sábado, 7 de dezembro de 2019

Campeonato de Portugal 19/20 - Primeiro Terço




O terceiro escalão português de futebol fechou o seu primeiro terço, estabelecendo-se aqui essa quebra à ronda 11ª de 34, aproveitando-se aqui para identificar os jogadores mais utilizados em cada emblema e os realces, que se dividiram em quatro categorias: Estrela - Reforço - Surpresa - Debutante. Naturalmente, em vários dos contestantes à competição um nome poderia ocupar os quatro espaços de destaque, porém decidiu-se, pela própria democratização, não existirem replicações, procurando-se trazer o maior número de valores a participarem na prova. Entendeu-se por 'Estrela' o futebolista de maior nome e/ou que mais se mostrou nestas 11 rondas iniciais; o 'Reforço' estabelece aquele que maior diferença está a fazer enquanto novidade no plantel, ou seja, apenas se refere às caras-novas; a 'Surpresa' procura enquadrar a revelação face a épocas anteriores, pode ser estreante ou um nome com menos tempo de jogo em épocas anteriores e que se vai exibindo de forma superior face a esses dados; 'Debutante' refere-se a estreantes na competição ou que somente somaram escassos minutos em anos anteriores.

A cinzento estão os reforços, a vermelho os nomes que já deixaram esse clube, a amarelo os reforços pós-final de Setembro. A idade média do plantel apenas engloba os futebolistas utilizados até à 11ª Jornada e o valor tem como base o final da temporada 19/20, assim como para a média de idade dos 11 jogadores mais usados. As bandeiras representam a nacionalidade primária, para todos os que não têm a portuguesa como tal, enquanto os logótipos reportam-se aos clubes onde foi realizada a formação (pelo menos dois anos consecutivos ou três não consecutivos nos escalões Júnior A, B ou C). No topo encontram-se as redes sociais e sites dos clubes e no lado superior esquerdo está a camisola principal e a marca que fornece os equipamentos. Cada jogador tem o número de jogos realizados, golos marcados e a média de minutos, concernentes apenas ao Campeonato de Portugal 2019/20.

Na margem direita, para além do quarteto escolhido para as quatro categorias supra-mencionadas, está o desempenho de cada equipa na classificação, total, casa e fora e a média de golos marcados e sofridos em cada um desses espaços.

O que facilmente se percebe ao passar pelas centenas de nomes que aqui figuram é a variedade de origens formativas, tantos clubes distintos, o que demonstra e vinca ser a qualidade não definida apenas por determinada escola/academia e há que lembrar e homenagear todos estes emblemas. 

É importante relevar igualmente que os modelos inertes usados não reflectem as ideias tácticas dos treinadores, ainda que por vezes coincidam, pois os onze mais utilizados nem sempre são os 'titulares' e procurou-se ajustá-los às posições respectivas e idealizar um onze possível com eles.

Série A

FC Vizela

Apesar da alteração técnica, o Vizela volta a assumir a liderança da sua série, como nas temporadas anteriores, estando Álvaro Pacheco a mostrar que tem qualidades para tomar as rédeas de uma equipa profissional. Com um novo treinador e novidades em todos os sectores do relvado, o Vizela não vacila e apenas cedeu cinco pontos até ao momento.

Rafa Alves reforça o estatuto na baliza e, por isso, é a escolha como Estrela da equipa, lidera uma defesa de betão num plantel que é o melhor ataque e a melhor guarda da Série A. Não é comum um guarda-redes passar os primeiros anos seniores sem tempo de jogo e, já feito mas ainda bem jovem, conseguir exibir-se como o bracarense tem feito.
Vimos chamando a atenção para Kiko Bondoso há alguns anos, desde que surgiu no seu clube de formação, Moimenta da Beira. Cada desafio seguinte tem sido maior, Ferreira de Aves primeiro, Lusitano Vildemoinhos na temporada passada e agora Vizela, fora da sua Beira Interior, mas sempre com a mesma resposta superior, pode chegar longe e é O Reforço!



Sem nenhum debutante de relevo, fica a surpresa com Francis Cann. O ganês parece estar a ganhar no tempo de passe e posse, ainda tem bastante para aprimorar nos processos de finalização, mas nota-se um processo de maturação e um crescendo claros.

A equipa vizelense é bastante experiente, média perto dos 27,5, seis dos mais utilizados são novidades e a altura média não chega a 1,80 metros.


Sporting Braga B

O Sporting Braga aderiu à Liga Revelação e manteve a equipa 'B', que desceu ao terceiro escalão. A dicotomia entre três equipas seniores profissionais é difícil e 'queimam-se' muitos jovens de valor, pois para a primeira formação apenas entram escassos.

Rui Santos iniciou a época, mas deu lugar a Rúben Amorim, que engatou uma sequência de triunfos a posicionar-se a 'B' minhota em clara contenção pela subida. 

Gonçalo Gregório não é, de todo, um futebolista B, volta a exibir dotes goleadores na prova e reclama de forma evidente tempo de jogo nas ligas profissionais.

Anthony Correia é irmão de Romain Correia do Vitória Sport Clube e chegou a Braga para ocupar os mesmos espaços que o mano no grande rival, foi chegar, ver e vencer na B bracarense.

Tiago Sá deixou uma herança pesada na 'B', foram vários, demasiados para a sua qualidade, a defender as redes secundárias dos 'Gverreiros do Minho', tendo finalmente recebido a promoção de Abel Ferreira, mas relegado novamente para terceiro guardião com Ricardo Sá Pinto. Pensar-se-ia que Ricardo Velho iria assumir a baliza secundária, até pela sua preponderância sobre Rogério Santos na formação sub23, contudo tem sido o mais jovem a ser titular, com sucesso.


Bruno Rodrigues formou-se entre a Margem Sul, Fabril e Vitória sadino, e Braga, ainda com idade júnior, está perfeitamente enquadrado no que se espera de uma equipa 'B', criar o espaço transitório ideal para os jovens de potencial das academias singrarem mais facilmente nas equipas principais. Somou todos os minutos de jogo. Será expectável que tenha oportunidade na equipa principal a breve trecho, só assim faz sentido ter equipas de apoio à primeira.

Merelinense

Orlando Costa retorna aos nacionais e está a guiar o Merelinense a uma temporada acima das expectativas, em clara disputa pelos lugares de acesso ao play-off.

Os reforços trouxeram ainda mais experiência a um plantel já de si bem rodado, como se nota na idade média, acima de 27 nos utilizados, mais de 29 anos para os onze mais. 

Depois de muitos anos nas ligas profissionais, Nelson Pedroso rumou a Merelim-São Pedro, mas mostra que ainda não perdeu qualidades e continua a defender e a marcar.

Ricardo Bouças, Vítor Pinto e Rui Rego completam, com Pedroso, o naipe de totalistas. Uma linha defensiva completada com Xavi e Sérgio Duarte, que prometeu mais, mas procura ainda vincar a sua qualidade e confirmar o potencial que lhe foi atribuído há anos atrás.

João Freitas dividiu a sua formação entre o Sporting Braga e o Merelinense, no seu segundo ano sénior já conta com mais jogos do que no total da temporada anterior e tem praticamente os mesmos minutos. É um recurso habitual de Orlando Costa a partir do banco, sendo por isso a surpresa da época no clube.

Reforço oriundo dos sub19 braguistas, Tiago Antunes está a realizar um bom debute sénior, está a ser o 12º jogador, ainda em busca do golo inaugural e da posição onde poderá render mais, para si e para a equipa, mas é nome a acompanhar. De Hircane Graça esperar-se-ia mais tempo de jogo depois da temporada brilhante no Amares.

Fafe



 Ricardo Silva deixou o Pedras Salgadas e assumiu o Fafe, numa sucessão complicada a nomes como Agostinho Bento e Álvaro Pacheco, mas tem estado bem depois do início um pouco difícil. A equipa engrenou e vai numa senda de vitórias.



Malik Abubakari tem sido uma das revelações da edição 19/20, a ajustar-se bem ao futebol sénior e a manter a veia goleadora.

Com o treinador veio Pedro Freitas, que iniciou a época no banco, mas arrebatou as redes a Fred Fangueiro e dá segurança ao último reduto, ele que vem na linha de diversos guardiões de qualidade formados no 'Castelo'.

Também formado no Vitória minhoto, Cláudio Ribeiro pareceu caminhar para o estrelato, mas aos 24 anos continua em busca de regularidade e afirmação plena. Tem nitidamente qualidade para outros voos, falta ajustar essa qualidade e potencial àquilo que a equipa necessita em cada momento, pensar mais colectivamente o jogo, mas é estrela.

Não se anteciparia que Rúben Marques chegasse e vingasse de imediato, mas o lisboeta agarrou a posição e é a surpresa da equipa na temporada.

Maria da Fonte

 Dinis Rodrigues tomou as rédeas da equipa no final da época passada para a salvar da descida e agora tem os de Póvoa de Lanhoso no cimo da tabela, a disputar os primeiros lugares.

Miguel Lima é uma das principais figuras, formado no Caçadores das Taipas e a já contar com 10 golos na competição.



O luso-suíço Davide Caseiro, após uma vida desportiva no Merelinense, uma década com curta passagem pelo Ninense, mas rápido regresso à base, trocou Braga por Póvoa de Lanhoso e assume estatuto no miolo dos revolucionários.

 Em evidência tem estado também Márcio Oliveira, formado no clube, a fazer a transição júnior-sénior no clube, mas os escassos minutos levaram-no para o Gerês, que trocou a meio da época pelo Águias da Graça, regressando esta temporada para ganhar espaço no centro da defesa.

O experiente técnico sabia o que o jovem Bruno Silva lhe estava a oferecer no São Paio d’Arcos e apressou-se a trazê-lo para o Maria da Fonte, onde o polivalente extremo formado no Sporting Braga tem brilhado. 

 Vitória Guimarães B

Novamente despromovido ao Campeonato de Portugal, o Vitória Sport Clube B procurará imitar o feito anterior, quando realizou uma excelente campanha, voltou a subir e promoveu diversos nomes ao plantel principal.

