domingo, 26 de agosto de 2012

II Divisões Europeias Assistências Médias e Taxas de Ocupação

Se as assistências das principais ligas são importantes, é igualmente essencial perceber o impacto que o 'Jogo do Povo' tem nas outras divisões, especialmente nas segundas ligas de cada nação, também elas profissionais em parte das ligas europeias, mas com valores naturalmente inferiores.
 
Não é surpresa nenhuma observar a Inglaterra (Championship) e a Alemanha (2.Bundesliga) liderarem esta tabela, com médias que encaixam no top principal, ao nível de Holanda e França e bem acima da concorrência, notando-se contudo a mesma sequência de assistências, com as cinco principais ligas, seguidas de perto pela Holanda. No nível intermédio estão as divisões austríaca (10 clubes), sueca (16), escocesa (10), polaca (16), ucraniana (16), suíça (16) abaixo de três mil e acima de dois mil espectadores de média.
 
Como se pode observar, Portugal é o grande derrotado neste ranking de segundas ligas, não conseguindo sequer ter uma média de mil pessoas por jogo, posicionando-se em 18º lugar de 26 divisões analisadas!
 
If the average attendances in the top leagues are importante, it is equally essential to understand the impact that the People's game has in the other divisions, namely each nation second leagues, some of them also professional, but with values naturally below the top leagues.
 
It is no surprise to watch England's Championship and Germany 2.Bundesliga top the ranking, with averages fitting in the top leagues inside the Top 10, at the Eredivisie and Ligue 1 level and well above the other leagues, noting however the same sequence of attendances, with the 'big five' dominating closely followed by the Dutch Jupiler League. In the intermediate level are the Austrian (10 clubs), Swedish (16), Scottish (10), Polish (16), Ukrainian (16), Swiss (16) below three thousand and above two thousand spectatores average.
 
As it is possible to watch, Portugal is the biggest loser in this ranking of second leagues, not averaging even one thousand people per match, positioning only in 18th in 26 analysed leagues.
 
Comparação com a época passada/Comparison with the last season
 
As mudanças nas segundas ligas são muito mais relevantes, com clubes a subirem e descerem e a redundarem em quatro, seis, sete... clubes novos, com as alterações daí resultantes.
 
A subida de três mil adeptos em média na segunda liga alemã é o grande facto que emerge desta análise, um crescimento que colocou os alemães bem perto do Championship, mas que sofrerá nova queda esta época com as subidas e descidas entre as três divisões envolvidas e retirarem muito público potencial a nível de lotação de estádios.
 
França e Espanha trocaram de posições, ascendendo a Ligue 2 ao pódio com um acréscimo de mais de 1500 espectadores em média, quase 20 por cento (!), com a Liga Adelante de Espanha a perder mais de 20 por cento de pessoas em média. Itália também registou uma subida de 16 por cento, com os restantes campeonatos aqui realçados a não terem uma grande variação.
 
A portuguesa Liga Orangina, contudo, viu a média de espectadores cair em mais de 30 por cento, baixando dos mais de 1200 para abaixo dos 1000, uma das razões que pode ajudar a explicar a vontade da marca Orangina em retirar o nome da liga apesar de honrar o contrato, extensível por mais uma época. Além de não se trabalhar para atrair público, não há o hábito em Portugal de se valorizar - mediaticamente - uma marca que se associe, factor essencial para se perceber a dificuldade em obter patrocínios e apoios.
 
The changes in the second leagues are even more relevants, with clubs being promoted and demoted adding up to four, five, six, seven... new teams.
The growth of three thousand spectators on average in the German 2.Bundesliga is the big fact that emerges from this analysis, an increase that put the Germans really close to the Championship but it will fall again next season due to the promotions and relegations between the three divisions involved.
 
France and Spain switched position, with the Ligue 2 going into the podium with an increase of over 1500 average spectators, almost 20 percent, having the Spanish Liga Adelante lost over 20 percent on average. Italy also registered an increase of 16 percent, with the remaining leagues highlighted here with no big changes.
 
The Portuguese Liga Orangina, however, saw the average attendance fall by over 30 percent, coming from over 1200 to under 1000, one of the reasons that can explain the will of the Orangina brand in removing the name from the league, although honouring the sponsorship agreement that lasts for another year. This league shows how little it is worked, adding the fact the Portuguese media have the habbit of NOT treasuring the naming, giving the needed mediatic impact, reason for the sponsorship, which explains the difficulty in gathering sponsors.

Taxas de Ocupação/Occupancy Rates 11/12

Conseguir dois terços da lotação em média numa segunda liga é excelente, observando o facto de em muitos países apenas se olhar ao sucesso, falhando a ligação natural, os laços com o clube da terra, um resultado directo do capitalismo onde apenas o sucesso conta. Convém, contudo, frisar que não sendo o futebol desporto principal em muitas das nações abordadas é apenas natural que as pessoas se dispersem por outras modalidades, algo que não sucede em todas as nações mas em parte delas.
 
Além de Inglaterra e Alemanha, apenas a Jupiler holandesa tem mais de meia casa ocupada em média. França e Espanha andam nos 40 por cento, seguidas de um quinteto nos 30 por cento, estando a segunda liga portuguesa apenas na 20ª posição entre as 26 ligas analisadas, notando-se aqui que Roménia, Bulgária e Hungria, com duas séries, estão identificadas pela melhor. 
Achieving two thirds of Occupancy rate in a second league is excellent, viewing that in many countries you only look at the success, missing the bond with the local club, a direct result of Capitalism and the culture of success only. It is also necessary to point out that, not being football the main sport in several countries, it is only natural that people disperse through other sports, something that doesn't happen in all nations but in some.
Apart from England and Germany, only the Dutch Jupiler League has more than half house occupied on average. France and Spain round the 40 percent, followed by five leagues in the 30's percent, with the Portuguese second league only appearing in the 20th of the 26 leagues analysed, underlining here that Romania, Bulgaria and Hungary have two series in the second divisions, with the numbers referring to the best of each being presented.
 
 
Comparação das Taxas de Ocupação/Comparison in the Occupancy Rates 10/11 - 11/12
 
O aumento nos números de pessoas reflecte-se directamente na taxa de ocupação da 2.Bundesliga. Nesta situação a subida é dupla, mas pode não ser exactamente assim, basta que entre um clube com uma assistência razoável, contudo com um estádio enorme - o Hertha Berlim servirá de exemplo para a época que agora decorre, pois apesar de ter 20 mil adeptos na 2.Bundesliga actua num Olímpico de 75 mil lugares.
 
A liga alemã passou de pouco mais de 50 por cento para 63 por cento, com a liga espanhola a ter uma quebra de quase 10 por cento, imitada pela baixa de quase sete pontos em Portugal.
 
The increase on the numbers are directly related with the occupancy rate in the 2.Bundesliga. In this situation the rise is double, but that not always happens, which may be proved next season in the second German league - Hertha Berlin started the season with circa 20 thousand people in the stadium, Olympiastadion of around 75 thousand places.
 
The German second league went from little over 50 percent to 63, with the Spanish league having a dicrease of almost 10 percent, imitated by the Portuguese league, almost seven points under the 10/11 season.

Assistências Médias e Taxas de Ocupação nas Ligas Europeias 11/12


Mostramos abaixo os vários gráficos identificadores dos valores referentes às assistências médias e às taxas de ocupação na grande maioria das ligas europeias, no que à época 2011 e 2011/12 diz respeito.

Como há uma época, deixamos aqui os dados que compilámos, colocando também uma análise evolutiva para que se percebam as tendências, não podendo no entanto deixar de se sublinhar que as subidas e descidas acabam por influenciar, muitas vezes, as variações, seja por se tratarem de clubes com menor implantação, com estádios mais pequenos, ou outras situações similares.

