diego Forlán, os Camarões tinham Kameni, Idrissou, Kome e Modeste Mbami, por Inglaterra viajaram Ashley Cole, Peter Crouch, Andrew Johnson e Stephen Wright, o Japão contou com Inamoto, Ishikawa, Endo, Koji Nakata, Shinji Ono e Nimani, os EUA com Cherundolo, Bocanegra, Gibbs e Twellman, o Brasil tinha Júlio César (Inter), Juan (AS Roma), Fábio Aurélio, Ronaldinho Gaúcho, Matuzalem, Mancini e Geovanni (Benfica), nas Honduras pontificava Izaguirre, com David e Maynor Suazo, Milton Palacios e Julio Leon, a Espanha campeã contou com Aranzubia, Marchena (Benfica), Pablo Orbaiz, Gabri, Xavi, Couñago, Yeste, Barkero e Iker Casillas, enquanto a Zâmbia apresentou-se com a estrela Andrew Sinkala.  




Mundial sub20 - Colômbia 2011 - parte 1

O Mundial de sub20 está à porta, dia 29 de Julho arranca mais uma grande prova, espera-se, desta feita com Portugal presente após uma prolongada ausência de fases finais nas camadas jovens em futebol.

Mais uma vez se deixarão aqui os nomes dos intervenientes e destacar-se-ão algumas possíveis 'estrelas negras' da Copa, adulterando o termo 'dark horses'. Se nos sub17 é bastante difícil prever o futuro dos jogadores, podem confirmar a sua potencialidade ou não, nos sub20 o grau de certeza é bastante maior e praticamente todos os grandes nomes do futebol mundial confirmaram neste torneio o seu talento.

Os nomes que mais à frente colocaremos são menos conhecidos, para quem o torneio pode valer um contrato num nível superior de jogo, num campeonato melhor, num clube mais forte, tal como se fez antes para apresentar outros torneios que ocorreram neste Verão.

Antes de mais, convém fazer uma resenha histórica deste Campeonato do Mundo, que começou oficiosamente em 1977 na Tunísia, ainda em formato de sub19, com 16 selecções presentes e a vitória a ser alcançada pela União Soviética, com o México a soçobrar nas grandes penalidades. Esta final foi arbitrada por um tal de Michel Vautrot, apenas considerado um dos cinco melhores árbitros da história do jogo. Um torneio que contou com Genghini, por exemplo, na França, com Buyo e Gallego da Espanha, com Ruben Paz e Alvéz do Uruguai, com Giuseppe Baresi (irmão de Franco) e Giovanni Galli por Itália e com Bessonov (jogador do torneio), Baltacha e Bal, do fantástico Dínamo Kiev de Lobanovsky!

Um dos grandes pontos positivos deste torneio está relacionado com o facto de já ter sido jogado nos cinco continentes. Quando hoje se aborda os próximos mundiais seniores, a questão qatari ou russa, há que lembrar que o Mundial de sub20 foi precursor neste campo, levando o futebol a todo o lado. 1979 foi a vez do Japão acolher a prova, onde Portugal esteve presente e que serviu para consagrar 'apenas' el pibe, Diego Armando Maradona, num evento que, para nós, ficou marcado por um rapto, Quinito, alguém a quem se augurava um futuro à dimensão do génio argentino, o melhor jogador luso dessa geração que passou completamente ao lado de uma carreira que o seu talento prometia. Este acabou por não ir ao Mundial numa forma recambolesca, ainda hoje pouco explicada e que envolveu mesmo o rapto do atleta! Bom, o título foi para a Argentina, que bateu na final a URSS por 3-1, com Maradona a ser eleito o melhor jogador e Ramon Díaz o melhor marcador.

A Espanha, por exemplo, apresentou-se com Tendillo e Marcos Alonso, a Argélia tinha Menad (que actuou em Portugal no Famalicão e Belenenses), no Japão vimos Ozaki (actuou no futebol alemão) e Tanaka, pela Polónia surgiu Buncol (também referência posterior da selecção e na Bundesliga), a Jugoslávia apresentou-se com Ivkovic (sim, o que esteve no Sporting), Ivan Pudar (guarda-redes que pasosu por Boavista e Sporting Espinho), ou Bazdarevic (que fez carreira em França), Portugal levou o malogrado Zé Beto, o Diamantino Miranda, o Alberto Bastos Lopes, o Parente ou o Nascimento, entre tantos outros, Álvez e Ruben Paz repetiram presença no Uruguai, enquanto a URSS trouxe Chanov (eterno suplente de Dassaev) e Zavarov.