O algarvio Tiago Martins tem sido uma das referências da equipa, uma das melhores defesas de todo o Campeonato de Portugal. Entre o luso-francês Romain Correia e o algarvio Tiago Martins se tem feito uma defesa de betão, apenas com sete golos consentidos, qualquer dos dois caberia na escolha de estrela da equipa.

O dianteiro açoriano com raízes bissau-guineenses João Pedro está a mostrar as competências de finalização, a aspirar a dar o salto em definitivo para a primeira formação vitoriana.

 

O jovem central burquinabê Zagrè adaptou-se bem a uma realidade tão distinta e vai-se apresentando., uma boa surpresa. Já Nicolas Janvier é internacional jovem francês, com todo o significado dessa situação, apenas se estranha que debute e continue na segunda formação.

Montalegre

 Viage não tem estado sempre no banco, mas o Montalegre está a realizar uma época notável. O arranque foi estrondoso, tendo entrado numa fase menos conseguida mas ainda assim de relevar face à aflição vivida em épocas anteriores, onde também a qualidade futebolística apresentada foi inferior.

Anderson Zangão continua a exibir os seus dotes, os mesmos que valeram o interesse de vários clubes profissionais.
 

Com nome de vedeta do futebol português, quase conterrâneo do médio dos Wolves, filho do antigo futebolista e treinador Flávio das Neves, Rúben Neves ganha um novo protagonismo, com particular foco ofensivo, nesta mudança para o Montalegre de Viage.

Depois de uma época sem jogo, o valecambrense Tiago Oliveira entrou em 19/20 com muito vigor e confiança, pode estar a caminho do seu melhor ano em termos ofensivos.

Marítimo B  

O empate a zero com o União da Madeira foi revertido administrativamente para vitória maritimista, daí a subida em pontos e golos.

O luso-angolano Nassur Bacem passou por múltiplos clubes nas camadas jovens, estreou-se como sénior no distrital portuense pela B do Leixões e na época passada mudou-se para a região de Aveiro e defendeu as cores do Vista Alegre. É mais uma boa aquisição do Marítimo, ainda que faça sentido apenas em contexto de promoção rápida à equipa principal, o que continua longe de suceder, como facilmente se nota na equipa, onde vários nomes se repetem há anos. 

O debutante da temporada é naturalmente o pernambucano Léo Andrade, outro nome que se aguardaria a dar rapidamente o salto para a primeira formação. 

O moçambicano Gildo, juntou-se ao compatriota Bonera, voltando a ver-se os homens do Índico em busca do el dorado futebolístico em Portugal, como sucedeu num passado longínquo.

Berço SC 

Estreante absoluto, os vimaranenses do Berço estão a procurar a manutenção e o seu plantel tem um bem acentuado sotaque 'açucarado'. A recente sequência de bons resultados ergueu a equipa para fora da zona de despromoção, onde espera manter-se.

André Fontes continua a espalhar classe, agora na Série A do Campeonato de Portugal.

Halef Pitbull está a confirmar o que dele se foi falando no Brasil, a qualidade é inegável, muitas vezes perdeu por atitudes menos positivas, ainda bem a tempo de emendar e partir para o sucesso internacional. O Berço deverá ser mero ponto de passagem para o dianteiro canarinho.

Outro talento 'perdido' no Berço é o gaulês Valentin Rémy, que estava no Vitória Guimarães, é mais um nome a olhar atentamente e que promete dar o salto rapidamente para outros patamares.


São Martinho




Simão Melhôr ainda tem idade júnior, contudo Agostinho Bento já o está a lançar na lateral esquerda sénior do São Martinho, é o debutante da temporada para o clube. 

A surpresa é o marfinense Dass, que passou pelos distritais da AF Porto com o Valadares e Varzim B, bem ‘pescado’ pelo ‘professor’ e a oferecer alternativas móveis e velozes à dianteira dos de São Martinho. 

Avançado centro formado no Sporting Braga, Zé Pedro Cerqueira tem deixado a marca goleadora nos clubes por onde tem passado e no São Martinho não está a ser diferente. 



A estrela é o médio João Abreu, multifacetado, a ter realizado uma transição difícil para os seniores, com pouco tempo de jogo nas cedências do Moreirense, porém a calejar e desde há duas épocas, primeiro em Caldas das Taipas e na época transacta já no São Martinho, a assumir-se como titular absoluto. No Caçadores exibiu ainda uma tendência goleadora não antes vista e tomou-lhe o gosto.

Mirandela


A Mirandela rumou o antigo guardião brasileiro Armando Santos, que levou com ele de São Pedro da Cova uma mão cheia de talento, a estrear-se e a mostrar-se nos transmontanos.

Um deles é César Antunes, titularíssimo, totalista e a dar que falar.


Outro nome a mudar-se de Gondomar para Mirandela foi o central Felipe Borges, que toma uma das posições de destaque no nordeste.
Diamantino Silva foi um achado, versátil, capaz de alinhar em múltiplas posições, parece ser um menino para grandes voos.

Pedras Salgadas

Nas Pedras Salgadas ocorreu nova profunda mudança, desta feita de plantel e de equipa técnica. o que dificulta a definição e o aprimorar das ideias, pede tempo.
O 'Valente Transmontano' Ruca subiu a sénior no Pedras Salgadas, passou duas épocas no satélite flaviense e regressou esta temporada para assumir preponderância na equipa. O nome mais forte é o antigo internacional jovem luso Jorge Chula, mas o futebolista que se tem mostrado mais, a par do brasileiro Marcelo Vilela, é mesmo Ruca.

André Sousa é um nome de quem ainda muito se espera e David Martins está a ser um estreante de elite, apenas falhou uma partida.

Bragança



Nosike Ossai chegou do Vilar de Perdizes, um nigeriano carregado de potencial que aposta em altos voos. 

Rodrigo Ferreira ainda é júnior e entra no leque de surpresas de Frederico Ricardo para o retorno do Bragança aos nacionais. 

Diagne está cedido pelos moçambicanos do Black Bulls e tem finalmente espaço de progressão, conseguindo aportar força e vitalidade ao miolo defensivo brigantino, inesperado depois da escassa utilização na Madeira. 

João Pinho parecia caminhar para altos voos, titular da UDO ainda em idade júnior, chamado aos sub21 nacionais, contratado pelo Paços de Ferreira, onde não jogou, foi relegado para a ‘B’ nos distritais e perdeu-se parte do potencial, agora apostado em retomar a progressão.

União Madeira

Voltam os problemas ao União Madeira, futebolistas a reclamarem salários em atraso, acusações mútuas, investidor em retirada, soma de obstáculos a uma melhor época por parte dos comandados de Fábio Pereira, numa sequência de derrotas.

Os jogadores cedidos pelo Rio Ave, Zé Domingos e Rúben Cacheta, têm sido dos melhores.
A saída de Zé Domingos da equipa equivaleu à sequência de derrotas acumulada, o que indicia ser o extremo matosinhense cedido pelo Rio Ave peça fulcral na dinâmica da equipa. Rúben Cacheta chegou e vai mostrando aptidões para outros patamares, a seguir.

Sénior de primeiro ano, Alexandre Ferreira tem sido bastante utilizado por Fábio Pereira, sendo uma das revelações da competição 19/20.

Com três jogadores empatados em tempo de jogo na 11ª posição, excluindo o guardião suplente, avança Luís
Filgueira para este onze, em detrimento de Maurílio ou Sylla, por ter sido o que participou em mais partidas, ainda que especialmente a partir do banco.

 Depois das dificuldades na transição júnior-sénior, com pouco tempo de jogo, Sérgio Félix conseguiu uma boa temporada no Malveira e prossegue o caminho de progressão no União.

Cerveira

Apesar de se situar no Alto Minho, o Cerveira parece mais uma equipa 'caxineira', entre a Póvoa de Varzim e Vila do Conde, face à forte presença de jogadores oriundos e formados aí, entre 'Lobos do Mar' e 'Navegantes'.

O regresso ao activo de Júlio Alves é uma das razões para seguir o trajecto do clube. O mais jovem do clã Alves, filho de Washington, irmão de Geraldo e Bruno, esteve afastado dos relvados uns cinco anos, aceitando o desafio de se juntar a alguns amigos que ali alinhavam e participaram no regresso aos nacionais do clube.



Apesar da temporada difícil do Cerveira neste regresso aos nacionais, o ex-júnior rioavista Eduardo Aguiar está a aproveitar bem o debute sénior e a somar muito tempo de jogo.

Conhece-se o potencial, mas Rui Neta segue a tardar em confirmá-lo. Após a época ‘perdida’ nos sub23 do Portimonense, mudou-se para o polo oposto do país em busca da afirmação.

AD Oliveirense



Outra equipa novamente em tumulto é a AD Oliveirense, já mudou de treinador, chegaram nomes com a temporada a decorrer, contudo parece continuar a tardar a engrenar, pese embora o talento disponível.

De raízes arménias, o norte-americano Bagramyan foi dos últimos a chegar ao clube e já produziu finalizações. Pode ser uma solução interessante.

Gianfranco Ferrero tem sido outro nome em destaque na ADO, assim como o colombiano Balanta e o guinéu-equatoriano Jimmy Ekua.


Esta equipa tem obrigatoriamente que apresentar mais e melhor futebol.

Chaves B 


 Depois da boa campanha em 18/19, é claramente uma desilusão o que o satélite flaviense tem feito, talvez também associado à desmotivação de alguns atletas, com ambição de equipa principal, mas a se manterem pela equipa secundária.



Mika Borges é disso exemplo, já jogador de primeiro plantel. Xavi, Kevin Pina, Joel Mateus ou Hélder Almeida e Simão Martins demonstram isso.


Câmara de Lobos

 Apesar de ter por certo a vontade de permanência, a campanha do Câmara de Lobos não tem surpreendido. O clube reforçou-se com alguns jovens nigerianos, que poderão fazer a diferença, mas a permanência afigura-se complicada.