Iniciamos com o gráfico referente às assistências médias, onde a Bundesliga alemã prossegue com uma liderança mais do que confortável, aumentando de forma sólida o valor que vinha obtendo em épocas anteriores, dos cerca de 42 mil espectadores de média os germânicos passaram em 11/12 para um valor acima dos 45 mil em média!

Inglaterra e Espanha mantêm-se nos outros dois lugares do pódio com ligeiros aumentos, seguindo-se a Itália - em quebra - como únicos acima de 20 mil pessoas em média nos estádios das respectivas ligas.

A luta pelo quinto lugar permanece acesa, com a Ligue 1 a voltar a recuperar a posição, após ter sido constantemente batida pela Eredivisie, também em ligeira quebra de espectadores, após épocas acima dos 20 mil em média, os holandeses vêem a sua liga baixar dos 19 mil da época 10/11.

A Escócia continua na sétima posição, com uma média abaixo dos 14 mil, que será bastante afectada nas próximas épocas com a descida administrativa do Glasgow Rangers. A Rússia vem crescendo, ficando com um valor em cima dos 13 mil espectadores de média, em luta directa com a AXPO Super League suíça, Raffeisen esta época, com consistente subida, dos menos de nove mil em 08/09 até perto dos 14 mil em 11/12, facto que se pode relacionar com as melhorias realizadas nos estádios para o Europeu 2008 e com a própria recepção da grande competição de selecções na Europa.

A fechar o Top 10 está a Ucrânia, que ultrapassou Portugal na posição, apesar de ambas terem melhorado as assistências médias, a liga portuguesa passou de 10 mil para quase 11 mil, ao passo que a ucraniana avançou de pouco mais de nove mil para um valor acima dos 11 mil adeptos em média por partida!

We start now to show some graphics over the average attendances and occupancy rates in most of the European leagues in the 2011 and 11/12 season.

Like a year agor, we show the data compiled, presenting also an evolutive analysis so that tendencies can be perceived, reminding however that promotions and relegations naturally influence, many times, the variations, whether because we're talking about clubs with less supporters, smaller stadiums or similar situations.

We began with the graphic above, that refers to the average attendances, where the German Bundesliga keeps its clear domain, with a leadership advantage of almost 10 thousand average persons per match over the English Premier League, increasing from 42 thousand in the previous seasons to over 45 thousand average in 11/12.

England and Spain keep their podium places with slightly increased average attendances, with the EPL having over 34 thousand and the Liga BBVA overpassing the 28 thousand average. Italy's Serie A - falling - are the other only league with over 20 thousand average people in the stadia 11/12.

The fight for 5th place keeps going, with French's Ligue 1 recovering the post, after being constantly beaten by Dutch's Eredivisie, also losing a little bit to previous seasons, going under 19 thousand after having averages over 20.

Scotland Premier League maintains the 7th overall, averaging under 14 thousand, a number that will drop drastically in the forthcoming seasons due to the administrative relegation of Glasgow Rangers. Russia keeps growing and approaching the bigger leagues, with a number over 13 thousand average, currently battling with the Swiss league, also growing from less than 9 thousand in 08/09 to the almost 14 thousand in 11/12, fact that we can relate with the stadia improvements for the Euro 2008 and the European biggest national sides competition itself naturally.

Ending the Top 10 is Ukraine, that overcame Portugal to the spot, both leagues improving the numbers, the Portuguese Liga Zon Sagres going from little over 10 to almost 11 thousand average but the Ukrainian went from little over 9 thousand to over 11 thousand in the last two seasons.

Gráfico evolutivo das assistências médias/Average attendances evolution graphic.

O gráfico abaixo permite observar a evolução das assistências nas últimas temporadas, notando-se as grandes diferenças entre as várias ligas europeias, permitindo também perceber a penetração do futebol, globalmente desporto-rei, mas que não o é em todos os países, contrariamente ao que se possa pensar em Portugal, dada a importância e relevância mediática que lhe é atribuída, numa parte mínima do próprio futebol, em comparação com outras nações.
The graphic above allows to watch the evolution of the average attendances in the last seasons, showing the huge differences between the several European leagues, allowing to understand football's penetration, globally the biggest sport, however not so in each country, contrary to what people may think in Portugal, believing in the mediatic relevance given to a little part of the Portuguese football, in comparison with other nations.

Taxa de Ocupação/Occupancy Rates 11/12

Os dados sobre as assistências médias não determinam totalmente o grau de importância ou a relação do futebol com o país, com a população. As taxas de ocupação revelam a outra parte, ou seja, os estádios dos clubes devem reflectir o grau de ocupação, o grau de apoio que um clube terá naturalmente, quando se efectuam obras de melhoramento, de alargamento, estas devem existir em função de uma maior procura. Assim, é natural que as taxas de ocupação sejam um melhor reflexo do futebol de um país.

O melhor exemplo disso é a Holanda. Os estádios dos clubes holandeses são adaptados ao público, aumenta-se, reduz-se, melhora-se em função da procura, do aumento do número de adeptos, o que leva a que a Eredivisie se mantenha bem perto da Bundesliga e da Premier League inglesa no que à ocupação diz respeito, com taxas fabulosas de 90 por cento, bem acima das grandes ligas espanhola, italiana ou francesa.

Em algumas ligas, determinados clubes utilizam os estádios nacionais, normalmente palcos amplos, o que acaba por influenciar fortemente os resultados. Um bom exemplo disso é a utilização do Luzhniki por alguns clubes russos baixa a taxa de ocupação na liga russa para pouco mais de 50 por cento, apesar de existir um incremento de espectadores e nas ocupações de quase todos os estádios. A Bielorrússia também pode servir de exemplo, com o Estádio Dínamo a já nem ser utilizado habitualmente pelo Dínamo Minsk, preferindo um ambiente mais familiar.
 
Note-se a enorme quebra de Itália, bem distante das outras 'cinco grandes', com uma taxa de ocupação pouco acima de 50 por cento, na nona posição deste ranking. Positivamente, destaque-se a Noruega, com 64 por cento de taxa de ocupação, em cima da Bélgica. Ligeiramente acima da metade dos estádios ocupados estão oito ligas, quedando-se Portugal e Ucrânia bem abaixo neste ranking face às assistências médias, 17ª a ucraniana, 19ª a portuguesa!
 
Algo que não consta aqui, mas que observámos nas ligas que possuem segundas fases, é a quebra das assistências e, naturalmente, das taxas de ocupação nessas segundas fases, mesmo nos grupos de luta pelo título, citando-se a Bélgica, Chipre e Escócia como as ligas observadas nesse aspecto!
The data about the average attendances don't determine totally the level of importance or the relation between football and a country, and the population. The occupancy rates reveal the other side. The club stadia should reflect the degree of ocupation, the level of support that a club naturally has, when we have stadia improvements, enlargements, they should reflect the search for the club. Therefore, it is only natural that the occupancy rates are a best reflection of a country's football. 
 
The best example is the Netherlands. The Dutch stadia are adapted to their public, increase, decrease, improve in relation with the public, meaning that the Eredivise keeps close with the Bundesliga and the English Premier League in this percentage numbers, having around 90 percent of capacity averaged in those leagues, well above the big Spanish, Italian or French leagues.
 
In some leagues, certain clubs use the National stadia, usually huge, which can influence the results. A good example of that is the Luzhniki stadium in Moscow, that due to the big capacity decreases the occupancy rate of the league to little over 50 percent even if most of the stadia have a bigger rate. Belarus can also serve as example for that, with the Dinamo Stadium now rarely used by Dinamo Minsk, that preferred a more familiar environment.
 