O Mundial de 1981 ocorreu na Austrália com vitória da República Federal Alemã, melhor jogador a ser Gabor da Roménia, e diversos jogadores com quatro golos. Portugal falhou o torneio por sorteio, depois do terceiro lugar empatado com os romenos no europeu da categoria. Destaques presenciais para os uruguaios Enzo Francescoli e Carlos Aguilera, para Roland Wohlfarth, Michael Zorc, Herbst da RFA, para Ronaldão, Mauro Galvão e Nelsinho do Brasil, para Neil Webb e Robson da Inglaterra, Wandzik, Kaczmarek e Urban na Polónia, Ferri e Bruno por Itália, Ioan Andone, Mircea Rednic e Balint nos romenos, Clausen, Burruchaga e Goicoechea pela Argentina, Onana, Mfede e Ebongue (Rio Ave) nos Camarões.

Em 1983 o anfitrião foi novamente o México, a preparar o Mundial de 1986, e o triunfo coube ao Brasil, numa final sul-americana, perante a Argentina 1-0, com 110 mil pessoas nas bancadas do Azteca. Geovani foi o melhor jogador, autor do golo da vitória e um dos melhores marcadores da prova. Aqui participaram, entre outros, Frank Farina com as cores da Austrália, os anfitriões tinham nas fileiras Marcelino Bernal e Miguel España, a Escócia levou Brian McClair, Paul McStay, Steve Clarke, Dave McPherson, Jim McInnally e Pat Nevin, os Estados Unidos apresentaram-se com Tab Ramos, Paul Caligiuri e Hugo Pérez; Carlos Aguilera repetiu presença nos uruguaios, agora acompanhado por Ruben Sosa e Perdomo, na Argentina estavam Dezotti e Basualdo, a Áustria tinha uma dupla ofensiva composta por Toni Polster e Andreas Ogris; Ivan Hasek e Lubos Kubik representaram a Checoslováquia, enquanto o Brasil tinha Hugo (guarda-redes Estrela Amadora), Aloísio (FC Porto), Dunga, Bebeto, Jorginho e Heitor (aquele que marcava os livres fulminantes no Marítimo). A Holanda tinha Vanenburg, Van't Schip e Marco Van Basten, e a URSS levou Cherchesov, Demidov, Lytovchenko e Oleg Protasov.

Como se vê, para quem conhece bem o futebol, não faltaram estrelas em cada um destes eventos. A primeira vez que a Europa acolheu este Mundial foi em 1985, na União Soviética, com o Brasil a bater a Espanha na final por 1-0 no prolongamento e a tornar-se no primeiro a defender o título ganho na categoria. As estrelas continuaram a brilhar e a surgir, a Bulgária, por exemplo, apresentou-se com Balakov, Kostadinov, Yankov, Penev, Dotchev e Mihtarski (FC Porto e Famalicão), a Colômbia veio com o mais exótico guardião da história, René Higuita, acompanhado por Wilmer Cabrera, a Hungria tinha Vincze e Petry, a Tunísia trouxe o seu grande guarda-redes el Ouaer, o Brasil tinha Taffarel, Silas e Muller, a Espanha veio com Marcelino García, Lopetegui, Patxi Ferreira, Nayim, José Aurélio Gay, Goikoetxea e Losada, o Canadá tinha como figura Alex Bunbury (Marítimo), a Nigéria Samson Siasia (Tirsense), a Inglaterra tinha o Michael Thomas (Benfica) e o México trouxe de la Torre, Ignacio Ambriz, Garcia Aspe e Patiño.