 Iroha Chukwuebuka é dos nomes a reter, assim como Ubong Francis.








 Na Série A a média de jogadores utilizados por clube aproximou-se dos 22,5 no primeiro terço de prova. A idade média aproxima-se dos 25 anos, subindo para cima dos 25,5 nos onze mais usados de cada equipa. Mais de um terço dos futebolistas alinhados são estrangeiros e a média de formados localmente encontra-se nos 3,28, valor baixo para uma série com quatro equipas 'B' em 18 participantes, claramente inferior a séries da II B espanhola, da National 2 francesa ou da Regionalliga alemã, o que deve motivar reflexão por parte de todos os responsáveis. A altura média situa-se no 1,81 metros e a média de cartões por equipa fixa-se nos 2,78.



 Série B

 

 A aposta em Lourosa é mesmo para uma estreia nas ligas profissionais, a imitar o que o vizinho e grande rival União Lamas fez durante várias temporadas, com uma simbiose entre empresas locais e grande adesão por parte dos adeptos num dos estádios que melhor média tem no Campeonato de Portugal e uma equipa que leva muitos fãs aos encontros fora de casa.

Depois do regresso aos nacionais em grande, a renovação do plantel foi notória, mas mantêm-se vários nomes de peso e voltaram a chegar antigos internacionais jovens portugueses, desta feita sob orientação de Rui Quinta, com tarimba do futebol profissional, já campeão como adjunto, que estava no Sporting Espinho e com ele levou diversos jogadores dos 'Tigres da Costa Verde' para os 'Leões Fogaceiros'.

Promete ser apertada a disputa pelas duas posições no play-off, entre candidatos assumidos e surpresas, entre as quais se realçam os arranques de Leça e de Coimbrões.

Lusitânia Lourosa

Em Lourosa é Léo Cá a brilhar mais alto, está a cumprir o que se antecipava, esta temporada com muitos golos, a explodir em termos de concretização, a atingir já os oito golos, sendo que o seu máximo de época foi sete, repetindo em 17/18 e 18/19, assume o estatuto de figura máxima lourosense.   

Vitinha mudou-se, a par de outros nomes, com Rui Quinta de Espinho para Lourosa e é totalista na lateral direita.   

Se a juventude de Vitinha lhe granjeia o total de minutos, do outro lado Serginho não mostra sinais de envelhecimento, continua fixo e dono da posição, também totalista.

Rui Quinta reencontrou igualmente o guardião Leo Leichsenring, que havia trocado Espinho por Lourosa na temporada transacta, assim como Sérgio Ministro, que recuperou à Liga Pro, também o médio a ter estado no Sporting Espinho em 17/18. 

O marfinense Goba Zakpa também continua a exibir dotes goleadores e tem sido dos mais importantes nesta campanha, onde a equipa possui o melhor ataque e a melhor defesa da Série B.

FC Arouca

Depois da subida ao topo, da qualificação europeia, numa ascensão meteórica de clube desconhecido até nos distritais aveirenses para um nome da Liga NOS, o Arouca desce ao Campeonato de Portugal e procura recuperar novamente posição nas provas profissionais.

Para tal e depois de algumas questões, chegando-se a falar mesmo de insolvência, chegou o veterano Henrique Nunes, muito associado ao Feirense e ao sucesso 'Fogaceiro', para procurar guindar novamente os arouquenses à Liga Pro.

O trajecto parece seguro e a formação da Freita passa o primeiro terço em zona de play-off, num plantel experimentado e com muito tempo de ligas profissionais.

Marco Soares regressa a Arouca para procurar dar a experiência necessária ao retorno aos campeonatos profissionais. 

Fábio Fortes continua a mostrar apetência concretizadora.  

Abbas Ibrahim foi intermitente na cedência do Paços de Ferreira ao Paredes, porém parece ter adquirido confiança na parelha com o veterano Marco Soares. 

Há um peso elevado dos estrangeiros, dois terços dos nomes utilizados têm nacionalidade primária não-portuguesa.

Sanjoanense


A Série B 19/20 apresenta algumas estreias nos bancos. Sérgio Machado foi contratado pela ADS ao Esmoriz, sendo este o seu debute sénior nacional no banco. 


A equipa voltou a ser profundamente alterada, mas a resposta tem sido positiva, a andar nos lugares cimeiros, sendo apenas de realçar a menor aposta nos jovens feitos no clube, uma referência formativa em várias modalidades.

Diogo Almeida é um dos baluartes da casa e está de volta. Depois de algum tempo no Cesarense, o guardião representa essa formação e é totalista na baliza.

Daniel Pinto formou-se no Boavista e veio com Sérgio Machado para São João da Madeira, oriundos do Esmoriz, o jovem agarrou a lateral direita e vinca qualidade. 

Com a bitola formativa do Atlético Mineiro, Élder Santana está a responder com golos.



Diogo Barbosa regressou a um dos clubes onde se fez para agarrar posição no miolo. É outro nome da formação ADS a sublinhar, no caso partilhada com o vizinho Fiães.

O moçambicano Mondlane exibiu-se bem na Naval a época passada e está a mostrar-se agora na ADS.

Leça


Domingos Barros continua a realizar um trabalho de nota em Leça da Palmeira. Os leceiros conseguiram a manutenção de forma relativamente tranquila e nesta época estão a cimentar-se na zona cimeira da tabela.
A perda do goleador da época passada parecia um pesadelo para os adeptos, no entanto os reforços já o fizeram esquecer, Adilson e Boakye estão a responder a contento. No resto há uma sedimentação de processos assente na renovação da maioria dos elementos, com mais-valias trazidas por toda a experiência e qualidade, ainda em acção, de Nelsinho e uma nova parelha central, o internacional cabo-verdiano Pecks e Cláudio Borges, numa defesa quase inamovível. 



Samuel Teles tinha saído para a Croácia, mas regressou novamente e retomou espaço, é um dos jogadores referenciados por clubes das ligas profissionais e pode sair já em Janeiro.


 Sporting Espinho

 Outro debutante em banco de nacionais é João Ferreira, um 'técnico-adepto', espinhense, realizou o trajecto técnico essencialmente no distrital portuense e não pôde rejeitar o desafio de orientar o 'seu' clube, sabendo do grau de exigência dos adeptos e da difícil sucessão que seria a Rui Quinta.

A jogar no Bolhão de Fiães, o Sporting Espinho tem-se exibido de forma relativamente sólida defensivamente, faltando talvez maior regularidade ofensiva, são os empates a ditarem a posição, próxima do topo mas com alguns soluços a impedirem um lugar ainda melhor. Todavia, face ao plantel disponível, está a ser uma boa campanha e com um debutante e estrelar, Jota, exemplo de um nome que facilmente ocuparia a posição de estrela, reforço, surpresa e debutante da temporada.

Para uma equipa 'nova', a resposta está ser muito boa. Diogo Valente traz toda a qualidade dos seus pés e inteligência na leitura de jogo, Vieirinha e Jota a irreverência, João Ricardo é o 'sobrevivente', a par de Gonçalo Cardoso, mas no essencial é um plantel de potencial.

Nathan Gomes é um dos reforços, tem participado nas partidas essencialmente a partir do banco, mas já soma três concretizações no Campeonato de Portugal, para seguir mais atentamente.

Felgueiras



Depois de uma cedência interessante pelo Paços de Ferreira ao Coimbrões, Pedro Marques assume-se titularíssimo no Felgueiras, ao lado da referência Tojó



Pedro Correia pode ser o 12º jogador em minutos, mas a sua relação com os golos fá-lo no grande reforço, ainda que Carlos Eduardo, Mário Sérgio, Marques ou Kuspiosz pudessem também integrar essa posição, também com Sidney Lima, depois de ser mera alternativa, a ganhar ainda maior peso na equipa.  

Marcoense, Jorge Azevedo formou-se no FC Porto, mas andou somente pelos distritais portuenses no trajecto sénior, agora a ter finalmente a oportunidade de se mostrar nos nacionais seniores.

Coimbrões


Do distrital de Aveiro, tal como para a Sanjoanense, chegou Pedro Alves ao Coimbrões, sucedendo ao campeão do mundo de Riade José Bizarro, o guarda-redes dessa selecção, que deixou os gaienses no final da época passada após várias temporadas no clube. Pedro Alves havia orientado o Avanca e, como Sérgio Machado, contra quem treinou em 18/19 - Avanca x Esmoriz, ou João Ferreira, que orientou o Avintes no distrital da AF Porto, estreia-se num escalão nacional sénior, a que se somaram também Vasco Almeida, oriundo do distrital da AF Viseu e que treina o Castro Daire, Manuel Rodrigues, a saltar dos juniores do Beira-Mar para o Pedras Rubras, e ainda Tiago Margarido, em estreia absoluta como treinador principal após ser adjunto no Canelas 2010, que assumiu.



Os gaienses passaram um período menos conseguido, quatro derrotas de enfiada, além do único empate, mas a direcção não abalou e confiou no trabalho, retomando o trilho dos triunfos para nove pontos consecutivos e escalada na tabela.

Uma das várias novidades no plantel é o dianteiro Alex Tanque, já com quatro golos somados no Campeonato de Portugal, a contribuir a par de Ivo Lucas para quase dois terços dos tentos obtidos pela equipa.



Ivo Lucas surgiu em grande estilo no Cesarense, razão pela qual foi contratado pelo Paços de Ferreira, infelizmente apenas para somar tempo na equipa B dos ‘Castores’. A temporada passada rumou ao Avanca de Pedro Alves, que o traz consigo para o Coimbrões, onde volta a demonstrar toda a sua capacidade concretizadora. 

Cléver Jansen mantém os traços de qualidade que as lesões não destruíram, parece novamente em claro crescendo de confiança. 

O veterano Raúl Martins voltou a casa na época passada, ao seu Salgueiros de formação, mas acedeu ao convite do Coimbrões e tem-se confirmado como verdadeiro reforço. 