Note the huge downfall of Italy, well behind the other 'five big', with an occupancy rate little over 50 percent, in 9th of this ranking, in an eight nation battle. Positively Norway with 64 percent, just besides Belgium. Portugal and Ukraine are well below their attendances ranking, being here in 17th, Ukraine, and 19th Portugal.
 
Something that isn't in the graphics but was observed is the fact that leagues with second phases have these ones with lower occupancy rates and attendances, naturally, even in the title groups, citing Belgium, Cyprus and Scotland as the leagues looked in that aspect!

Evolução das Taxas de Ocupação/ Evolution of the Occupancy Rates

Claro que também aqui é impossível dissociar a variação das taxas de ocupação das subidas e descidas, observando-se por exemplo à variação de cinco por cento em Inglaterra e França nestas quatro épocas com números apresentados.

Naturally, it is also impossible to dissociate the varying in the occupancy rates from the promotions and relegations, observing for instance the 5 percent vary in these years both in the English Premier League and the French Ligue 1.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Play-off Liga Europa


A Liga Europa viu hoje disputarem-se as idas do play-off de acesso à fase de grupos 12/13.

Uma quantidade de partidas por toda a Europa, da Madeira a Makhachkala.

Ontem foi disputado o primeiro desafio, logo entre dois clubes de fortes campeonatos, Estugarda e Dínamo Moscovo, com o bósnio Ibisevic a decidir a favor dos germânicos com um bis sem resposta da equipa capitaneada pelo germano-brasileiro Kuranyi.

Ibisevic voltou a decidir, deixando os russos pelo caminho.

Escrevendo após o término da segunda mão deste acesso, com várias surpresas, volte-faces inesperados e finais dramáticos.

Neftchi Baku (Aze) 1-1/3-1 APOEL Nicósia (Cyp)

Dois golos separados por um minuto, no final da partida, consagram uma importante vantagem para os cipriotas, com o golo a ser da autoria do franco-tunisino Benachour, que já passou pela liga portuguesa e entrou ao intervalo para o lugar de Hélder Sousa. Também titulares no APOEL foram os habituais Hélio Pinto, Nuno Morais e os reforços Mário Sérgio e Zuela.

Três remates, três golos e os azeris surpreendem o APOEL em sua casa, deixando pelo caminho a surpresa da Liga dos Campeões 11/12. Temos pena pela saída do conjunto cipriota, pelos portugueses e por ter sido o patinho feio na época transacta.

Anzhi (Rus) 1-0/5-0 AZ Alkmaar (Ned) - O gigante Lacina Traoré foi o autor do golo solitário que coloca os comandados de Guus Hiddink com uma boa almofada para a viagem à Holanda, estando ainda tudo em aberto.

Após a segurança da primeira mão, o Anzhi Makhachkala trucidou o AZ, revelando tremenda eficácia na concretização. Guus Hiddink ainda não terá a equipa a jogar à sua imagem, contudo há que ter em conta a equipa do Daguestão... mesmo para o título.

Tromso (Nor) 3-2/0-1 Partizan (Srb) - Jogo muito mais espectacular do que se previa, com o Tromso a chegar à vantagem por 1-0 e 3-1, mas os sérvios a irem sempre atrás e, apesar da derrota, a terem hipóteses de colocar o campeão balcânico numa fase de grupos.

Acabou por se fazer justiça, com o Partizan a atacar e a conseguir o golo que também vale milhões, mesmo que menores, aos 75 minutos por Ivan Ivanov.

Ekranas (Lit) 0-2/0-3 Steaua Bucareste (Rou) - Os lituanos não conseguiram contrariar o favoritismo romeno com a eliminatória a estar decidida, salvo algo estranhíssimo.

O Steaua confirmou a sua condição.

Atromitos (Gre) 1-1/0-1 Newcastle (Ing) - Enorme surpresa na Grécia, onde o favorito e bem mais forte Newcastle a lançar um misto de titulares e jovens no XI de arranque, sofrendo um golo antes da meia-hora e apenas conseguindo empatar. A eliminatória deverá cair para o norte de Inglaterra de qualquer forma.

Alan Pardew voltou a colocar algumas alternativas como titulares e fez uma exibição q.b., criou situações mas apenas marcou um golo. De qualquer forma, o Newcastle é outra das equipas a ter em conta, faltando saber se o técnico vai valorizar a prova europeia ou focar-se mais internamente.

Sheriff Tiraspol (Mda) 1-2/0-0 Marselha (Fra) - Outro embate bem mais equilibrado do que esperado, com o Marselha a agradecer a Jordan Ayew pela vantagem, apesar de se ter apresentado na máxima força não foi convicente, mas também estará com pé e meio na fase de grupos. João Pereira não esteve nas escolhas de Stoichita, treinador do Sheriff.

O Marselha segue sem convencer, em mais uma exibição gaulesa que oferece passagem mas não deslumbra, nem de perto, nem de longe.

Molde (Nor) 2-0/2-1 Heerenveen (Ned) - Nos bancos dois exímios goleadores, Solskjaer que levou o Molde ao primeiro título norueguês da sua história e van Basten que assumiu as rédeas do Heerenveen esta época, com vantagem para o 'Babyface killer', o que garante uma interessante possibilidade do campeão nórdico rumar à outra fase de grupos. Os holandeses têm as suas equipas em maus lençóis esta época.

O campeão norueguês eliminou os holandeses, confirmando o mau momento da Eredivisie, no que à Europa diz respeito.

AIK Solna (Swe) 0-1/2-0 CSKA Moscovo (Rus) - Honda de regresso às decisões nos moscovitas e o poder russo a continuar a sua afirmação. O CSKA estará já a olhar para a fase de grupos.

Uma das enormes surpresas desta ronda. Depois do CSKA ter vencido na capital sueca, estranha-se a derrota caseira, mais uma determinada por uma eficácia a 100 por cento, dois golos em dois remates na baliza, o que valeu a passagem aos 93 minutos de jogo...

Légia Varsóvia (Pol) 1-1/1-2 Rosenborg (Nor) - Os polacos chegaram ao intervalo na frente, no entanto Dockal aos 80 minutos abriu bem mais a eliminatória a favor do histórico norueguês. Ainda tudo em aberto.

Ljuboja até deu aos polacos uma esperança de passagem, mas o Rosenborg deu a volta na segunda parte, garantindo presença na fase de grupos.

Slovan Liberec (Cze) 2-2/2-4 Dnipro (Ukr) - Os ucranianos estiveram mais afoitos, mas um penalti em cima da hora deu o empate à casa. Matheus continua a mostrar qualidade no Dnipro. O ex-bracarense apontou o segundo dos ucranianos numa altura em que a vantagem era de 0-2.

Enorme partida em Dnepropetrovsk, uma expulsão para os checos aos 25 minutos, com golo de grande penalidade; segundo penalti à hora de jogo e parecia triunfo garantido... Nada disso, Breznanik e Kelic igualaram a eliminatória a 20 minutos do final do jogo, tudo empatado até a grande promessa ucraniana, Konoplyanka, ter apontado o 3-2, com Kalinic a apontar o quarto, confirmando uma passagem que nunca deveria ter sido colocada em causa.

Lucerna (Sui) 2-1/0-2 Genk (Bel) -Vossen igualou o marcador no primeiro remate dos belgas, obrigando o Lucerna a trabalhar voltar a ganhar vantagem depois do búlgaro Rangelov ter feito o primeiro da partida logo aos sete minutos.

Uma expulsão no primeiro tempo acabou por decidir o desfecho, justo contudo face a tamanho massacre dos belgas.