O Chile acolheu a prova em 1987, em Outubro, naquele que consagraria a geração dourada jugoslava, final ganha nos penalties perante a RFA, com Prosinecki a ser eleito o melhor jogador e Witeczek a sagrar-se melhor marcador. A equipa da casa tinha nas fileiras Musrri, Javier Vargas e Fabian Estay, o Togo apresentou-se com a estrela Bachirou Salou (carreira na Bundesliga), a Jugoslávia de Mirko Jozic (sim, o que também treinou brevemente o Sporting CP) tinha Branko Brnovic, Robert Jarni, Dragoje Lekovic, Stimac, Zvonimir Boban, Pedja Mijatovic, Davor Suker, Gordan Petric, além de Prosinecki, uma selecção simplesmente fabulosa. O Brasil levou César Sampaio, André Cruz (Sporting CP), Bismarck e Dacroce (Beira-Mar e P. Ferreira), pelo Canadá Pat Onstad e Craig Forrest, anos a fio a lutarem pela titularidade da baliza na selecção principal, na Itália Alessandro Melli. Cabrera, Oscar Córdoba e Trellez voltaram a marcar presença pela Colômbia, enquanto na RDA enchia o campo Matthias Sammer, bem acompanhado por Dariusz Wosz. Na Escócia Jim Weir, Billy McKinlay e Alan Main foram os que mais se destacaram posteriormente, a Bulgária voltou a ter Emil Kostadinov, desta feita com Kiriakov, a RFA tinha Andreas Moller e os EUA com Tony Meola, Jeff Agoos, Marcelo Balboa, Kasey Keller!


quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Equilíbrio nas Ligas Europeias segundo fórmula do O.L.E. Futebol

Como se determina o nível de equilíbrio de uma liga? Podem-se utilizar muitos factores até porque a definição de equilíbrio pode ser aplicada a aspectos distintos no jogo, os golos por exemplo, que serão aflorados numa entrada futura (deixo já a questão, quem foi o mais eficaz marcador na Europa?), poder-se-ia também avaliar a qualidade de jogo ou dos jogadores, o que é absolutamente subjectivo, ou a evolução táctica e a estruturação defensiva do jogo, ou seja, poder-se-iam avaliar os campeonatos através de critérios diversos, mas aqui pretendeu-se determinar o Coeficiente de Equilíbrio nas ligas analisadas.

Entre várias fórmulas pensadas, a que se acreditou ser a que melhor avalia o nivelamento de cada campeonato foi a que se utilizou para chegar aos valores que constam no gráfico que abaixo se mostra. Estamos a falar de campeonato, não da luta pelo título, da luta pela Europa, da luta pela descida, a avaliação é global. Assim, subtraíram-se os pontos obtidos pelo último colocado de cada liga aos que alcançou o vencedor, dividindo-se o valor pelo número de jornadas que compõem cada competição atingindo-se desta forma o CE-OLE, ou seja, o Coeficiente de Equilíbrio do Observatório das Ligas Europeias de Futebol!


De acordo com o CE-OLE, a liga mais equilibrada foi a da Polónia, com um grau diferencial abaixo do um ponto, a única que conseguiu esse feito, enquanto a Finlândia - na despedida, pelo menos temporária, dos 14 clubes, a ficar no ponto certo. Uma época é somente uma época e, para conseguirmos realmente estabelecer um alto ou baixo nível de equilíbrio em cada campeonato, será necessário analisar as classificações passadas até para compreender a evolução.

Daqui se pode retirar que, pior que Portugal, apenas Israel e Sérvia, as únicas três ligas cujos coeficientes de equilíbrio ultrapassam os dois pontos, denotando campeonatos pouco nivelados a todos os níveis, como se pôde comprovar para quem acompanhou essas ligas.

O que se pode concluir da leitura deste gráfico é que, aqui, não existe uma influência cultural, com os países nórdicos, do leste, latinos, da Europa Central, do Báltico ou dos Balcãs a estarem misturados entre si, não se conseguindo sequer estabelecer uma ligação entre o valor atribuído a cada liga - definidas como primeira, segunda ou terceira divisões europeias - e o grau de equilíbrio existente, ao contrário do que se poderia pensar. Estes dados revelam uma aleatoriedade completa que apenas pode ser, ou não, dissipada com uma observação aturada dos campeonatos passados! 

Sugestão de leitura

Depois de já ter sugerido o livro de estreia de Luís Freitas Lobo, deixo agora o título do seu site, da rubrica em 'A Bola' e um livro que muitos daqueles que estão ligados ao futebol português já leram e têm na sua estante.

No meu percurso livreiro fiquei surpreendido pela procura do Planeta do Futebol por parte de diversos técnicos de futebol portugueses, aqueles que muitos não conhecem, que vão percorrendo as suas épocas pelo país, entre a segunda divisão e os distritais, em busca da verdadeira oportunidade.