Formado no Boavista, tal como o outro lateral titular dos gaienses, Diogo Portela faz a transição sénior na B das ‘Panteras’, seguindo para a ‘B’ do Paços de Ferreira, agora a debutar em nacional com bela resposta.

 

Lusitano Vildemoinhos


Rogério Sousa prossegue o seu trabalho consistente no Lusitano de Vildemoinhos, um dos ilustres representantes da 'Cidade de Viriato'.

Depois de temporada e meia como mera alternativa, Mauro Santos vai-se mostrando finalmente em Viseu. A par da afirmação sustentada de Ricardo Leal na esquerda, Mauro segue-lhe os passos

Diogo Braz continua a exibir os seus dotes concretizadores e a mostrar excelente sintonia com Hélder Rodrigues, ambos a acolherem de forma positiva os jovens Miguel Lopes e Sambagué.

O maliano Sambagué foi formado no Caen e é uma das surpresas do Campeonato de Portugal 19/20. 

Raphael Almeida volta aos Trambelos para fazer dupla com Paulo Oliveira.

Paredes

Eurico Couto aposta nos nomes da casa e a União Sport Clube Paredes é a prova de que, bem sustentado e apoiado, um clube pode e deve assentar o seu plantel em 'casa'. Este conceito não é extremo, ao contrário do que por vezes fazem parecer alguns comentadores, ninguém aborda exclusividade, antes ter uma base forte do plantel feita em casa, é muito menos dispendioso, directa e indirectamente, traz inevitavelmente mais espectadores aos jogos em casa, pela proximidade dos atletas com a população local e garante resultados, como o Paredes está a demonstrar. Cerca de um terço dos jogadores utilizados fez toda ou parte da sua formação no clube.

 Não deixa de ser estranho que uma primeira equipa consiga ter mais formandos da sua própria academia que equipas 'B' de outros emblemas, como se verifica aqui, mas é uma realidade muito portuguesa, idiossincrática, que não se observa nas nações da Europa Central, dos Balcãs ou em França e Espanha, é muito própria e bizarra de Portugal.

Após uma vida ‘jesuíta’, com duas temporadas no Rebordosa, Diogo Pinheiro acedeu ao apelo do Paredes e tem sido o garante da lateral direita, bela estreia nacional para o futebolista de 27 anos.

Andrezinho deixou o seu concelho natal de Amarante para rumar ao vizinho Paredes, onde volta a ter protagonismo primeiro. 

O guarda-redes Dani Carvalho estreou-se em grande plano e está a repetir a época, pode dar o salto.

Canelas 2010

O polémico Canelas está de volta aos nacionais após a fugaz e bem mais controversa subida de 2017. Desta feita o clube gaiense conseguiu a promoção no relvado e não através de faltas de comparência dos adversários.

Tiago Margarido estreia-se como treinador principal nos nacionais após ajudar à subida na condição de adjunto.

O plantel tem alguns nomes de bastante qualidade, com particular destaque para os centrocampistas Samu e Francisco Sousa, ambos produtos da formação do Boavista, no caso de Samu dividida com o Leixões, a trazerem qualidade e toque de bola ao miolo canelense. Manuel Pami foi uma das revelações da temporada passada, a alinhar nos Açores, agora recrutado para dar equilíbrio à equipa.

Além do bissau-guineense, nota também para o ganês Baba Zakari, outro talento africano de elevado potencial.

Na baliza tem-se mostrado Raphael Mello, a não vacilar pelos anos de banco que passou em Portugal e a responder da melhor forma à chamada no Canelas.


Valadares Gaia


Tal como em 2018, quando subiram Leça e Paredes, a AF Porto aproveitou a recusa do Mosteirense, multicampeão portalegrense a optar por não subir devido aos elevados custos da participação, para ter os seus dois melhores posicionados no Campeonato de Portugal, cabendo a honra em 2019 a duas formações do mais populoso concelho do país fora da Região Metropolitana de Lisboa, Canelas e Valadares, tornando esta Série B bem 'local', com mais de metade dos competidores concentrados num raio de cerca de 50 km.

Alexandre Ribeiro volta ao activo para assumir os 'Ceramistas', agora com equipas feminina  e masculina nos nacionais, recordando-se que a formação feminina marcou presença no Jamor há poucos meses, disputando a final da Taça de Portugal.

O nigeriano Taofiq Jibril, que alinhou nas reservas do Portimonense - ou sub23 ou Liga Revelação, como preferirem, está a assumir estatuto de estrela na equipa balnear.

André Cosme é outro nome de peso no Valadares, médio defensivo que parecia destinado a maiores palcos, mas vai rendendo de forma consistente no terceiro escalão, com formação dividida entre o natal Bombarralense e a União Leiria.

O ganês George Ayine é a escolha para debutante da equipa, típico dianteiro africano, com velocidade, 'ginga', capaz de 'partir os rins' aos oponentes, ainda em busca de melhor discernimento e tomada de decisão.
Apesar de não ter praticamente formandos, metade dos utilizados são do concelho ou dos vizinhos, feitos em clubes das redondezas, sabendo-se da importância destas escolhas - pela possível/potencial poupança em alojamento, habitualmente incluído nos contratos com futebolistas oriundos de locais mais distantes, até mesmo em transporte e alimentação, também recorrentemente chamados aos contratos quando os recrutas não são de locais muito próximos.

Pedras Rubras


Manuel Rodrigues entretanto saiu do clube, uma demissão que surpreendeu o jovem técnico na sua primeira experiência ao mais alto nível, sendo que nas onze rondas iniciais da prova os 'aeroportuários' já recorreram a 30 futebolistas.

O antigo internacional jovem luso Rui Lima é o nome mais sonante do plantel, já nos quarenta mas ainda a denotar qualidades no passe e visão de jogo.



Danny Barrow é uma inesperada mais-valia para o campeonato, ele que pareceu caminhar para o sucesso no WBA, contudo não teve oportunidades como tantos outros britânicos e não só que povoam as sobrelotadas e subaproveitadas academias inglesas.

O jovem central espinhense Filipe Relvas deixou uma temporada em branco no Gondomar para ganhar preponderância no Pedras Rubras, um jovem a seguir e que bem poderá regressar a casa em breve, seria um bom reforço para os 'Tigres', dentro e fora de campo.

Já o penafidelense César Gomes deixou o vínculo com o seu clube de formação para se afirmar em definitivo nos nacionais.

Castro Daire


O arranque dos beirões do Castro Daire foi bem complicado. Apesar dos reforços de inegável qualidade e experiência, como Barry ou Tomé Mendes, as cinco derrotas iniciais indicavam um inevitável desfecho. A vitória diante do Coimbrões e o empate em Fiães com o Sporting Espinho deram a necessária confiança e a equipa não mais perdeu, escalando lugares na tabela.



Nota-se que a equipa ainda tem margem para crescer e pode ser um quebra-cabeças no restante da temporada. O desejo de manutenção o mais célere possível torna-se mais real.



 Barry é, naturalmente, a estrela da companhia. Marcito, que perdeu espaço no Lusitano e rumou a outras paragens, é um reforço experimentado, bem secundado por Tomé na outra lateral, este a ter uma inesperada concorrência de Pedro Pereira, formado no Académico Viseu e cuja experiência sénior se remeteu ao Viseu e Benfica, ao Nelas e ao Vila de Silgueiros, entre as segunda e primeira distritais viseenses.

Um dos clubes base de formação, o Cracks de Lamego tem Rui Mendonça como montra neste momento no Campeonato de Portugal, a contribuir para a promoção do Castro Daire e a manter posição nos mais utilizados do plantel.

Gondomar

Depois de muitos anos ao leme gondomarense, José Alberto entendeu fechar-se o ciclo. Para a sua sucessão foi realizada uma escolha assente num mesmo preceito, também Pedro Pinto realizou um trabalho de várias temporadas no Amarante, contudo este primeiro terço não está a correr nada bem aos 'Ourives'
O plantel é interessante, boas bases, a retaguarda é idêntica, chegou Tiago Gomes que é um antigo formando do clube, tal como Ângelo. A ideia ofensiva é de grande mobilidade, mas a verdade é que a equipa revela-se permissiva defensivamente e não consegue ser contundente no ataque.



Miccoli é uma das referências da equipa, a par de Fabinho, da antiga promessa Fausto Lourenço e do luso-guineense Edelino Ié. Espera-se que consigam guindar a equipa para fora da zona desconfortável.



Conhece-se a relação antiga do clube com a China, porém fica por saber até que ponto isso tem beneficiado ou prejudicado o clube.

A ideia de equipa B mantém-se, todavia esperar-se-ia que tal significasse a introdução de elementos no plantel principal, o que continua escasso. A 'imitação' do modelo B em vigor em Portugal e pouco observação dos históricos modelos formativos que ocorrem, ininterruptamente, em França, na Alemanha, em Espanha, ou mais recentes como na Polónia, República Checa, Croácia, levam a que seja pouco frutífera, a todos os níveis, esta aposta.

Veremos como abordará a equipa o resto da temporada.

Amarante

Mauro Silva sucedeu a Pedro Pinto durante a temporada passada, mas já foi demitido numa altura em que nas margens do Tâmega se procura encontrar a melhor forma de sair da zona de descida.

A perda de Miguelito volta a pesar bastante e com ele também a saída de Andrezinho, que acabou por se ver um pouco relegado para segundo plano com o regresso do criativo de Chipre e se mudou para Paredes enquanto o 'cabeludo' regressou à soalheira ilha mediterrânica e continua a encantar.

O excêntrico Carlos Fernandes é o nome maior da equipa. O veterano guardião, antigo internacional angolano, assume as redes da equipa para 19/20. Salim Cissé foi dos reforços 'leoninos' da era Bruno de Carvalho, um dos muitos 'clausulados' nos 45 ou 60 milhões de euros sem que existisse razão lógica para tal, agora de volta em busca de se mostrar.

Nome promissor é o luso-suíço Pedro Pacheco, internacional jovem português, sem espaço de afirmação na Confederação Helvética e a rumar à região ancestral para somar minutos.