Bursaspor (Tur) 3-1/1-4 (a.p.) Twente (Ned) - Desta feita não foi Pinto a marcar, antes Batalla a bisar num confronto onde o Bursaspor foi superior, apesar de ter começado a perder face aos comandados de McClaren.

Sebastian Pinto marcou o golo turco em cima do descanso, igualando a um a deixando a eliminatória descaída para sul, mas os holandeses conseguiram assumir a partida, levando o jogo para prolongamento já com o Bursaspor reduzido a 10, sendo herói Leroy Fer, que abriu o marcador de grande penalidade e apontou o golo que valeu 1,3 milhões de euros!

Dínamo Bucareste (Rou) 0-2/1-2 Metalist Kharkiv (Ukr) - Os 'cães vermelhos' dificilmente conseguirão vencer na Ucrânia, com a terceira força da Ucrânia a assegurar praticamente a ida à fase de grupos.

Os sul-americanos desmontaram os romenos, desta feita com tentos de Blanco e Cristaldo.

F91 Dudelange (Lux) 1-3/0-4 Hapoel Telavive (Isr) - Um auto-golo aos quatro minutos minou as chances dos luxemburgueses num resultado fechado na primeira meia-hora. Joachim voltou a marcar pelo F91, o que lhe poderá finalmente oferecer a oportunidade de mostrar valor numa liga profissional.

Já sem Joachim, emprestado ao Willem II, foi um triunfo israelita fácil, com Joel Pedro a estrear-se nos luxemburgueses.

Feyenoord (Ned) 2-2/0-2 Sparta Praga (Cze) - Mais um jogo complicado para um clube holandês, onde o histórico de Roterdão até esteve dois golos abaixo, somente empatando nos descontos da partida. Apesar de muito atacar, a equipa de Ronald Koeman não vai ter tarefa fácil na capital checa.

O histórico de leste prevaleceu e o Feyenoord junta-se ao lote de clubes holandeses fora da Europa ainda antes da fase de grupos.

Trabzonspor (Tur) 0-0/0-0 (2-4 pen) Videoton (Hun) - Paulo Sousa conseguiu um nulo em Trabzon, onde até foram os magiares a disporem de mais oportunidades, ficando tudo para decidir na Hungria. Filipe Oliveira, Caneira e Stopira foram titulares, entrando Renato Neto aos 80 minutos.

Paulo Sousa pode agradecer aos deuses da bola, pois o Trabzonspor foi mais perigoso na partida de volta, contudo o nulo manteve-se e as grandes penalidades favorecer a equipa com lusos.

Midtjylland (Dnk) 0-3/2-0 Young Boys (Sui) - A equipa da capital suíça não brincou, percebeu a sua superioridade e brindou os dinamarqueses com três golos sem resposta, assumindo a partida como deve ser e decidindo a eliminatória desde já, sem sobrancerias...

Um vermelho e uma grande penalidade a 15 minutos do final assustaram os suíços que sofreram dois golos e começaram a olhar para o relógio bem mais do que terão antecipado.

Debrecen (Hun) 0-3/1-4 Club Brugge (Bel) - Uma expulsão em cima do intervalo para a equipa da casa fez pender a balança para os belgas que, dessa forma, mataram a eliminatória na primeira mão.

O campeão húngaro levou mais uma derrota pesada, noutra partida condicionada por uma expulsão.

Lokeren (Bel) 2-1/0-1 Viktoria Plzen (Cze) - Mais um confronto equilibrado, mais uma grande penalidade nos descontos, com expulsão e o Lokeren a conseguir triunfar mas com muito ainda por dizer na cidade checa da cerveja.

Partida de contenção onde, apesar do golo dos checos ainda no primeiro tempo, os belgas mereceram cair por falta de ambição.

PAOK (Gre) 2-1/0-3 Rapid Viena (Aut) - Os austríacos marcaram cedo, numa das poucas vezes em que foram à baliza adversária, mas a equipa de Salónica deu a volta chegando ao tento do triunfo já reduzida a 10 unidades!

Passagem justa apesar do resultado mais dilatado do que o jogo mostrou.

FC Vaslui (Rou) 0-2/2-2 Inter Milão (Ita) - Domínio total e avassalador dos italianos sobre os comandados de Sumudica, com golos de Cambiasso e Palacios no jogo 800 do capitão Zanetti! O jogo no Giuseppe Meazza será quase pró-forma.

A expulsão do guardião do Inter e um penalti convertido serviu para assustar todo um gigante palco transalpino, mas Sumudica - antigo avançado do Marítimo - não conseguiu que o Vaslui entrasse para a história eliminando o Inter em casa deste. Fica o registo do golo do luso-cabo-verdiano Varela pelos visitantes e do 2-2 por Freddy Guarín.

Slask Wroclaw (Pol) 3-5/1-5 Hannover (Ale) - O jogo da noite, oito golos, emoção, o que se quer de um espectáculo futebolístico, sempre com o gaiense Sérgio Pinto em bom plano no Hannover, um dos eternos esquecidos dos seleccionadores lusos. Andreasen abriu e fechou o marcador, tendo o ex-boavisteiro Kazmierczak apontado um dos golos da equipa da casa. O Hannover tem tudo para seguir na prova, ficando mais um campeão nacional pelo caminho.

Kazmierczak abriu o marcador mas viu Jodlowiec expulso aos 21 minutos... daí até à goleada foi um passo.

Hearts (Sco) 0-1/1-1 Liverpool (Ing) - Num derby da Grã-Bretanha um auto-golo de Webster aos 78 minutos deu a importante vantagem aos ingleses, que não deixarão fugir a passagem em Anfield.

Serviços mínimos e o Liverpool de Rodgers continua a não jogar. A cinco minutos do fim sofreram o golo que daria prolongamento, mas Luis Suárez ofereceu mais uma passagem aos 'Reds'. Olhando para as equipas inglesas, o comentário que deixámos no Newcastle estende-se ao Liverpool, a ver como abordam a Liga Europa...

Motherwell (Sco) 0-2/0-1 Levante (Esp) - Numa altura complicada do futebol escocês, adversários de ligas inglesa e espanhola era do pior que podia acontecer, ficando o Motherwell também a ver a fase de grupos da Liga Europa por um canudo.

Gekas reforçou a passagem já assegurada do Levante.

Marítimo (Por) 1-0/2-0 Dila Gori (Geo) - O suplente Fidelis aliviou Pedro Martins, com o seu golo a determinar uma importante vantagem madeirense na longuíssima viagem à Geórgia.

Bem montada, a equipa de Pedro Martins marcou cedo, geriu, teve em Salin uma árvore cheia de ramos na baliza e, apesar da atitude de Rodrigo António, segurou bem atrás e ainda fez um segundo golo entrando na história do futebol português, que pela primeira vez coloca seis representantes em fases de grupos de competições europeias.

Athletic (Esp) 6-0/3-3 HJK (Fin) - Respeitar uma equipa é isto. Os bascos não brincaram, não se acharam superiores e mostraram em campo que são realmente mais fortes. Ao invés de engasgar no jogo da primeira mão, resolveram e podem gerir o jogo na Finlândia, descansando algumas peças.

Com tudo decidido, um jogo aberto, com golos e Bielsa a aproveitar para colocar alguns suplentes no arranque da partida, como se esperava, aliás.

Horsens (Dnk) 1-1/0-5 Sporting CP (Por) - Os dinamarqueses foram cínicos, marcaram cedo e tiveram um guarda-redes em grande forma, mas o Sporting tem que concretizar bem mais. O golo de Carrillo acabou por deixar a eliminatória pendente para Alvalade, onde os 'leões' deverão carimbar a ida à fase de grupos.