O livro já vai na terceira edição, actualizado, agora com uma nova capa, mais engraçada, mas eu tenho na prateleira a primeira edição, de 2007, que acaba por se constituir numa versão aprimorada do seu título anterior, já aqui sugerido. A abordagem é o que qualquer fanático do jogo gosta e quer, leitura táctica, evolução histórica, grandes equipas, grandes jogadores, as várias dimensões do jogo, a evolução continental, especialmente Europa versus América do Sul, mas lembrando África!

A escrita é bastante acessível, algo a que atribuo extrema importância, ao contrário de muitos doutos nacionais cuja avaliação de uma obra baseia-se não na percepção e facilidade de leitura e apreensão do conteúdo, mas no grau maçudo de cada livro! Quando folheamos o Planeta do Futebol compreendemos, pelo menos, duas coisas, o profundo conhecimento que Luís Freitas Lobo tem sobre o jogo e a paixão... não, o amor que este senhor tem pelo futebol, facilmente perceptível ao ler os seus livros, as suas crónicas ou meramente a ouvir e ver os comentários que faz sobre o jogo.

Creio que quem gosta de futebol devia ir a uma livraria e passar os olhos no livro, folheá-lo e avaliar se não vale realmente a pena lê-lo e possuí-lo... eu acho que sim! Como já antes o declarei, existem diversos prismas na visão do autor, nos seus comentários, com os quais não concordo, afinal Luís Freitas Lobo é um purista do jogo, mas que o admiro e à sua escrita, sem dúvida alguma!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Europeu de sub19 - Roménia 2011

Na próxima quarta-feira, 20 de Julho, inicia-se mais uma fase final do Campeonato da Europa de sub19. Além de ser o primeiro evento desta categoria a realizar-se nos Cárpatos, desde há 50 anos, apresenta-se com grandes novidades no lote de finalistas.

Estamos habituados a ver selecções como Alemanha, Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Itália, Portugal ou, mais recentemente, a Suíça, algo que não sucederá neste torneio onde apenas Espanha marca presença. As restantes selecções são a Roménia, organizadora, que na ocasião anterior em que acolheu o torneio venceu (1962), a Turquia, que tem compreendido a importância da formação e cada vez mais reforça essa aposta, que resultou já num título (1993) e duas finais,  a Sérvia, a principal exportadora europeia de futebolistas, mas cujas prestações em europeus da categoria não têm sido extraordinárias, a República da Irlanda, com uma selecção assente em descendentes de irlandeses, a maioria a actuar em Inglaterra e alguns mesmo nascidos na Grã-Bretanha, que também detém um título (1998), alcançado de forma surpreendente, a República Checa, que teve como melhor desempenho pós-desmembramento da Checoslováquia a final perdida de 2001, a Bélgica, que também alcançou um título no distante ano de 1977, com a geração de ouro belga, e a Grécia que também tem como melhor prestação uma final perdida em 2007.

A Espanha é a histórica que conseguiu superar as duas fases de grupos para atingir esta final a oito, podendo aproximar-se da Inglaterra em termos de títulos conquistados, sete contra nove, numa prova que já pedia alteração do formato. Boa parte das selecções europeias, especialmente as mais débeis, têm anos competitivos sucessivos a zero, fazem três jogos e depois vem o deserto, se querem ter os seus jovens a competirem fora da esfera competitiva clubística local ou nacional, têm que organizar torneios particulares ou obter convites para a participação nos mesmos.

A meu ver, fazia todo o sentido a criação de divisões, como noutras modalidades, e a realização em formato de campeonatos, em grupos de 12 ou 16 selecções por divisão, com um modelo de todos contra todos mas, ao invés de se jogar casa fora, criar quatro, cinco ou seis semanas competitivas ao longo do ano, em locais distintos, onde se disputassem três ou quatro jogos por selecção em cada uma dessas semanas, com o estabelecimento de uma tabela fnal, com subidas e descidas, modelo aplicável às várias camadas formativas, masculinas e femininas, como melhor forma de manter competitivamente activas as selecções durante todo o ano, animar locais - agora que as academias começam a espalhar-se pela Europa fora - promover a troca de experiências a todos os níveis, dentro e fora do campo, e garantir-se-ia que em Setembro ou Outubro não existissem já selecções sem jogos oficiais a disputar!