Nas laterais estão a alinhar igualmente duas caras-novas, Simão Rocha, debute sénior cedido pelo Paços de Ferreira, e Ricky, depois de três temporadas no Lixa e a passada no Rebordosa, ambos do distrital portuense, a regressar aos nacionais onde debutou com o Felgueiras.


Trofense

Na Trofa a temporada está agitada, começou Hélder Pereira, cedo foi substituído pelo antigo guardião Peçanha, cuja estreia como treinador não correu nada bem e, entretanto, igualmente já saiu, chegando António Barbosa, que havia começado a temporada a orientar a recém-formada equipa de sub23 do Famalicão.

 Este é outro plantel bastante experimentado que, estranhamente, não consegue deixar os lugares do fundo da tabela.



Bruno Moraes estava dado como certo noutros emblemas, mas acabou por permanecer e à Trofa chegaram nomes como Ivo Lemos ou a antiga promessa Tiago Ronaldo; Pedro Soares para a baliza, Materazzi e Rui Faria para a defesa.




Espera-se que haja reacção, pois é um plantel para alcançar bem mais. Nomes como Pedro Rodrigues ou Miguel Pereira seguem carregados de ambição em se imporem. Hélder Sousa mudou-se do Rio Ave sub23 para dar alguma orientação na Trofa, altura em que já pensa na transição para outras funções.


 Ginásio Figueirense

 Não tem surpreendido esta campanha dos de Figueira de Castelo Rodrigo. Os custos da interioridade e da falta de recursos, a todos os níveis, são e estão claros. Ainda assim a equipa tem já dois triunfos.


 Jonathan Mavuba, João Amoná, Ivan Buha, Demétrio Carvalho acompanham João Pimentel na busca de protagonismo e de transportar o Ginásio Figueirense para uma manutenção difícil.

Vila Real

 O Vila Real também regressou aos nacionais, mas esperava-se mais da equipa. No Monte da Forca já se mudou a equipa técnica. O professor Vítor Maçãs deu lugar a André David, de volta ao nordeste e ao activo.



Um dos jovens a seguir é Pape Mané, tal como Abdoulaye Kanté, Afonso Oliveira ou Cauê.


Série C

 

 Esta temporada é a Série C a cruzar com os emblemas açorianos e o Praiense, como noutras séries em épocas anteriores, mantém-se no topo e com a mesma aspiração de subida. Francisco Agatão mantém a visão e o objectivo.

A surpresa é o Beira-Mar, regressado este ano aos nacionais, a recuperar Ricardo Sousa, a replicar o passado do pai, primeiro como futebolista, agora como treinador, e a desafiar os terceirenses e restantes aspirantes pelas posições no play-off de subida. 

Abaixo do esperado face a épocas anteriores ou às ambições invocadas estão União Leiria, Benfica Castelo Branco e Fátima. 


Praiense

 Reforços cirúrgicos e a manutenção dos valores asseguram ao Praiense nova liderança. João Peixoto continua pendular na equipa e os anos pouco parecem passar pelo médio.

Tiago Maia pode não ter conseguido, ainda, atingir o patamar competitivo que na sua adolescência acreditava atingir, mas o antigo internacional jovem luso ainda está bem a tempo, em Praia da Vitória ou noutro local, de regressar às ligas profissionais como primeira escolha.


Matheus Souza chegou e vai brilhando, já com cinco golos pelos insulares, bem acompanhado por Filipe Andrade, um extremo polivalente assolado por lesões na carreira, o que tem toldado o seu crescimento e afirmação em pleno.


Beira-Mar


Rui Sampaio, Cícero, Artur, Caminata, Rodolfo Simões, Edgar, Fábio Vieira, não falta qualidade e experiência neste plantel 'aurinegro', que inclui o local Pedro Aparício, no entanto acaba por ser uma campanha surpreendente e acima das expectativas.


Gabriel Miotti assumiu as redes e João Edgar é o patrão da defesa.




Yannick Semedo tem-se revelado como uma das surpresas da equipa.



Uma das equipas a perder nomes para o histórico de Aveiro foi o 'vizinho' Anadia, que viu os irmãos Nogueira agora concorrerem pela lateral direita, com o mais jovem, João, a se unir a André, ambos formados no Anadia, e a lhe 'roubar' a titularidade. Já Fábio Vieira regressou a Portugal após a passagem por Chipre, ele que acompanhou Ricardo Sousa na mudança de Anadia para Felgueiras na temporada 17/18 e agora acedeu novamente ao chamado do treinador para pautar o miolo ofensivo da equipa.




Recreio Águeda


André Ribeiro aproveitou o espaço em Lourosa para mostrar as suas competências e, apesar da falta da experiência que terá ditado alguma celeuma no balneário lourosense, foi recrutado pelos 'Galos do Botaréu', onde repete o bom desempenho e mantém a equipa nas zonas cimeiras da tabela.
Drogba Camará tem sido uma das estrelas da equipa, o longilíneo dianteiro guineense continua a cimentar espaço e a procurar afirmação total.


Paulo Moreira e Diogo Gouveia formam um miolo de luxo e carregado de ambição, acompanhados por outros jovens talentosos como Diogo Castro, Pedro Tavares, Miguel Campos e o guardião Mário Évora.




Sertanense


Hugo Martins começou a temporada na Sertã depois de ter regressado a Portugal da Índia para guiar os homens da Beira profunda até à tranquilidade. A mudança de Toni Pereira do Real Sport Clube para o Loures abriu um banco e é o cascalense a regressar à capital para tomar conta dos de Queluz-Massamá.


Bizarro, antigo guarda-redes, disponível no mercado após ter deixado o Coimbrões no final da época passada, regressa ao Sertanense, que já havia orientado há cerca de cinco anos, para dar continuidade ao trabalho de Martins, com bom desempenho, sem perder no Campeonato de Portugal e a ultrapassar duas rondas da Taça de Portugal.



Esta prestação ganha ainda maior protagonismo face ao facto de ser uma equipa nova e a somente ter recorrido a 17 futebolistas.

Lucas Salinas tem-se assumido como a estrela-mor, a guiar os princípios ofensivos de jogo.



Numa temporada marcada por vários guarda-redes a assumirem papel de primeiras figuras, após anos de secundarização ou papel figurante, de apoio em treino e jogo, aqui vê-se mais um, Leandro Turossi, a garantir uma das melhores defesas da Série C e do Campeonato de Portugal.



Apenas Tito Júnior e Lucas Salinas sobrevivem entre os utilizados, todos os restantes são novos recrutas, onde se incluem nomes como Ká Semedo, Igor Sevivas, Ariano Sanches ou os bissau-guineenses Saná Gomes e Brash.


Oleiros


Representantes de dois dos concelhos mais desertificados e assolados por fogos em anos recentes, Sertanense e Oleiros mostram-se de forma notória nesta temporada. 


A saída inesperada de Nathan Costa poderá ser custosa, ainda para verificar, pois tem sido um verdadeiro milagreiro na ARCO.



O camaronês Haymamba chegou e arrebatou a baliza de forma avassaladora, apenas consentindo dois golos em 10 desafios! Um guarda-redes a chamar a atenção igualmente para toda a linha defensiva, que além dos já reconhecidos André Farinha, Tiago Gomes, Guilherme Campos e Jimmy Ines, conta com os reforços de Samir Banjai, luso-guineense, de Jardel Nazaré, regressado da Lituânia, luso-são-tomense, e do 'fogaceiro' Luís Martins.

Caldas

José Vala prossegue no comando do Caldas e o propósito é o mesmo, seguir com tranquilidade e alcançar a manutenção o mais rapidamente possível, aproveitando para ir lançando algum dos jovens da casa.



Yordy Marcelo, 'cafetero', é o debutante mais ilustre da equipa, a somar tempo de jogo na defesa, central de base, parece estar a ser seguido por alguns emblemas das ligas profissionais.



O internacional jovem Hugo Neto rumou à Moldávia para ganhar tempo de jogo e somar golos, tendo voltado a Portugal para reforçar o Caldas na temporada passada, a ganhar confiança e a retomar o trilho das concretizações. É outro nome que não deverá tardar a dar novamente o salto. Como ele, Pedro Faustino também está a aproveitar da melhor forma a passagem pela Mata.


Marinhense


Na Marinha Grande a aposta é pela permanência. O arranque no regresso não foi muito famoso e Rui Rodrigues deu lugar ao argentino Andrés Madrid, tendo a equipa engrenado finalmente e começado a subir na tabela.



Tem-se vindo a destacar alguns estreantes que estão a brilhar a grande altura. De entre estes sobressaem ainda mais o guardião Haymamba, o avançado Jota e Leandro Antunes. Aos 22 anos o jovem dianteiro de Rio Maior está a ter uma cedência ao Marinhense totalmente conseguida, já apontou oito golos, fora os da Taça de Portugal, e está a mostrar as razões de ter sido chamado às selecções jovens no passado. A grande questão prende-se com o seu não-aproveitamento em Braga e a opção do Vilafranquense em cedê-lo. Dir-se-ia que cabia e teria bastante jogo na Liga Pro pelos de Vila Franca de Xira.



São vários os nomes de reconhecido talento e com experiência na equipa, André Perre, Fábio Santos, chegando o colombiano Jair Mosquera para a baliza, arrebatando o lugar por onde passaram João Guerra e o gigante bósnio Durakovic.




Torreense


André Tomaz também já deixou de orientar os de Torres Vedras, chegando Quim Berto para tentar reverter o ciclo negativo de uma equipa igualmente nova, mas com ambições.



Um dos melhores, o guarda-redes Nelson Pinhão, já rescindiu, não sendo o único. Lucas Klysman, que tem marcado a carreira com golos, ainda não conseguiu fazer abanar as redes do Campeonato de Portugal com a camisola do Torreense, que tem ainda o veterano Evaldo, o irreverente Rodrigo Vilela, o longilíneo Ailson Tavares entre outros nomes que anteveriam uma posição superior nesta altura.