Depois da primeira mão trémula em resultado, o Sporting conseguiu mostrar a superioridade que tinha sobre os dinamarqueses goleando e assegurando o bilhete.

Estrela Vermelha (Srb) 0-0/2-3 Bordéus (Fra) - Jogo fraquinho cujo nulo indica bem o que sucedeu no Marakana.

Segunda mão que pode dar que falar, numa partida imprópria para cardíacos, especialmente bordaleses que se viram atrás no marcador durante o segundo tempo, viraram aos 70 minutos, com Mikic a empatar a dois aos 90 minutos, parecendo que os sérvios seguiriam para a fase de grupos. Nada disso, uma grande penalidade nos descontos assegurou à equipa francesa a passagem.

Mura (Slo) 0-2/1-3 Lázio (Ita) - Dois remates encaixados na baliza e dois golos, numa partida que pediria a vantagem mínima apesar dos romanos terem atacado mais.

Massacre da Lázio e os três golos são quase escassos para tantos remates.

Zeta (Mne) 0-5/0-9 PSV (Ned) - A única equipa holandesa a fugir ao descalabro e a garantir desde já a passagem à fase de grupos.

Com a eliminatória decidida, o PSV actuou no Phillips Stadion com um misto de titulares e suplentes, marcando três golos nos primeiros 15 minutos e de seguida... tarde/noite negra para a equipa montenegrina.

Equipas presentes no sorteio:
Pote 1 - Atlético Madrid (Esp); Inter Milão (Ita); Olympique Lyon (Fra); Liverpool (Ing); Marselha (Fra); Sporting CP (Por); PSV Eindhoven (Ned); Tottenham (Ing); Bayer Leverkusen (Ale); Bordéus (Fra); Twente (Ned); Estugarda (Ale);

Pote 2 - Basileia (Sui); Metalist Kharkiv (Ukr); Panathinaikos (Gre); Athletic Bilbao (Esp); FC Copenhaga (Dnk); Fenerbahce (Tur); Rubin Kazan (Rus); Nápoles (Ita); Udinese (Ita); Club Brugge (Bel); Hapoel Telavive (Isr); Hannover (Ale);

Pote 3 - Lázio (Ita); Steaua Bucareste (Rou); Sparta Praga (Cze); Rosenborg (Nor); Newcastle (Ing); Young Boys (Sui); Levante (Esp); Genk (Bel); Borussia Monchengladbach (Ale); Partizan (Srb); Viktoria Plzen (Cze); Dnipro (Ukr);

Pote 4 - Helsingborgs (Swe); Marítimo (Por); Rapid Viena (Aut); Académica (Por); Anzhi Makhachkala (Rus); Maribor Branik (Slo); AIK Solna (Swe); AEL Limassol (Cyp); Ironi Kiryat Shmona (Isr); Molde (Nor); Videoton (Hun); Neftchi Baku (Aze).


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Zenit vs Rubin Kazan



Falar do Rubin Kazan é abordar o protótipo do clube russo do século XXI, ou clube europeu, observando os recentes investimentos em determinadas agremiações desportivas em várias nações da Europa.

Fundado em pleno regime soviético, o Rubin não se pode considerar um clube do regime, no que à URSS diz respeito, uma vez que sempre se manteve na obscuridade, nos escalões inferiores da antiga potência mundial até ao desmembramento desta.

Apesar de equipa de sucesso recente, a sua localização faz parte da história da Humanidade, em plena capital da Tartária, outrora região que se estendia por toda a Tundra e Estepe asiática, do Mar Cáspio até ao Pacífico, incluindo territórios como a Sibéria, a Mongólia ou a Manchúria. A influência da Tartária é tal que é presença ficcional em obras de Nabokov, Dickens, Shakespeare, nas Viagens de Gulliver ou na derradeira ópera de Puccini, estando também bem presente na culinária (bife tártaro).
 A Tartária ou Tatarstão actual situa-se no Planalto Leste Europeu, estendendo-se até aos Montes Urais, a 800 km de Moscovo. Apesar de ter declarado a Soberania em 1992, como tantas outras repúblicas soviéticas, acabou por não se tornar independente sendo uma das 21 repúblicas que constituem a Federação Russa.

Como tantos outros clubes de província, apesar de situado numa das principais cidades russas, o Rubin Kazan sentiu sempre dificuldades em se afirmar no contexto futebolístico nacional, mesmo após a passagem do presidente a líder da cidade de Kazan.

Para quem não sabe, a desagregação do regime soviético levou a que a Rússia se transformasse numa oligarquia, com o poder concentrado num pequeno número de indivíduos que souberam explorar e tirar partido do caos gerado com o fim da URSS para tomarem conta da economia local, notando-se que as repúblicas autónomas e mesmo alguns Oblast são liderados por figuras com muito capital que emergiram ‘do nada’ durante a década de 90 e no século que vivemos actualmente.

A chegada de Kamil Ishkarov ao topo da municipalidade de Kazan abriu outras possibilidades ao Rubin Kazan, recuperando jogadores para o clube, mas com a nuance de haver o limite à subida de somente um clube daquela zona do país. Corria o ano de 1997 e mesmo com a contratação de jogadores e técnicos consagrados da capital, Moscovo, o clube não conseguia chegar ao mais alto patamar.

Por muita competência que possuam, é sempre complicado, especialmente num país tão vasto e com tantas nações englobadas, um treinador sair da cosmopolita Moscovo para rumar a Kazan, o que levou ao não sucesso de treinadores como Sadyrin.

O sucesso do Rubin Kazan não pode ser dissociado de um nome, o seu ainda técnico Kurban Berdiyev, turqueme de nascimento, campeão no Turquemenistão, figura pouco conhecida à altura no universo futebolístico, de personalidade fechada, bastante religioso, mas cuja competência transformou um clube menor num dos poucos a quebrar o domínio das duas metrópoles russas, Moscovo e S. Petersburgo, imitando o feito do Alania Vladikavkaz em meados dos anos 90, de uma forma mais consistente.

Berdiyev chega em 2001 a Kazan e tudo mudou. O título da I Divisão em 2002 e na estreia absoluta na Primeira Liga alcança logo um 3º lugar. Tacticamente culto e inteligente, Kurban Berdiyev conseguiu transformar um clube ‘inexistente’ na grande força futebolística da Rússia Central, alicerçado no 4-4-1-1 ou 4-2-3-1, por vezes variando mais ofensivamente mas sempre com enorme rigor táctico, o que lhe valeu o bicampeonato em 2008 e 2009, uma taça russa em 2012 e duas supertaças em 2010 e 2012, esta a expensas do Zenit.

A influência do turqueme no clube é tal que acumula também o cargo de vice-presidente, faltando ao clube de Kazan a afirmação no contexto europeu, onde têm passado pelas fases de grupos da Liga dos Campeões (2009 e 2010), contudo caíndo sempre para a Liga Europa e somente atingindo os oitavos de final em 09/10.

Sobre Berdiyev ainda há que sublinhar tratar-se do mais antigo técnico no mesmo clube das duas principais divisões russas, somando já 11 anos à frente dos destinos do Rubin Kazan.

Esta época, a primeira em que a Rússia passa a actuar entre anos, ao invés de fazer a liga corresponder com o ano civil, o Rubin abriu com o triunfo sobre o campeão na Supertaça por 2-0, com golos do italiano Bocchetti e de Dyadyun.

A liga começou, no entanto, com uma derrota face ao FK Krasnodar de Márcio Abreu. Fugindo ao habitual modelo, Berdiyev montou uma equipa teoricamente ofensiva, mas à qual faltava linha, abertura, flanco, adaptando um central recém-contratado à esquerda, Marcano, e descaíndo Dyadyun para o flanco, perdeu profundidade, o que permitiu ao Krasnodar chegar ao 2-0, somente reduzindo o Rubin através de uma grande penalidade convertida pelo israelita Natkho, elemento preponderante no miolo dos tártaros.