Regressando a este Europeu, deixa-se abaixo os atletas convocados, notando-se que os números não correspondem necessariamente aos da fase final, constam do sítio da UEFA mas associados às fases anteriores, como tal, podem surgir alterações e, numa ou noutra selecção, ainda existe um ou dois homens a mais, como é o caso belga, apesar das federações darem a lista apresentada como final:


Europeu sub19

Roménia
2011

República da Irlanda



1
Aaron McCarey
14-01-92
Wolves
Ing
2
Matt Doherty
16-01-92
Wolves
Ing
3
Derrick Williams
17-01-93
Aston Villa
Ing
4
John Egan
20-10-92
Sunderland
Ing
5
Anthony O’Connor
25-10-92
Blackburn Rovers
Ing
6
Jeff Hendrick
31-01-92
Derby County
Ing
7
Samir Carruthers
04-04-93
Aston Villa
Ing
8
John O’Sullivan
18-09-93
Blackburn Rovers
Ing
9
Kevin Knight
13-02-93
Sem clube

10
Conor Murphy
11-11-92
Bray Wanderers

11
Anthony Forde
16-11-93
Wolves
Ing

Kane Ferdinand
07-10-92
Southend United
Ing
13
Sean Murray
11-10-93
Watford
Ing

Conor Smith
18-02-93
Waftord
Ing
15
Eoin Wearen
02-10-92
West Ham
Ing
16
Sean McDermott
30-05-93
Arsenal
Ing
17
Declan Walker
01-03-92
Wrexham
Wal
18
Joe Shaughnessy
06-07-92
Aberdeen
Sco
TR
Paul Doolin