O objectivo passa por inverter o ciclo e procurar disputar os lugares de play-off, ainda que tal pareça complicado.
O clube parece, contudo, estar a criar raízes para um projecto mais consistente, a desenvolver o futebol feminino, a entrar no futebol de praia, a criar equipa secundária, o que se pretende para ter toda a cidade, concelho e vizinhos imbuídos do gosto pelo histórico.

O plantel é bastante experiente e espera-se que em breve se voltem a observar talentos locais na primeira equipa, o que está ausente até ao momento, em contra-ciclo com toda a ideia desenvolvida de base(s).

Fátima

Mais um clube envolvido em polémicas. O plantel foi definido bastante tarde e aparentemente a SAD entende-o, agora, como excessivamente caro. Rui Amorim foi o treinador escolhido, ele que esteve nos últimos play-off com clubes diferentes, mas já saiu e a equipa está a custar em responder, talvez por questões salariais e de prémios não cumpridas.

Esta situação é uma entre várias que deveria, como já acima escrito, preocupar seriamente os responsáveis federativos. Na maioria das competições nacionais europeias existem critérios mínimos que devem ser atendidos, daí a recusa de inscrições por parte de federações em múltiplas ocasiões. Infelizmente, além de uma evidente falta de controlo e de uma regulamentação mais apertada às Sociedades Anónimas Desportivas, pelo Estado e pela FPF/LPFP, também não se nota um esforço regulamentar criterioso para evitar que se repitam casos como este, quando o campeonato ainda está no primeiro terço. 



O leão Guilherme Oliveira tem sido uma das surpresas da equipa. Depois de épocas a roçar o banco das formações secundárias leoninas, agora o jovem aproveita a ocasião para mostrar serviço. Midana Sambú é um dos jovens talentos a seguir atentamente. 



Carlos Daniel já deve estar arrependido da mudança, assim como Danny Esteves, ambos a acreditarem num projecto ambicioso, o primeiro a deixar novamente Leiria, o segundo a regressar da aventura romena, mas a verificarem, como os companheiros, que afinal não era bem o prometido.



Leandro Andrade é outro jovem talento que se vai mostrando na 'Terra Santa' e para observar de forma mais detalhada.



A escolha para debutante recai em Índio, oriundo de Chipre, de 22 anos, que tem sido o principal marcador numa equipa com bons concretizadores, contudo - como acima sublinhado - ainda sem vincarem essa sua capacidade por uma ou outra razão.

Anadia


Está a ser mais difícil a prova para o Anadia em 19/20. Depois de épocas de tranquilidade a formação de Nuno Pedro está a tropeçar sucessivas vezes após o arranque estrondoso de três vitórias, não mais ganhado desde aí e somando imensos empates.
 Não existiram alterações profundas, perderam o mais jovem dos irmãos Nogueira, sendo que os reforços são de muita qualidade. O criativo Diogo Pereira é nome forte ao lado de Garruço, que segue no clube após mais uma pré-temporada no Tondela sem sequência, Pedro Lagoa é também um jovem de potencial, faltando, de facto, um lateral direito definitivo para substituir João Nogueira.




Marcelo Santiago continua a marcar, mas falta quem o acompanhe. A equipa está relativamente bem defensivamente, ainda que esta série prime pela defesa em comparação com as restantes, mas falta maior poder ofensivo.



Outro nome 'tondelense' é Rúben Silvestre, que parecia caminhar para a afirmação nos beirões, mas segue nos 'Trevos' para onde se mudou após a experiência romena.

A equipa tem talento, todavia necessita de recuperar alguma confiança e amenizar nos cartões, algo não muito comum nos 'Trevos', mas que se observa nesta temporada.

União Leiria


Mais uma SAD a passar por algumas questiúnculas e problemas, mais uma a questionar a forma como são aprovadas, regulamentadas e inspeccionadas por parte de todas as entidades competentes.

Depois de épocas com aspiração de subida, o emblema do Castelo apresenta-se com várias baixas de peso e a ter dificuldades em acompanhar os concorrentes na demanda de 19/20, por ora em zona difícil da tabela.

Os reforços foram de peso, com qualidade comprovada, mas a resposta não tem sido a melhor e Filipe Cândido poderá ser o próximo a cair.



Parte da geração 'Diogo', ou seja, companheiro de nomes como Diogo Costa, Diogo Leite, Diogo Queiroz e Diogo Dalot, em cujas equipas chegou a ser o capitão, João Lameira deixou o Olival em busca de um lugar ao sol, percebendo que não teria espaço no plantel do FC Porto. Aqui vai emparceirando com outro jovem, Helistano Manga, também carregado de potencial.



São vários os africanos a brilharem no terceiro escalão luso, procurando por aqui atrair atenções profissionais. Um deles é o nigeriano Onyeka Osemene, que rivaliza na dianteira com o goleador colombiano Fabián Cuero, uma aquisição certamente cara para os cofres de Leiria face ao que demonstrou já em Portugal e ao interesse propalado da parte de outros emblemas.

Este é mais um emblema com plantel para estar em lugares bem acima na tabela e é de esperar que comece a escalá-los.



Há que não esquecer Danny Choi, quer pelas suas origens, sul-coreano-australianas, pouco comuns em Portugal, quer por aquilo que vai demonstrando, a ganhar confiança e a crescer a cada partida em território luso. Uma perda para o Oliveira do Hospital, um ganho para a União de Leiria.

Benfica Castelo Branco





Em Castelo Branco foi ano de mudanças, como noutras paragens, sendo que também aqui o clube está a sentir maiores dificuldades face ao passado recente. Pedro Barroso estava a orientar o Freamunde e foi a opção para suceder a Sérgio Gaminha.




Rafael Pinto começa a expressar o seu talento de forma mais regular, os albicastrenses recuperaram Zezinho, receberam o goleador Okitokandjo, Kalunga, têm Diogo Motty em afirmação, contam com Diogo Silva e a perda por lesão de Iko Caetano deveria têm alternativas, no plano teórico. Em suma, este é o terceiro plantel, a par de Fátima e União Leiria, que se deveria estar a expressar em lugares de topo, de acesso ao play-off, mas segue irregular.


Com uma defesa sólida, liderada pelo local André Caio, mais um nome que prometia imenso no Olival e nas selecções jovens, contudo não conseguiu espaço afirmativo nas ligas profissionais lusas, optando por retornar à terra natal e crescer aí, um ataque pujante e criativos de qualidade, o Benfica Castelo Branco tem tudo para trepar na tabela. É necessário que os elementos da frente se entendam melhor, há qualidade individual, mas parece faltar entendimento e definição colectiva superior.

União Santarém


A renascida União Santarém integra o leque de históricos de capitais de distrito promovidos em 2019, a par de Vila Real, Bragança e Beira-Mar, buscando não descer no imediato, como tem sucedido recorrentemente com os campeões distritais escalabitanos.

Não se afigura uma tarefa fácil, mas André Luís tenta consegui-lo, ele que deixou o Fátima para abraçar este novo desafio.

O plantel é praticamente novo e uma defesa que parecia interessante tem consentido demasiados golos. Necessita de marcar mais, particularmente de bola corrida, e de sofrer menos para completar o propósito definido.



Carlos Saavedra surpreende por continuar a espalhar talento apesar dos 38 anos, bem secundado por Rúben Gouveia, Ganhão, Hugo Grilo ou Sténio Santos, um mar de experiência no plantel, ao qual talvez falte mais 'sangue' novo, liderado pela antiga promessa Leo Mofreita, ainda com André Cajarana, o guardião 'leonino' Gonçalo Filipe ou o luso-guineense Bruno Mendonça.

Oliveira do Hospital

Depois de uma passagem para o banco brilhante por parte de Miguel Valença, que deixou cedo as balizas para abraçar o espaço técnico-táctico, este segundo ano desportivo ao leme do clube está a mostrar-se bem mais desafiador, não somente pelas limitações inerentes à própria gestão do clube, por aquilo que se conhece, exemplar, sem euforias ou alaridos que possam colocar em causa o emblema, mas também pela forte concorrência, numa série que se apresenta muito aberta e conta com meia dúzia de clubes com investimento - ou pseudo-investimento - forte e plantéis contundentes para atacar a subida.


Bruny Almeida é o reforço de maior peso na equipa, o local Zé Francisco toma a batuta de estrela, Fred Martins é totalista à direita e há um costa-marfinense que desafia claramente o lugar de Fred na dianteira, Anoumou. 

Fontinhas

Debutante em nacionais é o surpreendente campeão açoriano Fontinhas, mais um emblema de Praia da Vitória, a conseguir pelo menos um par de derbies locais diante do 'gigante' terceirense Praiense. Francisco Faria iniciou a época, mas entretanto foi substituído por Pedro Lima, com início auspicioso.



Dário Simão é o reforço de maior valia, a par de Luciano Serpa ou Jordanes Medeiros, numa equipa que, como as da região autónoma, muito baseada no talento local. No caso do Fontinhas, não existe qualquer não estrangeiro, mais, não há, pelo menos nos dados possuídos, nenhum nome utilizado não nascido no arquipélago dos Açores.

Vitória Sernache


O interior profundo lusitano continua a oferecer equipas que se esforçam descomunalmente por participar nos nacionais. Os custos da interioridade são amplos, só os encargos com as deslocações e todas as despesas associadas dobram ou triplicam face à maioria dos concorrentes, o que pesa fortemente nos curtos orçamentos.

O Vitória de Sernache, oriundo da Sertã, de Cernache do Bonjardim, volta ao convívio do Campeonato de Portugal, mas a estada, como com a maioria dos promovidos, deverá ser novamente fugaz, pois a diferença - ainda mais ampla - entre os distritais interiores e o terceiro escalão é gigantesca.

Inevitavelmente, o clube reforçou-se bastante, mas tal não evita a posição em zona de descida e as dificuldades, já esperadas.

Sporting Ideal


O Ideal conseguiu a manutenção sobre o final da temporada passada, uma conjugação de resultados permitiu essa já inesperada conquista, mas 19/20 volta a trazer obstáculos, a equipa perdeu alguns valores de peso e André Branquinho não está a conseguir dar a volta a um mau arrranque.