Na segunda jornada o Rubin Kazan defrontou o regressado Alania, campeão russo em 1995, mas que passou por um mau bocado em anos recentes, originário da problemática Ossétia do Norte, cujo nome é independentista, em memória aos Alanos, povo ancestral desta zona caucasiana, antecessor dos Ossetes, numa região onde ainda existem muitos conflitos, quer entre as Ossétias, a Geórgia, a Chechénia.


Berdiyev regressou ao seu esquema mais habitual, o 4-4-1-1, mantendo Marcano como defesa sobre a esquerda e posicionando o argentino Ansaldi, lateral de raíz, como médio esquerdo, actuando Ryazantsev, médio centro de base, como médio direito, algo comum neste Rubin. O basco Orbaiz estreou-se no miolo, libertando Natkho para médio de transição e dando a liberdade que o mais jovem dos irmãos Eremenko, Roman, internacional finlandês mas filho de um antigo futebolista soviético, para jogar na sua posição natural – 10 – atrás de Haedo Valdez. O israelita voltou a fazer o gosto ao pé, por duas vezes, e Dyadyun, entrado no lugar do paraguaio Valdez, também marcou, num triunfo esperado.

Viagem pelo Volga acima na jornada 3 para defrontar o Volga Nizhny Novgorod, com triunfo por 1-2, em equipa já com Marcano no centro da defesa a fazer dupla com César Navas e Bocchetti adiantado para a posição 6, num esquema de 4-2-3-1, regressando o buliçoso Karadeniz ao 11 titular e abrindo mesmo o marcador com o maestro Roman Eremenko a apontar o segundo.


O primeiro desafio contra clubes da capital saldou-se com triunfo, 2-0 ao Dínamo Moscovo, com tentos dos dois principais elementos do miolo do Rubin, Natkho e Eremenko, numa partida que marcou a despedida de Haedo Valdez, entretanto emprestado ao Valencia, continuando a não contar com jogadores como Obafemi Martins ou Carlos Eduardo, dados os condicionalismos na utilização de estrangeiros, seis entre 2009 e 2012, sete a partir deste ano, o que limita obrigatoriamente o uso de todas as armas de que o plantel dispõe.

Nesta partida, por exemplo, actuaram os três espanhóis, Navas, Marcano e Orbaiz, o argentino Ansaldi, o israelita Natkho, o turco Karadeniz, que deu lugar ao venezuelano acabado de chegar, Rondón e o paraguaio Haedo Valdez, sublinhando-se que Eremenko, apesar de internacional finlandês, tem dupla nacionalidade, não contando. O jovem Gokhan Tore, o ala direito que o clube não tinha, também ainda não teve possibilidades de se mostrar.


Na 5ª jornada o jogo foi face ao Spartak Moscovo, uma partida custosa para o Rubin pois apesar do maior domínio moscovita, saíram para o intervalo em vantagem com mais um golo de Natkho, quinto da época, de grande penalidade, e controlaram a segunda parte, sofrendo no entanto o empate a pouco menos de 20 minutos do final e uma grande penalidade aos 84 minutos que lhes impôs a segunda derrota na liga russa.

Berdiyev demorou demasiado tempo a mexer na equipa, notando-se nesta partida o conservadorismo do técnico turquemene. Registo para a estreia de Rondón como titular e para a saída do 11 titular de Ryazantsev, sem que para isso se tivesse estreado Gokhan Tore, ficou no banco, optando antes por fazer descair para o flanco Dyadyun.


A época passada, de transição, Rubin Kazan e Zenit S. Petersburg defrontaram-se quatro vezes, com três empates e um triunfo em Kazan do Zenit por 2-3 com um bis de Danny, sublinhando-se que os empates são o mais habitual entre estes dois clubes, em 2010 e 2009 as quatro partidas terminaram a zero, enquanto em 2011 o Zenti venceu em casa por 2-0 com bis de Kerzhakov e em Kazan observou-se a novo empate a dois.

Na visita ao Petrovsky o Rubin Kazan quererá repetir o feito de 2008, onde venceu por 1-3, na caminhada para o debutante título russo, contudo tal afigura-se como complicado, desde logo pelo arranque de época de ambas as formações na liga, o Zenit invicto e o Rubin já com duas derrotas.

Apesar do favoritismo ser obrigatoriamente do Zenit de Luciano Spaletti, por ser o campeão em título, por actuar em casa, não será descabido acreditar que o Rubin possa obrigar os ‘Sine Belo Golubye’ a ceder o segundo empate consecutivo após o 1-1 em Makhachkala e, observando o que sucedeu na temporada transacta, são expectáveis golos, senão vejamos 2-2, 2-3, 1-1, 2-2 foram os resultados obtidos.

Kurban Berdiyev não deve fugir ao esquema habitual de 4-1-4-1 ou 4-2-3-1, com Ryzhikov na baliza, Kuzmin e Ansaldi nas laterais, César Navas talvez com Bocchetti no centro defensivo. Orbaiz deverá permanecer como médio mais defensivo, com Bibras Natkho na transição e Roman Eremenko assumindo o seu papel de criador, Rondón ainda se mostrou pouco expedito e entrosado com a equipa mas deverá manter o lugar na frente de ataque, com Ryazantsev a entrar novamente para equilibrar o miolo mais à direita, esperando-se que Karadeniz, que gosta de marcar ao Zenit, entre a titular para dar mais dores de cabeça ao capitão Anyukov e a Criscito.


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Liga Europa 12/13



3ª Eliminatória - Liga Europa 02/08 - 09/08

Eskisehirspor (Tur) 1-1 Marselha (Fra) - Franceses claramente favoritos, apesar das remodelações, o peso histórico marselhês prevalece.

Jogo na Turquia favorável aos marselheses, mas bastante fraco... o OM que se cuide.


Heerenveen (Ned) 4-0 Rapid Bucareste (Rou) - O Heerenveen perdeu vários jogadores, destacando-se naturalmente o melhor marcador da Eredivisie 11/12, Bas Dost, o que pode dar possibilidades ao Rapid, mas será um confronto aberto que pode cair para qualquer lado.

O jogo pendeu mais para os holandeses, como o resultado indica, contudo os romenos podiam ter também marcado em eliminatória decidida desde já, ao contrário do que prevíamos. Rui Duarte actuou o tempo todo e Filipe Teixeira entrou nos últimos 25 minutos.
Anzhi (Rus) 2-0 Vitesse (Ned) - Naturalmente, como candidato ao título europeu, o Anzhi Makhachkala é favorito, sendo interessante a visita de Guus Hiddink à sua Holanda.

Outra partida que foi equilibrada, mas onde a eficicácia definiu tudo, sendo crível que o Anzhi continue.
KuPS (Fin) 1-0 Bursaspor (Tur) - O campeão turco de 2010, o Bursaspor é favorito neste embate, apesar da pré-época turca poder equilibrar a contenda.

Uma das grandes surpresas desta ronda, atacou mais o Bursaspor e marcou pelo KupS Sander Puri!
Arsenal Kiev (Ukr) 3-0 Mura (Slo) - Depois da surpresa anterior, o Mura não deverá sair vitorioso. No entando, o Arsenal Kiev pouco ou nada tem a ver com os colossos ucranianos, o que abre uma janela de oportunidade para o pequeno clube esloveno.

Jogo de sentido único, três golos que podiam ter sido mais e eliminatória praticamente decidida.
Dila Gori (Geo) 0-1 Anorthosis Famagusta (Cyp) - Apesar do feito georgiano, é de crer que o Anorthosis avance.