República Checa



1
Tomas Koubek
26-08-92
Hradec Kralove

2
Jakub Brabec
06-08-92
Sparta Praga

3
Jakub Jugas
05-05-92
Tescoma Zlín

4
Tomas Jelecek
25-02-92
1.FC Slovacko

5
Tomas Kalas
15-05-93
Chelsea
Ing
6
Pavel Kaderabek
25-04-92
Sparta Praga


Adam Janos
20-07-92
Sparta Praga

8
Martin Sladky
01-03-92
Viktoria Plzen

9
Jiri Skalak
12-03-92
Sparta Praga


Antonin Fantis
15-04-92
Banik Ostrava

11
Jan Sykora
29-12-93
Viktoria Plzen


Matej Vydra
01-05-92
Udinese
Ita
13
Ladislav Krejci
05-07-92
Sparta Praga

14
Tromas Prikryl
04-07-92
Sigma Olomouc


Roman Polom
11-01-92
Sparta Praga

16
Jakub Zapletal
30-03-92
Tescoma Zlín

17
Martin Hala
24-03-92
Sigma Olomouc

18
Patrik Lacha
20-01-92
Teplice

TR
Jaroslav Hrebik




Bélgica



1
Koen Casteels
25-06-92
Hoffenheim
Ale
2
Pierre-Yves Ngawa
09-02-92
Standard Liège

3
Dino Arslanagic
24-04-93
Standard Liège


Laurens de Bock
07-11-92
Lokeren


Franco Zennaro
01-04-93
Standard Liège

6
Tom Pietermaat
06-09-92
KV Mechelen

7
Marnick Vermijl
13-01-92
Manchester United
Ing
8
Jore Trompet
30-07-92
Lokeren

9
Maxime Lestienne
17-06-92
Club Brugge

10
Thorgan Hazard
29-03-93
Racing Lens
Fra
11
Paul-José Mpoku
19-4-92
Tottenham Hotspur
Ing
12
Matz Sels
26-02-92
Lierse

13
Jonas Vervaeke
10-01-92
KV Kortrijk


Jannes Vansteenkiste
17-02-93
Club Brugge

15
Igor Vetokele
23-03-92
AA Gent

16
Florent Cuvelier
12-09-92
Stoke City
Ing
17
Hannes van der Bruggen
01-04-93
AA Gent

18
Alessandro Cerigioni
30-09-92
Lommel


Noe Dussenne
07-04-92
Mons


Thomas Kaminski
23-10-92
GBA

TR
Marc van Geersom




Espanha



1
Edgar Badía
12-02-92
Espanyol

2
Daniel Carvajal
11-01-92
Real Madrid

3
Sergi Gómez
28-03-92
FC Barcelona

4
Ignasi Miquel
28-09-92
Arsenal
Ing
5
Jon Aurtenetxe
03-01-92
Athletic Bilbao

6
Rubén Pardo
22-10-92
Real Sociedad

7
Álvaro Morata
23-10-92
Real Madrid

8
Alex Fernández
15-10-92
Real Madrid

9
Borja González
25-08-92
Atlético Madrid

10
Pablo Sarabia
11-05-92
Real Madrid

11
Paco Alcácer
30-08-93
Valencia

12
Albert Blázquez
21-01-92
Espanyol

13
Adrián Ortolá
20-08-93
Villarreal

14
Jonas Ramalho
10-06-93
Athletic Bilbao

15
Juanmi Jiménez
20-05-93
Málaga

16
José Campaña
31-05-93
Sevilha

17
Gerard Deulofeu
13-03-94
FC Barcelona

18
Juan Muñiz
14-03-92
Sporting Gijón

TR
Ginés Meléndez




Turquia



1
Omer Kahveci
15-02-92
Bucaspor

2
Okan Alkan
01-10-92
Fenerbahce

3
Kamil Ahmet Çorekçi
01-02-92
Bucaspor

4
Furkan Seker
17-03-92
Besiktas

5
Sezer Ozmen
07-07-92
Besiktas

6
Orhan Gulle
15-01-92
Gaziantepspor

7
Omer Ali Sahiner
02-01-92
Konya T. Sekerspor

8
Gokay Iravul
18-10-92
Fenerbahce

9
Muhammet Demir
10-01-92
Gaziantepspor

10
Engin Bekdemir
07-02-92
Kayserispor

11
Nadir Çiftçi
12-02-92
Portsmouth
Ing
12
Aykut Ozer
01-01-93
Eintracht Frankfurt
Ale
13
Sefa Akin Basibuyuk
18-10-93
Çorumspor

14
Berkay Oztuvan
05-02-92
Fenerbahce

15
Atinç Nukan
20-07-93
Besiktas

16
Servan Tastan
20-05-93
FC Metz
Fra
17
Ali Dere
29-09-92
Konyaspor

18
Hasan Ahmet Sari
21-01-92
Trabzonspor

TR
Kemal Ozdes




Grécia



1
Stefanos Kapino
18-03-94
Panathinaikos

2
Nikos Skondras
16-11-92
Asteras Tripolis

3
Kostas Stafylidis
02-12-93
PAOK Salónica

4
Tasos Lagos
04-12-92
Panathinaikos

5
Giannis Potouridis
27-02-92
Olympiacos

6
Panagiotis Stamogiannos
30-01-92
Olympiacos

7
Charis Mavrias
21-02-94
Panathinaikos

8
Kostas Kotsaridis
06-12-92
Olympiacos

9
Anastasios Bakasetas
28-06-93
Asteras Tripolis

10
Kostas Fortounis
16-10-92
Kaiserslautern
Ale
11
Nikos Karelis
24-02-92
Ergotelis

12
Kostas Kaldelis
22-03-92
Olympiacos

13
Vasilis Bouzas
30-06-93
Panionios

14
Nikos Marinakis
13-09-93
Panathinaikos

15
Kostas Rougalas
13-10-93
Olympiacos

16
Dimitris Diamantakos
05-03-93
Olympiacos

17
Giorgos Katidis
12-02-93
Aris Salónica

18
Dimitris Kolovos
27-04-93
Panionios

TR
Leonidas Vokolos




Sérvia



1
Nikola Peric
04-02-92
Macva Sabac

2
Jovan Krneta
04-05-92
Sopot

3
Marko Petkovic
03-09-92
OFK Belgrado

4
Filip Malbasic
18-11-92
Rad Belgrado

5
Uros Cosic
24-10-92
Estrela Vermelha


Dusan Plavsic

BSK Borca

7
Andrej Mrkela
09-04-92
Rad Belgrado

8
Darko Brasanac
12-02-92
Partizan Belgrado

9
Djordje Despotovic
04-03-92
Spartak

10
Goran Causic
05-05-92
Sopot

11
Nenad Lukic
02-09-92
Lokomotiv Plovdiv
Bul
12
Spasoje Stefanovic
12-10-92
Teleoptik

13
Aleksandar Pantic
11-04-92
Rad Belgrado

14
Nikola Trujic
14-04-92
Teleoptik


Milos Jojic
19-03-92
Teleoptik

16
Aleksandar Pesic
21-05-92
Sheriff Tiraspol
Mda

Ivan Rogac
18-6-92
Rad Belgrado

18
Danilo Kuzmanovic
04-01-92
Djurgarden
Swe

Uros Vitas
06-07-92
Rad Belgrado

TR
Dejan Govedarica




Roménia



GR
Laurentiu Branescu
30-03-94
Juventus
Ita
GR
Radu Chirita
08-05-92
CSM Ramnicu Valcea