Gonçalo Reyes é um dos nomes mais sonantes entre as caras-novas, procurando oferecer ao clube insular a qualidade necessária à manutenção.



Thiago Nonato e Douglas Paula têm marcado, mas falta quem os acompanhe, oito dos 11 golos foram dos dois dianteiros canarinhos, irmamente divididos, sendo que a equipa sofreu 20.

O luso-canadiano Pacheco é outro nome de grande peso, mas tudo junto não tem ainda oferecido o que os dirigentes do Ideal desejariam.


Clube Condeixa

Há muito que os responsáveis do Condeixa aspiravam à subida do clube, o que foi finalmente conquistado em 2019, mas esta estreia no Campeonato de Portugal não corre como aguardado.


Pedro Ilharco pediu para deixar o clube, que ainda sonha com a manutenção. A disputa pela permanência promete ser imensamente apertada nesta Série C e esperam-se várias mudanças nos plantéis até ao final da janela de transferências - que difere da das ligas profissionais. 

A ver vamos se os promovidos que fecham a tabela conseguirão os intentos de permanência.



Esta é a série com menos golos em média por equipa. A idade média do plantel é cerca de um ano superior à da Série B e meio inferior à da Série A, a média de estrangeiros utilizados é superior às A e B e os jogadores formados no próprio clube são menos.

Série D

 

  Olhanense

As ambições em Olhão mantêm-se e a formação liderada por Vasco Faísca está a ter um início impressionante, bem defensivamente e bastante contundente no capítulo ofensivo, com Mohcine Hassan, filho do antigo internacional marroquino Hassan Nader, a mostrar finalmente dotes de concretização, aproveitando ou provando a necessidade de tempo de jogo regular para que os índices de confiança cresçam. 



A saída do holandês Okitokandjo poderia causar alarme entre os adeptos, mas Hassan, João Vasco, Caleb e o nigeriano Sapara têm-se encarregado de descansar os fãs, são 22 tentos no Campeonato de Portugal entre os quatro, Adewale com oito, Hassan com seis, o brasileiro e o luso com quatro cada.


Vasco Faísca lança-se agora no universo dos bancos e está a ter um bom começo. A equipa apresenta-se de forma agradável, tem uma ideia de jogo bem ofensiva e os novos recrutas complementam-se bem com os jogadores que já estavam no José Arcanjo. 

A disputa pelos lugares de play-off promete ser tão acesa na Série D como nas restantes, há vários candidatos assumidos e não-assumidos, mas o Olhanense apresenta-se na linha da frente para tal.

Real SC

Depois de trocar o Oriental pelo projecto de subida do Real, Toni Pereira abandonou os de Queluz-Massamá para orientar o Loures, recrutando a formação realense Hugo Martins, que por ora posiciona a formação sintrense no topo da tabela.



Não falta talento na equipa, começando logo pelo cobiçado Felipe Ryan, já associado a emblemas das ligas profissionais aquando no Caldas, transferido, mas novamente no Campeonato de Portugal para brilhar e novamente ligado a transferências para as provas profissionais.

No plantel estão o uruguaio San Martín, o promissor Diogo David, os talentos de Dina, de Márcio Meira e de João Ventura Medeiros, a acompanharem o excelente David Grilo na baliza.

FC Alverca


Em Alverca a temporada fez-se muito pela eliminação do Sporting CP na Taça de Portugal, o que desorientou um pouco a equipa no seu objectivo, o Campeonato de Portugal, onde são candidatos à promoção.

Vasco Matos é outro antigo internacional jovem português convertido aos bancos e a ter ainda um trajecto jovem nesta posição, mas com ambição a atingir as ligas profissionais e mostrar serviço.



A equipa segurou-se de forma relativamente simples na época passada e o projecto, que inclui 'B' e restante entorno, visa o regresso às ligas profissionais. Pedro Venaque é um dos nomes a seguir no futuro, ainda com pouco tempo de jogo na equipa, mas a mostrar toques de qualidade.



Erik Mendes tem sido a estrela goleadora da formação, sendo um dos vários elementos que fixaram os olhos dos observadores no jogo de taça, passando a estar referenciado por diversos clubes.

O polivalente Andrezinho é outro reforço de nota no clube, que conta com Rafael Castanheira como o representante da academia, um bom médio, recordando-se que foi no Alverca que se formou o benfiquista Rafa Silva, antes de ser 'pescado' para os juniores do Feirense, um criativo polivalente e não extremo como teimam em associá-lo, apesar das palavras do treinador que o lançou no futebol sénior, Quim Machado.

Pinhalnovense



Tal como o Gondomar, a relação do Pinhalnovense com a China é já quase histórica. A equipa andou em anos passados por zonas cimeiras, ameaçou a promoção, mas baixou nessas pretensões em edições mais recentes, o que agora parece estar a alterar-se novamente. O antigo guarda-redes Luís Manuel tomou conta, novamente, do plantel durante a época passada e está a posicionar o clube na disputa pela subida, de forma um tanto ou quanto inesperada.



As muitas novidades defensivas não abalam a segurança da estrutura, apenas com nove golos concedidos.

Nico tem estado muito bem, Marlon Costa idem, o luso-guineense que pareceu no passado caminhar para a afirmação no Vitória sadino retoma os trilhos e ganha preponderância nesta mudança para Pinhal Novo.



Diego Zaporo continua a exibir veia goleadora e este Pinhalnovense é para ver bem, pode ser a surpresa da temporada, continue seguro defensivamente e imprevisível no(s) ataque(s).

Louletano

Em Loulé foi o antigo lateral Zé Nando a assumir as rédeas da equipa na temporada transacta e a catapultar em 19/20 o clube para lugares de topo na tabela.



O arranque foi brutal, cinco vitórias, descendo a equipa à Terra após a primeira cedência de pontos. Ainda assim, os de Loulé seguem no terço superior e vão apresentando um futebol sólido. Joazimar Stehb é uma das principais figuras, a par da novidade Lucas Paes na baliza ou do dianteiro Rafa Fonseca.

Darlan Bispo é outra novidade no plantel que se tem mostrado com qualidade, a conferir maior segurança ao último reduto dos algarvios.

A vertente menos positiva relaciona-se com a formação do próprio clube, menos presente do que no passado recente. Por vezes parece faltar a noção de equilíbrio entre quem é da casa e quem chega, se a qualidade existe - e há - não faz grande sentido 'vassourar', antes seria mais interessante interligar e criar laços entre ambas as facetas de cada plantel, que deve viver nesta ligação, mesmo pela própria associação de e com a localidade onde o clube está sediado.

Loures



Em Loures começou a época Sérgio Boris, que foi substituído por Gaminha, este a sair mal entrou por razões pessoais e o Sportivo a requisitar o 'Mourinho dos Pobres', Toni Pereira, que assim deixou o Real para assumir esta posição.

Mais um plantel e onze muito experimentados, com claras ambições promocionais, uma equipa nova com objectivo claro e perseguido. Com António Pereira tem sido vitórias apenas, o que guindou o emblema na tabela.

Entre os muitos reforços, para todas as posições, nota para Hélio Vaz, a procurar replicar o que fez em Torres Vedras. 

Rúben Nunes, Bruno Bernardo, Gonçalo Maria, Mendonça, Marco Pinto, Maurício, Hugo Machado, não faltam nomes de referência e algumas surpresas em ascensão, num clube que investiu na experiência para atingir a inédita segunda liga profissional.

A chegada de Toni Pereira coincidiu, não por acaso, com a aposta no jovem feito no clube David Bonito. A resposta deste foi superior e agarrou o lugar com triunfos.

Oriental

João Silva estreou-se como treinador principal durante a época passada, quando Toni Pereira se mudou do Oriental para o Real, ficando o adjunto com a equipa. A temporada foi bem conseguida e o jovem garantiu a manutenção do lugar para 19/20. Começou a vencer, mas a sequência de resultados menos conseguidos ditou o seu precoce despedimento e assumiu a equipa o veterano Francisco Barão, há algum tempo afastado dos bancos como treinador principal, com resposta muito positiva. O Oriental segue o Loures na escalada classificativa.

Ivo Braz tem sido a principal referência ofensiva, já com cinco golos, tendo Joel Neves como igual grande reforço, a jogar entre o miolo e a direita, alto, impositivo, um valor interessante.

Sintrense



Em Sintra Tiago Zorro chegou a estar tremido, de acordo com informações nos media, mas a equipa recupera e está na metade cimeira da tabela.



Nuno Hidalgo foi uma bela aquisição, assim como Martim Águas, Rui Burguette, Feiteira ou Silla, mas há claramente um défice ofensiva na equipa, algo a rever. 



Tudo se joga nos equilíbrios entre a solidez defensiva, mostrada, e a irreverência, versatilidade e ousadia ofensivas, ainda para ver. Rodrigo Parreira continua a confirmar o talento e a sua entrada na equipa reforço a capacidade de tiro, já com três golos dos 11 apontados pelo Sintrense.

1º Dezembro



Em Sintra moram múltiplos representantes no Campeonato de Portugal, Sintra Football a juntar-se a Sintrense, Real e 1º Dezembro num quarteto de peso. Os do Conde de Sucena têm Bruno Álvares como treinador e após findarem com o feminino, que tantos títulos deu ao clube, procuram colocar o Primeiro em posição de destaque.



Pio Júnior está a responder com golos à sua contratação, internacional pela Guiné-Bissau em busca de um lugar ao sol. 



A estrela é 'cafetera' e Yair Castro pede palcos de maior dimensão mediática.

Este é mais um emblema com um grupo bastante experiente, ainda que tenha jovens como Martim Fonseca em afirmação, Mário Dias a confirmar-se ou os colombianos em busca do espaço europeu.

Amora



Russiano iniciou a temporada, foi substituído por Tuck, mas o Amora tarda em manter o vigor apresentado em temporadas anteriores, a equipa tem sido bastante irregular exibicionalmente.