O Anorthosis fez mais e aproveitou a expulsão na casa perto da hora de jogo, apontando o tento da vitória o eterno Okkas. Paulo Jorge jogou os 90 minutos em eliminatória que também estará já praticamente definida.
Bnei Yehuda (Isr) 0-2 PAOK Salónica (Gre) - Historicamente o favoritismo é grego, mas o recente caos helénico pode dar hipóteses aos israelitas, ainda que não seja uma equipa muito convincente. Fica uma aposta aqui para surpresa, de qualquer forma.

O PAOK não vacilou e impede uma surpresa que poderia suceder.
Tromso (Nor) 1-1 Metalurg Donetsk (Ukr) - O Metalurg trucidou o oponente, o Tromso não foi nada convincente, como tal favoritismo para os ucranianos.

Um auto-golo em cima do final da partida deu um resultado bem sorridente aos ucranianos.
Ruch Chorzow (Pol) 0-2 Viktoria Plzen (Cze) - Confronto de 'vizinhos', teoricamente equilibrado, mas que deverá cair para os checos.

Como se esperava, os checos assumiram a liderança, estando com pé e meio na próxima ronda.
Horsens (Dnk) 1-1 Elfsborg (Swe) - Desilusão na eliminação dinamarquesa do AGF, equipas suecas sem convencer... o que dizer? Provavelmente, duas partidas pouco emocionantes e o factor 'sorte' a definir a passagem.

Jogo bem mais animado do que esperado, um 1-1 com várias situações de golo. Uma grande penalidade nos descontos deu o empate para a equipa da casa.
APOEL Nicósia (Cyp) 2-1 Aalesund (Nor) - Favoritismo para os cipriotas.

O APOEL foi surpreendido no único remate norueguês, logo nos primeiros 20 minutos, mas o lateral direito Mário Sérgio apontou o empate e a equipa da casa deu a cambalhota, mas tudo em aberto, com Hélio Pinto, Nuno Morais e Zuela no 11 e Hélder Sousa a entrar no segundo tempo.
Ried (Aut) 2-1 Légia Varsóvia (Pol) - O Légia tem mais nome, o Ried vem de um campeonato mais equilibrado financeiramente. Vamos apostar no Légia, apesar de ser mais provável a passagem dos austríacos.

Jogo equilibrado, expulsão e grande penalidade que acabaram por dar vantagem austríaca, mas os polacos reduziram já com 10, deixando-os confiantes para a partida na capital polaca.
AIK Solna (Swe) 3-0 Lech Poznan (Pol) - Outro embate que se prevê poder ir para qualquer lado. Os suecos terão ligeira vantagem.

AIK decide tudo em casa.
Kalmar (Swe) 1-0 Young Boys (Sui) - O Kalmar esteve bem face ao Osijek, o Young Boys foi bafejado pela sorte das grandes penalidades. Olhando para a eliminatória anterior, dir-se-ia que o Kalmar parte em vantagem.

Mais situações criadas pelo Kalmar, ganhando uma vantagem que, contudo, não é ainda decisiva.
Servette (Sui) 1-1 Rosenborg (Nor) - Tarefa árdua para João Alves e seus pupilos. O Servette começa-se a recompôr ao passo que o Rosenborg procura regressar aos tempos europeus. A balança pende para os nórdicos.

Com Barroca na baliza, saiu na frente a equipa suíça mas os noruegueses empataram nos derradeiros 10 minutos inclinando a balança para o seu lado. Mike Gomes também foi titular, enquanto Poceiro Lopes entrou no segundo tempo, não saindo Thierry Moutinho do banco.
Twente (Ned) 2-0 Mlada Boleslav (Cze) - Twente favorito à passagem, como natural.

Massacre do Twente e resultado escasso para tamanho domínio.
Genk (Bel) 2-1 Aktobe (Kzk) - O Genk é favorito, mas a longa viagem pode surpreender os belgas.

O inesperado golo dos casaques abre a eliminatória para a partida em plena Ásia.
Asteras (Gre) 1-1 Marítimo (Por) - O Marítimo tem todas as condições para seguir em frente.

Os madeirenses foram surpreendidos, mas Fidélis acabou por colocar justiça no marcador, continuando o Marítimo com o favoritismo.
Steaua Bucareste (Rou) 0-1 Spartak Trnava (Svk) - Mais um embate de vizinhos, com o Steaua a ser favorito.

O Steaua atacou o Trnava marcou - no único remate que fez à baliza romena...
Gomel (Blr) 0-1 Liverpool (Ing) - Uma das eliminatórias com claro favorito. Todas as obrigações são do Liverpool, mas era qualquer coisa a passagem dos bielorrussos... com a certeza que Anfield lacrimejaria.

Um Liverpool de serviços mínimos a ganhar com um solitário golo.
Videoton (Hun) 1-0 Gent (Bel) - Mais duas formações pouco convincentes na ronda anterior, espera-se que o Videoton siga em frente, mas a eliminatória será aberta.

A equipa de Paulo Sousa venceu uma partida fraquinha, com Caneira, Filipe Oliveira e Stopira a titulares e com Renato Neto a estrear-se pelos magiares, entrando perto do final do jogo.
Estrela Vermelha (Srb) 0-0 Omónia Nicósia (Cyp) - Dois históricos nos seus países, de dimensões europeias distintas, com o Estrela Vermelha a partir à frente, mas cuja eliminação não será uma surpresa.

O Omónia fez muito mais por vencer, esperando-se que o concretize na partida de volta ante um Estrela Vermelha muito cinzento. Nuno Assis e Margaça foram substituídos por Fredy e João Alves, Marco Soares actuou o tempo inteiro e Bruno Aguiar também entrou na segunda parte.
Hajduk Split (Cro) 0-3 Inter Milão (Ita) - O primeiro teste ao novo Inter de Stramaccioni. Será interessante verificar a qualidade de jogo, antecipando-se a passagem dos 'nerazzurri'.

Sem surpresa, os italianos já decidiram a eliminatória.
Dundee United (Sco) 2-2 Dínamo Moscovo (Rus) - Tempos houve em que o futebol escocês impunha respeito, o que não sucede hoje. O Dínamo é claramente favorito, reforçado no forte investimento dos principais clubes russos.

Jogo bastante animado, com os moscovitas a recuperarem duas vezes no marcador, continuando como favoritos à passagem.
St. Patrick's Ath (Eir) 0-3 Hannover (Ale) - O Hannover tem obrigação de vencer ambos os confrontos.

Sérgio Pinto continuará em prova sem surpresa.
Athletic Bilbao (Esp) 3-1 Slaven Koprivnica (Cro) - Os bascos também são favoritos.

Os croatas ainda marcaram um golo na 'Catedral', mas a eliminatória não deverá fugir ao Athletic.
FK Sarajevo (BiH) 2-1 Zeta (Mne) - 'Derby jugoslavo' que deverá cair para a equipa bósnia.

O Sarajevo dominou totalmente a partida, mas um golo em cima do intervalo para os montenegrinos dá-lhes algum alento. Ainda assim, os bósnios são mais equipa.
Vojvodina Novi Sad (Srb) 2-1 Rapid Viena (Aut) - Será que Moreira consegue surpreender os austríacos? Acreditamos que sim, apesar do favoritismo ser dos vienenses.

Com Moreira a tempo inteiro, viu-se em Novi Sad o 2-0 aos 94 minutos e o 2-1 aos 96 minutos!
Admira (Aut) 0-2 Sparta Praga (Cze) - Outro jogo entre vizinhos, onde o Sparta Praga deve passar, apesar das impressões engraçadas do Admira na eliminatória anterior.