DF
Lucian Murgoci
25-03-92
Otelul Galati

DF
Sebastian Remes
19-01-92
Honved Budapeste
Hun
DF
Adrian Avramia
31-01-92
Politehnica Iasi

DF
Andrei Peteleu
20-08-92
Delta Tulcea

DF
Danut Costinel Gugu
20-05-92
Univ. Craiova

DF
Florin Ilie
18-06-92
FC Timisoara

MD
Romario Benzar
26-03-92
Viitorul Constanta

MD
Alin Carstocea
16-01-92
Viitorul Constanta

MD
Nicolae Stanciu
07-05-93
Unirea Alba Iulia

MD
Patrick Walleth
27-01-92
Ingolstadt
Ale
MD
Enghin Amet
19-07-92
Juventus Bucareste

AV
Ionut Nastasie
07-01-92
Steaua Bucareste

AV
Mihai Roman
31-05-92
Univ. Craiova

AV
Tiberiu Serediuc
02-07-92
CS Otopeni

AV
Sebastian Chitosca
1992
Ceahlaul Piatra Neamt

AV
Cristian Gavra
03-04-93
Viitorul Constanta

TR
Lucian Burchel



Das selecções presentes, a Espanha teve que jogar com a presença no Mundial de sub20 na Colômbia, dividindo os seus jovens, com a surpresa de Rafinha (irmão de Thiago Alcântara) se ter quedado fora desta convocatória.
Em relação a destaques de cada equipa nacional, chamava a atenção para Samir Carruthers, médio da selecção irlandesa, com boa visão de jogo, óptimo assistente, também marca golos, um dos muitos nados em Londres com ascendência céltica que actua na República da Irlanda.
Na República Checa, Antonin Fantis já conta com mais de 50 jogos na primeira liga, é um avançado móvel, não muito concretizador mas que abre bastante espaços, fugindo ao protótipo do avançado checo, apenas 1,75 metros, é um miúdo de grande potencial e, com Prikryl nas costas, poderá fazer muitos danos nas defesas adversárias.
Da selecção belga, quase não se pode escapar ao nome Hazard, onde o mais jovem da família vai, quase de certeza, provar que não fica a dever a Eden. Além de Thorgan, Lestienne, já primeira opção no Club Brugge, é um ala a ver, e M'poku, dos quadros do Tottenham, com uma boa época no Leyton Orient, também poderá deixar a sua marca, não podendo deixar de referir os guarda-redes, todos com experiência já de liga sénior, parece que temos uma nova fornada de qualidade além de Courtois!

Em Espanha, quase todos os olhos estarão colocados em Moratá, Sarabia e Deulofeu, mas eu destacaria Aurtenetxe, lateral esquerdo basco, também faz a posição de central pela esquerda, cujo futuro poderá ser mesmo a titularidade na banda esquerda da selecção principal, e especialmente Juanmi, um miúdo lançado o ano passado por Jesualdo Ferreira (haja alguma coisa boa na sua passagem pelo Málaga), que tem uma qualidade tremenda e uma codícia pela baliza fora do comum.

Da Turquia, é inevitável evidenciar o jovem que actuou nos juniores do FC Porto na época transacta. Engin Bekdemir, um 10 moderno, com grande capacidade para descobrir espaços onde colocar a bola para os avançados concretizarem.

Nikos Karelis poderá ser a surpresa de uma Grécia bastante jovem, um ala que mexe mesmo com o jogo, seguido pelo Arsenal, onde chegou mesmo a fazer testes e por quem jogou e a quem ofereceu um torneio há dois ou três anos.

A Sérvia conta com, pelo menos, um futebolista de segunda geração, como Andrej Mrkela, nascido em Enschede na Holanda, filho do antigo jogador Mitar Mrkela, que actua numa das grandes escolas de formação sérvias, o Rad, Nenad Lukic é um ala a jogar na Bulgária, com vários clubes ingleses a segui-lo, numa selecção que confirma a tendência exportadora do país.

O anfitrião vê-se sem a estrela da categoria, Sergiu Bus, envolvido nos trabalhos do CFR Cluj, com a curiosidade em ver Walleth, de quem já me falaram bem, mas que desconheço totalmente, os jovens do Viitorul Constanta, clube associado à Academia Gheorghe Hagi, numa equipa onde os jogadores mais conhecidos serão Gugu e Mihai Roman.