A ligação a Moçambique segue forte e Matsimbe continua a ser dos melhores em campo. Joca Monteiro é a montra para os mais novos da academia, formado no clube e a brilhar pelos amorenses.

Mauro Antunes é a escolha como o reforço, continuando a mostrar talento no flanco, a assistir, mas a faltar melhor ligação com a frente.



Muacir Cassamá começou no Pedras Salgadas, mudou-se para Amora com golos e 'perdeu' posição para outra novidade no clube, é estranho que o luso-angolano nascido no Minho tenha saído das escolhas, salvo por alguma lesão.

Armacenenses

Em Armação de Pêra vai-se sobrevivendo a cada temporada, equipa sem o peso histórico dos vizinhos, mas a rivalizar com estes e a manter a região bem representada no mapa nacional de futebol.

Marito, reconhecido nome nos bancos algarvios, salvou a formação da descida, manteve-se para esta temporada, mas cedo cedeu lugar ao jovem Matthew Silva, um iniciante nos bancos, ainda há pouco jogador, de 27 anos apenas, para tentar assegurar a permanência. O luso-inglês optou por abandonar a carreira há três anos, esteve como adjunto no Olhanense e iniciou-se como treinador principal no Inter Almancil, esteve a época passada e início da presente no Almancilense, onde o Armacenenses o recrutou.



Marocas é a estrela da companhia, já com seis golos concretizados, Márcio Teles pauta o jogo, secundado por Pedro Rodrigues, também conhecido por Farçolas, e por Hugo Barbosa. São vários os reforços, entre os quais o jovem lateral esquerdo Bruno Pereira e o polivalente Adilson Sanches, nomes que procuram mostrar-se e atingir patamares mais elevados.

Sintra Football


O mais jovem clube presente na competição, excluindo os refundados, o Sintra Football tem um trajecto ascensional meteórico em Lisboa e mesmo sem 'casa' atingiu os nacionais, alinhando neste momento no Mário Wilson em Oeiras, apesar de se denominar Sintra Football, em homenagem à cidade que o viu nascer.

A equipa ganhou algum protagonismo mediático com a eliminação do Vitória Sport Clube na Taça de Portugal, mas esse sucesso viu Rui Santos sair, estranhamente, sendo substituído por Jorge Nabais, com o plantel a parecer ter sentido a saída do treinador.

Diogo Lamas está a oferecer um belo currículo, assim como Horácio Jau, porventura o futebolista que mais olhos tem aportado a si. Élvis Fernandes, a assumir a '10', também capta a atenção.

Sacavenense



Em Sacavém o projecto de subida parece ter sofrido alguns contratempos. Ainda para perceber o próximo passo no Cevadeiro, quando a equipa foi 'sangrada', mudaram os técnicos, Rui Sousa começou a época, já deu lugar a Rui Gomes e a ambição com que o Sacavenense chegou ao Campeonato de Portugal parece ter esmorecido. Por outro lado, confirma-se uma aposta na formação, algo valorizado pelos responsáveis, notam-se jovens a aparecerem com muita qualidade, haverá a necessidade de existir um quadro técnico ideal para os enquadrar da melhor forma e lhes criar o espaço perfeito de explosão.



Bruno Carvalho foi das melhores aquisições da época, um jovem cabo-verdiano formado em Chaves que tem tudo para vingar.



A estrela tem sido Elsinho, orgulho do Águias da Musgueira, a provar que o talento não tem base 'académica', ainda se faz entre a humildade da maioria dos emblemas e as ruas, os campos improvisados.

Daniel Sardinha regressou ao clube e mostra-se de forma evidente, uma surpresa, a par do estreante Tiago Castelinho, dois seniores de primeiro ano em plano de destaque no clube.

Mineiro Aljustrelense


Os mineiros querem tentar manter-se no Campeonato de Portugal, tarefa sempre complicada, para alentejanos como para os restantes promovidos fora das zonas metropolitanas.

Candeias iniciou a época, mas a falta de triunfos levou a uma mudança. o antigo avançado Rui Maside foi oficializado, no entanto recebeu um convite qatari e, obviamente, escolheu o endinheirado Médio Oriente sobre o depauperado Campeonato de Portugal. Assim, o Aljustrelense teve de recorrer a outro nome, chegando ao clube Pedro Duarte, que orientou o União Santiago Cacém na temporada anterior. O efeito da 'chicotada psicológica' sentiu-se e a equipa ainda não perdeu na curta estada do novo treinador e equipa técnica.

Edson Pires assume o papel de estrela da equipa. O médio luso-guineense, já internacional 'AA' pela Guiné-Bissau, tem sido o goleador da equipa, apesar de lhe serem pedidas outras funções, um 'regista' à portuguesa.

Olímpico Montijo


Em Montijo também existe uma equipa nova, mas a sua criação é um espelho do 'velho' Montijo, onde Paulo Futre se mostrou pela primeira vez. O clube também chegou aos nacionais com ambição, mas como os rivais da margem sul - e não só - parece passar por um momento de alguma indefinição.

José Rachão foi chamado, mas pouco tempo teve no Olímpico, substituído entretanto por Paulo Jorge Bento. As baixas, especialmente a surpresa goleadora Beto, desperdiçado actualmente nos sub23 do Portimonense, não parecem ter sido colmatadas, mas Marcelo Castro continua a espalhar o seu talento no relvado.

Kenedy Có e Ismail Karamoko são duas novidades que têm surpreendido, mas nao bastam.

Lusitano Évora SAD


Portugal deverá estar a bater o recorde de conflitos entre SAD e clubes respectivos, o que sublinha mais uma vez o que já se escreveu acima, falta nitidamente fiscalização, controlo, regulação apertada e efectiva neste universo. Em Évora assiste-se a mais um caso de clube desavindo com a SAD criada e vendida, estando neste momento a SAD a competir no Campeonato de Portugal após obtida a promoção e o clube a ter criado uma nova equipa sénior de futebol para participar nos distritais eborenses e a SAD alinha no relvado do Sport Lisboa e Évora, pois o Campo Estrela, do Lusitano, foi-lhes interditado.

O antigo lateral Duarte Machado, que chegou a estar no clube-SAD em funções administrativas, regressou para assumir a equipa, porém já deixou Évora, estando mais como comentador em canais televisivos, sendo substituído por Luís Silva.

Bavikson Biai é dos talentos do clube, a escolha como debutante desta SAD agora sem berço. Sócrates Pedro e David Silva têm sido os goleadores e criadores de situações ofensivas do clube.

A equipa utilizou já cinco formandos do Lusitano Ginásio Clube, porém três já deixaram o clube, dois deles cedidos a clubes do distrital eborense. 

O madeirense Rodrigo Alírio tem sido uma das surpresas da equipa, ainda em remodelações, para ver se consegue a afirmação antecipada.

Esperança Lagos

Os lacobrigenses sobreviveram a extinção da III Divisão, conquistando a 2ª posição na sua Série e sendo integrados no Campeonato Nacional de Séniores seguinte, mas apenas durou essa temporada de 13/14, descendo de imediato ao distrital algarvio. Cinco anos volvidos o Esperança regressa aos nacionais, mas a manutenção será tarefa hercúlea para os pupilos de Roberto Alberto.



Ivo Nicolau traz muitos quilómetros de nacionais à equipa, mas o grosso do grupo mantém-se da subida, gestão 'oblige'. Uma das outras novidades é o madeirense António Belo, a retornar a Portugal depois de ter ido até à Lituânia para somar tempo de jogo e golos num espaço competitivo bem distinto, mediando entre as primeira e segunda equipas do Stumbras, projecto de Mariano Barreto que rapidamente se extinguiu, de forma estranha.



Dwann lidera uma orquestra que aspira a bem mais do que o penúltimo lugar em que finda o primeiro terço. A chegada do cabo-verdiano Iván Cruz para a baliza parece ter oferecido maior segurança à equipa, dois empates com o antigo formando do Gil Vicente nas redes.

Fabril Barreiro


O herdeiro da CUF/Quimigal regressou aos nacionais. Élio Santos começou, Filipe Romão sucedeu-lhe, agora chegou Sérgio Boris, mas o ciclo negativo manteve-se, seis derrotas consecutivas, nove em onze partidas, mudanças profundas no plantel, já com sete saídas e uma mão cheia de novidades, para se perceber se resultará no que a formação do Barreiro pretende.


A Série D, das quatro, é a que tem uma média de utilização de futebolistas maior, acima dos 23, é também a que possui o maior diferencial entre a idade média do plantel usado e a dos onze mais utilizados e onde a percentagem de estrangeiros é superior. Os cartões estão dentro da média, sendo a Série A a que supera os valores a rondar os 2,5 por equipa.

Pedras Rubras (30) e Sertanense (17) estão nos extremos da utilização de futebolistas. O Loures tem o onze de mais utilizados mais maduro, perto dos 30 anos de idade, havendo sete equipas com médias acima dos 29, Trofense, União Santarém, Lusitânia Lourosa, Merelinense, Paredes e Praiense. A limitação etária coloca as quatro 'B' no quarteto de idade inferior, apenas o Sporting Braga B abaixo dos 22 anos de idade. Uma dezenas das 72 equipas tem mais estrangeiros do que portugueses entre os utilizados, liderados pelo Arouca, com dois terços de não-portugueses com nacionalidade primária. Além da dezena, AD Oliveirense e Marítimo B têm 50 por cento. Fontinhas é o único sem estrangeiros, sendo de relevar, como notado no clube, o facto de contar apenas com açorianos. Maria da Fonte e Merelinense têm somente 10 por cento de não-portugueses no plantel já com minutos.

Nove equipas têm média igual ou superior a dois golos marcados por jogo, com Olhanense (2,55) na frente. 16 clubes não chegam a um golo por jogo em média. O Oleiros está com uma defesa fabulosa, apenas 0,36 golos consentidos por encontro! A pior defesa é partilhada entre União Madeira e Fabril Barreiro. É também a ARCO de Oleiros a formação mais disciplinada, somente 1,27 cartões por partida, em contraponto com o Canelas 2010, a ter uma média superior a quatro cartões por encontro.