Maior eficácia checa e passagem também praticamente decidida.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Liga dos Campeões 12/13


3ª Pré-eliminatória - 31/07-01/08 - 07-08/08

Slask Wroclaw (Pol) 0-3 Helsingborgs (Swe) - Olhando para a preliminar anterior, ficamos divididos, mas tendemos a atribuir ligeira vantagem aos suecos. Estando a equipa sueca em plena liga, ainda que com menor fulgor, está rodada face a uns polacos que não foram tão convincentes quanto se esperaria face ao Buducnost.

A eliminatória anterior indiciava e sucedeu. O Helsingborgs tem passo e meio no play-off de acesso à Liga dos Campeões, devendo ficar pelo caminho o ex-boavisteiro, entre outros, Kazmierczak.

BATE Borisov (Blr) 1-1 Debrecen (Hun) - Os bielorrussos já têm nome na Liga dos Campeões, como crónicos campeões, enquanto o Debrecen está aquém da história futebolística magiar. A equipa mais a leste parte à frente.

Resultado muito interessante para os húngaros, que ainda podia ter sido melhor não fosse o auto-golo sofrido nos descontos. Um golo em dois remates é excelente eficácia, mas o BATE pode ir vencer a Debrecen.

Dínamo Kiev (Ukr) 2-1 Feyenoord (Ned) - Um confronto quente, entre dois históricos, entre duas filosofias tão distintas quanto assentes em duas escolas de referência na história d'O Belo Jogo, futebol científico vs futebol total, ainda que já distantes dessa criações escolásticas! O Dínamo Kiev arranca como favorito, alicerçado num forte investimento este ano para se aproximar e quebrar o domínio do Shakhtar, contudo é de esperar dois belos jogos.

Com Miguel Veloso a assistir no primeiro golo do Dínamo Kiev, apontando o livre que resultou em auto-golo, os donos do terreno viraram um resultado adverso mas o 2-1 deixa tudo em aberto.

AEL Limassol (Cyp) 1-0 Partizan (Srb) - A comunidade lusófona do AEL tem uma viagem complicada, sendo o Partizan favorito pelo património histórico, mas acreditamos que pode acontecer aqui uma surpresa, até porque o AEL Limassol está empenhado em imitar o feito do APOEL na época transacta.

O antigo academista Vouho deu uma preciosa e merecida vantagem à equipa cipriota, com Dossa Júnior, Jorge Lourenço, Carlitos, Marco Airosa, Dedé e Gilberto no '11' titular, Rui Miguel entrou à hora de jogo enquanto Paulo Sérgio se quedou pelo banco.

Motherwell (Sco) 0-2 Panathinaikos (Gre) - Jesualdo Ferreira não se pode queixar da sorte, que 'eliminou' o Glasgow Rangers, oferecendo um lugar na liga milionária ao 'inocente' Motherwell. Os escoceses não têm qualquer obrigação e uma não passagem da equipa de Atenas será um verdadeiro fracasso para as hostes lideradas pelo técnico mirandelense.

Com Zeca a realizar os 90 minutos, os helénicos deram um passo de gigante rumo ao play-off.

H. Kiryat Shmona (Isr) 4-0 Neftchi Baku (Aze) - Um confronto aberto, que pode cair para qualquer dos lados, entre duas formações mais conhecidas pela defesa sólida, onde um golo nos dois jogos pode fazer total diferença.

Os israelitas provaram que têm mesmo melhor defesa, goleando o Neftchi e decidindo uma eliminatória que prevíamos bem mais equilibrada. Uma grande penalidade em cima do intervalo acabou por servir de tónico para o Hapoel Kiryat Shmona atropelar os azeris.

Molde (Nor) 0-1 Basileia (Sui) - Apesar da sangria, o campeão suíço parte em vantagem. Os africanos do Molde, no entanto, podem surpreender, nomeadamente Angan.
Anulado Angan, expulso aos 27 minutos, o Basileia acabou por vencer sem convencer, com o Molde, mesmo reduzido a 10, a criar mais oportunidades, sofrendo o golo no último quarto de hora pelo suplente camaronês Zoua. A expulsão de Angan tem duplo efeito negativo pois afasta o jovem costa-marfinense do jogo na Suíça.

Maribor (Slo) 4-1 F91 Dudelange (Lux) - Zahovic, director desportivo do Maribor, deve estar mais apreensivo... ou talvez não. Eslovenos e bósnios aguardavam, com certeza, o oponente austríaco, aquando do início da 2ª ronda preliminar, vendo-se agora face aos amadores do F91, o que não deixa de ser um mimo teórico. Os luxemburgueses partirão com confiança após 'abaterem' o Red Bull Salzburg. Mais uma surpresa não será de espantar, com o F91 a conseguir mais um 'escalpe', sendo que a partida de ida definirá muito da eliminatória onde, apesar de tudo, o Maribor entra com vantagem.

Os luxemburgueses até remataram mais, mas apenas conseguiram marcar nos descontos, sempre Joachim, num jogo que correu melhor do que os eslovenos esperavam e deixa óptimas perspectivas de passagem para o Maribor. O internacional luxemburguês de ascendência lusa Daniel da Mota actuou os 90 minutos.
Sheriff Tiraspol (Mda) 0-1 Dínamo Zagreb (Cro) - Embate de centrais lusos, com o jovem João Pereira a defrontar Tonel. Os croatas são favoritos na eliminatória.

Num jogo muito fraco, foi o montenegrino Beqiraj - um jogador que pede outra liga - a apontar o tento que dá forte vantagem aos croatas, com os centrais portugueses totalistas em ambas as formações.
FC Copenhaga (Dnk) 0-0 Club Brugge (Bel) - Um encaixe interessante onde há 20 anos o favorito seria naturalmente o belga, mas hoje em dia nem tanto. A perda de Dame N'Doye pelo FC Copenhaga é complicada, debilitando bastante o clube dinamarquês, mas é uma eliminatória previsivelmente aberta.

Outra partida muito fraca, com os clubes com maior receio de perder do que vontade em ganhar. Mais uma prova de que os nomes valem o que valem...
Anderlecht (Bel) 5-0 Ekranas (Lit) - O campeão belga tem que assumir o favoritismo. A eliminação do clube de Bruxelas faria títulos na Europa à semelhança do que sucedeu na ronda anterior com o Red Bull.

Sem brincar, golo aos 2 minutos, 3-0 ao intervalo e apuramento garantido...

Fenerbahce (Tur) 1-1 FC Vaslui (Rou) - Duas ligas que andam também em reboliço, com casos de corrupção, mas num embate onde o Fenerbahce parte à frente.

Bom resultado do FC Vaslui na visita a Istambul, em partida onde o triunfo forasteiro não surpreenderia. O Fenerbahce salvou-se no gongo. O cabo-verdiano Varela actuou o tempo todo pelos romenos.
Celtic (Sco) 2-1 HJK Helsínquia (Fin) - O histórico escocês tem obrigação de seguir para o play-off.

O Celtic esteve atrás no marcador... e tem que afinar a pontaria, tantos foram os remates para fora.
CFR Cluj (Rou) 1-0 Slovan Liberec (Cze) - Embate entre vizinhos, com muitos portugueses do lado do clube da Transilvânia, onde se espera que, com maior ou menor dificuldade, o CFR Cluj prossiga em prova.

Jogo de sentido único, com resultado a pecar por escasso. Mário Felgueiras, Ivo Pinto, Cadú e Camora foram titulares, com o capitão Cadú a marcar o golo do triunfo, de grande penalidade, Diogo Valente entrou nos últimos 10 minutos, enquanto Nuno Diogo não saiu do banco.